Futebol inteligente!
A célebre máxima “o futebol é um jogo de cavalheiros jogado por brutos e o rugby é um jogo de brutos jogado por cavalheiros” pressupõe, à partida, que os jogadores de futebol serão na sua maioria gente de bestunto mediano. Sabem fazer uns malabarismos com a bola, umas fintas, são vistos por olheiros mais ou menos competentes para depois se tornarem vedetas, algumas pagas a peso de ouro.
Porém o futebol como desporto requer, como tudo na vida, de inteligência. Por vezes daquela superlativa.
O golo de ontem no Emirates Stadium na bela cidade de Londres, casa do Arsenal e que já deve ter dado três voltas ao Mundo, é um perfeito exemplo do que acabei de escrever.
O transmontano Pedro Gonçalves que o Sporting em boa hora foi buscar ao Famalicão mostrou como se pode usar a inteligência no relvado. Não é só a técnica do remate, mas essencialmente ter a capacidade de perceber que dali donde se encontrava poderia ser feliz.
Obviamente que para tal necessitaria de rematar com conta, peso e medida. Foi o que fez o jogador leonino que tantas vezes é criticado, em outros jogos, pela sua postura menos assertiva ou alguma ineficácia.
A inteligência no futebol rege-se pela forma como o atleta em campo consegue perceber o momento em que pode ser feliz. Torna-se óbvio que necessita de ter técnica acima da média para executar um passe ou um remate, mas hoje em dia quase todos os jogadores profissionais são anormalmente habilidosos.
Jogadores verdadeiramente inteligentes não evoluem muitos nos nossos relvados. Infelizmente para o bom futebol!