Na Assembleia da República andam a brincar com os eleitores tugas. Só podem. Ainda há pouco o país foi a eleições e já andam a tentar deitar o governo abaixo...
Entendo que no jogo político tudo ou quase tudo é válido para se abichar mais uns votos. Todavia pergunto se os fomentadores deste salsifré político terão a certeza dos próximos resultados? Ou será qu'isto são apenas manobras de diversão para que o povo não perceba o que vai dentro de alguns partidos.
Tanto Chega, como BE e obviamente o PS anda em lutas intestinas por causa das próximas presidenciais. Ora uma nova campanha e correspondentes eleições poderia, ou talvez não, clarificar algumas ideias para o futuro.
Para mim tanto se me dá que ganhe A ou B, pois já estou velho demais para bravatas e provavelmente não ganharei nem perderei nada com uma eventual mudança de governo.
Prevejo, no entanto, que esta brincadeira vai sair cara não só ao país mas essencialmente aos que criaram esta mais uma diversão republicana. Depois o senhor Presidente que está desejoso de largar Belém não tem coragem de chamar os lideres políticos para os avisar que as coisas, politicamente falando, poderão ficar bem pior. Se calhar até seráde propósito.
Os nossos políticos ou para-políticos como é o caso do senhor Almirante Gouveia e Melo assumiram para eles os holofotes. Uns por boas razões mas a maioria nem por isso.
Principiemos pelos bons exemplos: o senhor Comandante ou Almirante se quisermos falar da sua patente, não se quis envolver em jantares suspeitos. Retirou-se de cena e isso, a meu ver, só mostrou que sabe qual poderá ser o seu lugar da sociedade portuguesa. Saiu a tempo da confusão, mostrando coragem e lucidez! Muito bem!
No caminho inverso ficou o actual governador do BdP, Mário Centeno, que já percebeu que a sua candidatura dentro do seu partido não é aceite por todos. Provavelmente ao tentar arregimentar apoios, o antigo Ministro da Finanças de Costa, viu fugir muita gente. Mostrou pouco discernimento e sinto que só ele é que deve ter pensado que teria hipóteses de ir para Belém.
O caso no Ministério da Saúde e da acumulações de funções do ex-director do SNS deixou a Ministra da tutela muito mal na fotografia. Não será caso para demissão mas creio que a senhora Ministra terá ficado fragilizada. Veremos se haverá consequências...
A seguir há o caso das mães despedidas pelo BE. Mais um caso de: olha para o que digo não olhes para o que faço. Pior do que aconteceu foi o BE disparar contra a ERC, para mais tarde vir a assumir o que realmente aconteceu no partido. Mais um bom exemplo de incoerência política. Assim dificilmente sairão do lugar onde estão na AR. Encravados entre PS e PCP e sem perspectivas de crescer. Será bom que se percebam que o povo não esquece!
Finalmente a mala! Ou malas! E um deputado a mexer onde não deve ou deveria. Quase me faz lembrar um velhíssimo anúncio num programa radiofónico de enorme sucesso: ai quem me dera a mala! Simplesmente impensável!
Portanto da esquerda à direita os nossos políticos a asneirar muito bem! Haja alguma coisa em que são bons!
Depois ainda há quem se admire com a abstenção nas eleições!
Ao que percebi termina hoje a campanha eleitoral para a eleição de deputados para o Parlamento Europeu.
Uma votação quase sempre pouco concorrida, até porque se percebe que os nossos 21 deputados pouco ou nada podem contra os restantes países com maior número de representantes. A acrescer temos as ideias fixas de cada partido representado que, em vez de pensarem no seu próprio país, apenas se ocupam das suas bravatas políticas.
Espero ir votar, até porque é um dever cívico. Mais... se não vot,ar que direito terei eu em criticar seja quem for? Votando mesmo que seja em branco, tudo será obrigatoriamente diferente!
O voto branco e o nulo correspondem, quase sempre, a um voto de protesto. Não interessa a razão ou razões dessa opção, mas será uma forma real de mostrar desagrado.
Desta vez não vi nenhum debate, nem vi qualquer campanha, nem escutei nenhum dos candidatos, porque tenho mais que fazer...
Enfim, mais um acto eleitoral do qual todos os partidos vão sair todos vencedores, mesmo que percam votos!
Não embarco na ideia de que o Chega cob«nseguiu o que queria. Resumindo Ventura esticou a corda para perceber para que lado ela partia. O resultado está à vista e vamos ter uma legislatura onde a direita radical irá tentar inviabilizar todos os diplomas apresentados pelas outras bancadas parlamentares. Da mesma forma que as suas ptropostas estão condenadas ao fracaddo.
Deste embróglio resulta que o país irá novamente parar aguardando novas eleições. Talvez por pensar já no futuro é que Rui Rocha falou aos jornalistas num tom que roçou a crispação. O Presidente da IL pode perfeitamente ter percebido, e com razão, que esta atitude do Chega em apertar com a AD iria provavelmente dar mau resultado como agora se percebe.
Ao invés do que já li esta tarde, não compartilho da ideia de que o Bloco Central está novamente presente, mesmo que poucos o saibam. Mais... creio que foi o PS a apresentar a proposta de uma governação partilhada da AR. Ora se assim foi, concluo que o Partido Socialista espera que este governo se mantenha de pé até daqui a dois anos... O que contraria a minha ideia supra.
