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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Cristo-Rei: um abraço a Lisboa

A letra do célebre fado Zé Cacilheiro, cantado em 1966 por José Viana diz a certa altura:

"...Eu vi, ou então sonhei 
Que os braços do Cristo Rei
Estavam a abraçar Lisboa..."

 

É perfeita esta descrição do Santuário do Cristo-Rei, um verdadeiro ex-libris da cidade de Almada, onde eu vivi durante 26 anos.

Regressei ontem àquele monumento e percebi diversas coisas:

- a primeira que Lisboa é uma cidade fantástica;

- a ponte sobre o rio Tejo continua a ser "uma passagem para a outra margem" como cantaram os Jáfumega;

- o casamento entre o rio e as margens, do lado da capital, ainda não será o perfeito, mas para lá caminhará, julgo eu;

- a cidade de Almada cresceu muito nos últimos anos, quiçá em demasia.

Posto isto fica o filme supra e as fotos que são fracas devido, essencialmente, a terem sido feitas com telemóvel e a manhã plúmbea não ajudar a uma melhor resolução de fotos.

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Ó Elvas, ó Elvas... cidade tão bonita!

Hoje foi dia de passeio. Há um ano que não saimos de casa para lado nenhum, a não ser para os locais obrigatórios como são as casas e pais nas aldeias.

Assim, e porque necessitava de ir a Évora ao Museu do Relógio buscar uns aparelhos, que havia lá deixado para manutenção, achei que seria interessante ir até um pouco mais longe e visitar a cidade de Elvas.

A única vez que estive na cidade fronteiriça fora muito antes do 25 de Abril. Desde essa altura nunca mais por ali passara.

Definitivamente a escolha foi deveras acertada já que Elvas, que Paco Bandeira imortizou numa canção, tornou-se numa fantástica surpresa. Bonita, acolhedora com muita coisa para ver e por isso a requerer naturalmente que ali permaneça uns dias em vez de umas horas.

Desde a praça principal,

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até ao castelo,

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às diversas fortalezas que rodeiam a cidade,

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às ruas estreitas e floridas

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às belas paisagens alentejanas

toda a cidade tem um toque de beleza e de genuínidade. Tudo parece perfeito e bem enquadrado. 

Até os gatos!

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Na cidade...

São dez e meia da manhã de uma quarta-feira de um final de Julho. Obriguei-me a resolver uns assuntos que eram anormalmente adiados. Ou por evidente falta de tempo ou porque estava noutro local.

Bom, mas hoje lá fui dar as minhas voltas e já a caminho de casa passei por uma avenida que ladeia a linha do comboio. A rua é larga, mas ainda assim o estacionamento em ambos os lados estreita-a. Porém os passeios estão livres de viaturas para que os peões os usem sem perigo.

Estou eu a passar a rua de carro quando à minha frente deparo com uma idosa que com evidentes dificuldades em se deslocar, ainda assim o fazia ocupando parte da faixa da estrada. Pior... a bengala que suportaria parte do seu peso estava tão inclinada que qualquer viatura a poderia atingir.

Aproximo-me devagar, mas tenho algum receio em me aproximar da anciã. Então reparo que não nenhuma viatura atrás de mim e paro o carro no meio da estrada, saio e vou ao encontro da idosa:

- Bom dia minha senhora.

- Bom dia - respondeu-me de voz trémula por detrás da sua máscara azul.

. Não seria melhor a senhora caminhar no passeio? É que na estrada arrisca-se a ser colhida por algum carro... - tento eu.

- Tem razão, mas os passeios são estreitos e depois as pessoas querem passar depressa...

- Então porque não escolhe o lado de lá... sempre há menos peões.

A senhora olha para mim e temi o pior. Mas após um suspiro cavo a velhota respondeu-me:

- Assim seja... ajuda-me a chegar ao outro lado?

- Claro... obviamente!

Esclareço que naquela altura alguns condutores perdiam já a paciência por esperarem atrás do meu carro e buzinavam.

- "Temos pena... " - pensei.

Ajudei a atravessar a rua e despedi-me desejando-lhe um bom dia. Quando entrei no carro agradeci a quem estava atrás à espera e segui finalmente caminho.

