Ainda não percebi muito bem a quem serve a morte política do ainda líder do PSD, Pedro Passos Coelho. Neste momento aquele que foi o Primeiro-Ministro, quiçá, mais contestado na democracia portuguesa, é assim uma espécie de bombo da festa onde toda a gente bate.
São os seus companheiros de partido, jornalistas provavelmente a soldo de algum “inimigo interno”, comentadores e até os seus antigos parceiros de coligação.
Diz o povo que “quando alguém é pobre até os cães lhe mijam nas calças”. Esta máxima popular assenta que nem uma luva ao PPC.
Todavia eu, que fui muito critico à sua actuação como Chefe do Governo e como “não” líder da oposição, venho desta forma defendê-lo, pois estou convicto que se não fosse ele provavelmente Portugal estaria hoje muito pior. Ele fez o que lhe exigiram quando pretendemos dinheiro. É que nisto no negócio de milhões, a necessidade obriga muitas vezes a estranhas e complicadas cedências. Se bem que tenha errado muitas vezes (quem decerto não o faria?), ainda assim reconheço coerência a este político, que em 2014 continuava a preparar um orçamento para 2015 com austeridade, evidenciando que sentia que a sua política para o país seria mais importante que os futuros votos eleitorais. Ganha as eleições mas perde o Governo.
Três anos passados PPC vê agora a porta de saída da liderança do Partido mais que aberta… escancarada!
Mas como tudo na vida serão os acontecimentos futuros a colocar Passos Coelho no lugar correcto e justo da história lusa, por muito que custe aos seus adversários e inimigos.
Entretanto e até lá vai ser uma longa travessia no deserto!
A maioria das opiniões que tenho ouvido e lido sobre o último debate pautam pela mesma bitola: Costa ganhou o confronto a Passos Coelho.
Será? Terá sido mesmo uma vitória suada pelo líder da oposição?
Na política há jogos que ninguém entende. E o que parece ser hoje uma verdade insofismável torna-se amanhã num pesadelo.
Desmistificando direi que Pedro Passos Coelho apareceu aparentemente nervoso e pouco preparado. O que se estranha para um homem que é PM há perto de 4 anos. Não foi assertivo, nem puxou dos galões deixando-se cair no que parecia ser uma armadilha bem preparada por Costa. Que nada tinha a perder…
Lembrei-me então duma célebre frase do ainda PM à cerca de um ano em que afirmou textualmente: “que se lixem as eleições”. Com esta frase PPC pretendeu somente dizer aos portugueses que não governaria para ganhar eleições. Uma atitude, no mínimo, corajosa.
Regressando ao confronto verbal retive a ideia principal de que o PM, ao deixar-se (quase) trucidar pelo seu oponente, pretendeu sub-repticiamente vitimizar-se. Coitadinho!
Ele, Pedro Passos Coelho, sabe muito bem como todos nós portugueses adoramos os “coitadinhos”.
O debate adivinhava-se aguerrido ao mobilizar os três canais televisivos, quase a querer lembrar aqueles antigos confrontos entre Mário Soares e Álvaro Cunhal. Mas... a montanha pariu um rato e o debate valeu... pelos moderadores.
Duas senhoras e um cavalheiro tomaram entre mãos as rédeas de um duelo que foi morno, triste, sem propostas, olvidando ambos discursos apelativos ao voto.
De uma forma geral, se alguém tinha dúvidas sobre em quem votar com elas ficou, se não surgiram mais.
Um debate de pobreza franciscana. Assim como assim preferi o de ontem entre Paulo Portas e Catarina Martins.
O povo português está bem entregue se estes cavalheiros forem para o governo.
Assim a vitória deste debate recaíu, como já referi acima, sobre... os jornalistas presentes.
Estes nossos políticos já nem me dão vontade de rir. Apenas de chorar... Mas não choro, que sou teimoso!
Comecemos pelo princípio. António Costa, e bem, assumiu que este país está diferente de há quatro anos. E qual o problema de ioo dizer? Bom, Alfredo Barroso não gostou e despede-se do PS devido a estas "chinesices".
Mas está tudo louco Agora um homem, só porque é de outro partido político, não pode dizer que o país está melhor só porque está na oposição? Era o que mais faltava!
Costa até agora não apresentou uma proposta para o futuro. Não tem uma ideia para um futuro governo ou provavelmente tem somente umas luzes mas a maioria devem estar fundidas...
Contudo, a única coisa acertada nos últimos tempos de Costa foi mesmo a declaração aos Chineses. Tudo o resto são "fait-divers" que interessa ao eleitorado do PS em particular e não interessa nada à generalidade do País.
Bom mas o governo, mui triste por não se encontrar na ribalta das notícias, acaba por ganhar protagonismo com o não pagamento do que era devido, por parte do Primeiro Ministro à Segurança Social, durante os cinco anos que esteve a recibos verdes.