Deste meu episódio matutino guardo duas conclusões... A primeira é que os passeios são roubados aos peões para originar estacionamento pago, a segunda é que mesmo com pandemia as pessoas continuam exasperadamente apressadas e frenéticas.

Continua-se sem aprender!

Passadeiras e passeios ou a cidadania ausente!

Já escrevi por diversas vezes que sou contra as passadeiras de peões. Essencialmente aquelas que não têm sinalização luminosa e somente indicação horizontal no chão, vulgo zebras.

Considero que estas passadeiras não fazem parte da solução para a segurança rodoviária, bem pelo contrário, já que grande parte dos atropelamentos surgem naqueles lugares. E se a culpa destes acidentes são geralmente atribuídas aos condutores também é certo que os peões são pouco cuidadosos pois não se coibem de entrar numa passadeira sem sequer preocuparem com os carros que possam aparecer. 

Quem conduz tem que ter sempre mil olhos para o que rodeia. Mas nas passadeiras a atenção tem de redobrar. Um destes dias estava perto de casa e ia devagar. De súbito sai de um prédio uma senhora que acto contínuo entrou na passadeira que se estendia à sua frente sem sequer olhar para qualquer dos lados tentando minimizar o perigo.

Sei que é uma guerra perdida e portanto basta-me aqui desabafar.

Mas há também o inverso: o condutor que acha que só tem direitos e os peões que se tramem. Então se falarmos em estacionamento...

O passeio à frente da minha casa e de todo aquele bairro não medirá mais que um metro a um metro e vinte de largura. A calçada está amplamente danificada e assaz irregular. Se juntar a isto os carros estacionados tenho que ir para a estrada se quiser andar. Ora ultimamente tenho andado a passear a minha neta no seu transporte indicado. Todavia a maioria do tempo ando na estrada pela impossibilidade que o fazer no passeio.  Essencialmente pelas tais viaturas estacionadas e que me inibem de andar onde deveria.

Apetece-me tantas vezes passar com objectos fortes que amolgassem as viaturas indevidamente estacionadas. Talvez começassem a perceber que o seu lugar não é ali. Porém se o fizesse seria tão imbecil e mal formado como eles.

Entretanto a polícia passa na rua e nada faz. Fecha os olhos a tudo isto como tudo estivesse impecável.

À boa e estúpida maneira lusa...

Uma campanha para todos!

Já por aqui escrevi, por mais de uma vez, sobre o meu trauma no que às passadeiras de peões diz respeito. Considero-as obviamente necessárias mas sinto que cada vez mais é preciso educar, e muito, os peões. Mas enfim... este é um "peditório" para o qual já não dou mais nenhum contributo.

Mas também tenho a perfeita consciência que muitos dos condutores lusos respeitam (muito) pouco os passeios destinados somente aos peões. Para aqueles qualquer espaço livre é lugar de estacionamento. Ponto.

Vi hoje uma campanha da Associação Salvador em que se mostra uma quantidade de viaturas estacionadas em cima dos passeios inibindo a livre passagem dos peões.

Não interessa aqui explicar o que se observa no tal video (cujo ligação ao feicebuque coloco abaixo) mas percebi a mensagem e concordo com a campanha. As maiores vítimas dos condutores são geralmente aqueles que têm mais dificuldade em se deslocar: deficientes motores, a maioria dos idosos e essencialmente os invisuais.

Mas se as viaturas são claramente um impecilho para muitos transeuntes que têm de optar pelo asfalto, não é menos grave a quantidade de pinos metálicos que se erguem à beira do passeio, para inibir o tal estacionamento indevido. Isto é... em vez de se castigar de forma dura os prevaricadores com avultadas multas, erguem-se barreiras olvidando a quantidade de peões com limitações diferenciadas. Deste modo resolve-se um problema criando um outro. Perfeito!

Com tanto estudo, tanta gente conhecedora, tantos canais de televisão não há ninguém que chame as edilidades à atenção para estas situações.

Como condutor nunca deixo o carro mal estacionado. Prefiro andar umas boas centenas de metros a ter que inibir a passagem a alguém no passeio. Mas isto sou eu... que tenho um cartão de cidadão e não necessito de nenhum de cidadania!

https://www.facebook.com/RicardoMalaguetaTeixeira?fref=ts

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