Uma notícia tapa a outra e agora é extremamente saber qual delas retira mais votos a estes senhores nas próximas eleições.
Porque estas acontecimentos não vão ficar impunes por parte do eleitorado. Disso tenho a certeza.
Há também quem os use para sair. E do governo. Foi o caso do Ministro da Administração Interna. E respectivos Secretários de Estado.
Provavelmente servirão para mudar alguma coisa, para que tudo fique na mesma. Falo obviamente da tal remodelação governamental que tantos solicitam e desejam.
Os Vistos Gold serviram outrossim de arma de arremesso contra o governo esgrimida pela oposição. E caiu um ministro... Imaginem se MM tem ficado, como pretendia PPC?
Agora mais a sério os nossos políticos roçam a pobreza franciscana. Diversas pessoas da Administração Pública são apanhadas numa rede de tráfico de influências (e não só) e o governo é que é culpado. Percebo que quando não se tem mais nada para dizer se digam baboseiras. Mas há um limite.
Já aqui critiquei por diversas vezes o actual governo pelos demasiados erros que tem vindo a cometer. Mas desta vez parece-me que a equipa de Passos Coelho está longe de ser culpada neste caso tão mediático.
Claramente que este tipo de acontecimentos favorece o PS, que antes que comece a cair nas intenções de voto pretende eleições antecipadas. E depois é o governo que está agarrado ao poder, como ouvi já esta noite. António Costa para além de ainda nada dizer sobre futuras medidas, se for governo e de ter voltado atrás no acordo sobre o IRC, está ainda a anos-luz daquilo que eu esperava de um lider da oposição. Donde concluo que Seguro não faria pior.
O PS anda eufórico. Pudera! As últimas sondagens dão a vitória a Costa numas próximas eleições.
O problema é que as eleições não são no próximo domingo nem no outro, mas daqui a um ano, mais coisa menos coisa! E até lá tudo pode mudar, naturalmente.
Se olharmos o passado recente percebemos que o ainda Presidente da edilidade ulissiponense nos debates que manteve com Seguro não apresentou verdadeiras propostas de alteração de filosofias governativas para um país a necesssitar de uma verdadeira lufada de ar fresco.
Falou em termos muito genéricos de assuntos diversos sem apresentar renovadas ideias. É tudo prevísivel, muito demagogico, raramente inovador. O que equivale dizer que após Pedro Passos Coelho virá eventualmente António Costa mas sem reais alterações de política e governação.
Portugal tem urgência de políticas diferentes, visões enfunadas de esperança, acções libertadoras deste colete de forças em que nos eenfiaram e a que chamamos União Europeia. Já fui mais apologista desta UE. Todavia não assino por baixo da palavra de ordem: "Portugal fora do Euro!" Se o país se desenvolve e cresceu foi à custa duma Europa gorda, anafada e demasiada preocupada com o seu próprio umbigo, deixando que Portugal esbanjasse os dinheiros ganho por outros... Sem nunca pedir contas! Até há poucos anos...
António Costa tal como Passos Coelho não tem postura nem visão de estadista. Ambos encontram-se demasiado reféns dos aparelhos partidários que os promovem até ao poder mas acabam sempre por cobrar.
Ultimamente tenho lido, em alguns diários de economia, opiniões sobre o futuro de Portugal… no pós-troica. Não obstante algumas ligeiras diferenças de análise, a maioria dos comentadores partilham da mesma ideia: Portugal não pode voltar ao que era dantes.
O Primeiro-ministro já o disse, em diversas ocasiões, que não se desviará do rumo traçado, mesmo que isso lhe venha a custar, como é previsível, as próximas eleições. Parece-me uma atitude anormalmente coerente e corajosa para um político.
Ao invés o líder do PS vai conseguindo acertar mais no seu próprio pé do que no governo. Hoje pretende uma coisa, amanhã quer outra e assim, de contradição em contradição, vai tentando levar o seu PS a uma vitória eleitoral.
Percebe-se que Seguro não está preparado para ser PM. Tal como não estava Passos Coelho. E é esta impreparação que se torna o calcanhar de Aquiles de António José Seguro. Dentro do PS surgem cada vez mais frentes de batalha contra o seu próprio líder. Mesmo não sendo publicamente assumido, percebe-se que há no maior partido da oposição um ambiente de alguma turbulência, com o intuito de minimizar a futura vitória de Seguro.
Este líder tenta, com a actual recusa de um pacto com o governo para o futuro, descolar a sua imagem das futuras medidas impostas pela troica. Um processo que lhe pode dar algumas alvíssaras… ou talvez não. Os futuros eleitores o dirão!
Pior quer ter um governo demasiado subjugado às vontades de entidades estrangeiras é termos uma oposição mole, fraca e demasiado volátil. Tivesse o PCP outro líder, com uma visão mais actual, e talvez fosse o grande ganhador no futuro acto eleitoral.
Até às europeias muita água há-de correr debaixo de muita ponte.