Não imagino se vamos ter impasses ou decisões firmes. Para a história desta legislatura fica um acordo entre PS e AD para que a AR pudesse finalmente funcionar. O que é sempre de louvar pois nas instituições devem estar primeiro que os jogos partidários.
O circo ainda agora teve o seu dealbar... vejamos até quando Belém irá aguentar estas bravatas.
Creio já ter contado este episódio e que me leva para os anos 80. Alguém à minha frente perguntou a um cavalheiro assumidamente monárquico, mais em tom de brincadeira que a sério, sobre em quem iria votar nas eleições que se aproximavam!
O tal senhor sem quaisquer rodeios afirmou para quem o pretendeu escutar:
- Se votasse... votaria PS porque a corrupção é mais barata!
Esta frase tem marcado a minha visão política. Se na altura não liguei ao dichote a verdade é que anos mais tarde apercebi-me que o senhor tinha razão. E actualmente passados tanto tempo mais se confirma aquela verdade.
Desde 1974 o Partido Socialista tem dominado as eleições com Mário Soares, António Guterres, José Sócrates e António Costa. Isto é, tirando o magistério de Cavaco Silva, o centro-direita tem sido usado quase como alternativa ao PS. Recordo que por mais de uma vez Portugal esteve perto da bancarrota muito por culpa do despesismo socialista que tem como filosofia: gastar vamos!
Quando Pedro Passos Coelho subiu ao poder já com a tróica como entidade fiscalizadora de contas aquele teve de tomar decisões pouco simpáticas mas que acabaram por frutificar num maior rigor financeiro.
É certo que se cortaram nas reformas mais altas, em subsídios, dias feriados e houve um "enorme aumento de impostos". A verdade é que Portugal acabou por sair da crise de forma estóica e na Europa muitos gabaram o espírito de sacrifício luso. A este propósito um antigo colega, claramente insuspeito porque assumiu ser do PS, confessou-me que passou a admirar o então PM porque este nunca se deixou intimidar pelas intempéries políticas e levou o barco a bom porto.
Hoje temos um Costa demissionário, um governo em gestão, diversos candidatos em busca do poder e um povo idiota a acreditar que alguém, seja de que partido for, faça algo para melhorar o país!
Provavelmente, como já fiz em algumas eleições autárquicas, não irei votar! Porque toda a nossa classe política é da menoríssima confiança.
Pela língua ninguém os leva presos, mas pelos actos...
A campanha eleitoral está novamente na rua! Numa altura em que o Covid se alastra sem temor, manter as arruadas como eram feitas antes da pandemia, mesmo com máscaras, parece-me um tanto arriscado!
A verdade é que nenhum partido abdica desse quinhão de cinco minutos de fama já que as televisões estarão lá para dar cobertura.
Ora como sabemos os actuais partidos pouco têm para dizer de diferente do que disseram há dois anos, aos portugueses. Ou há seis, dez...
As promessas de um futuro doirado mantêm-se inalteradas quando no fundo, no fundo nenhum lider partidário, em consciência, sabe o que poderá vir a fazer.
Faz tempo que deixei de acreditar em ideologias políticas geralmente plasmadas de utópicas realidades. Por isso não me identifico com uma esquerda pouco ciente de como pensa e reage a sociedade lusa, nem com uma direita que não se mostra na sua totalidade, escondendo quiçá parte de algum jogo político.
Mas desta vez desejo ir votar... Não sei em quem... Provavelmente em branco, mas certamente votarei!
O governo e o Infarmed e mais um número de doutas personagens acordaram que a partir de hoje seria o momento ideal para iniciar o desconfinamento. Faseado é certo, mas o sentido é paulatinamente regressarmos a uma vida mais livre.
Porém durante a semana Pascal regressaremos ao confinamento, para a partir do dia 5 de Abril voltarmos a desconfinar. Isto é assim uma espécie de avanços e recuos e para os quais não encontro justificação. Quiçá entre quinta-feira santa e domingo de Páscoa pudesse haver alguma ou total limitação de deslocações.
Porém acho que seria muito mais precavido iniciar-se o desconfinamento somente depois do dia 5 de Abril. Entretanto nos próximos dois meses teremos mais comemorações políticas (o 25 de Abril e 1º de Maio) ficando a dúvida se o Governo irá autorizar manifestações e comícios (como aconteceu ainda há poucos dias no centenário do PCP).
Tenho cada vez mais a ideia de que António Costa, mesmo sem geringonça assumida, deixou-se chantagear pelos partidos à sua esquerda de forma a perpetuar-se em S. Bento.
Entretanto gostaria de perceber quanto irá custar ao nosso país esta postura governativa, não só em termos económicos, mas acima de tudo em termos sociais e de saúde pública.
A recente saida de Santana Lopes do PSD fez soar uma série de alarmes políticos.
Uns assumem que Santana irá criar um novo partido para ocupar a faixa entre o PS e o CDS que o actual PSD não consegue já ocupar, muito por culpa do seu lider Rui Rio. Outros prevêem um sucesso igual a outros antigos dirigentes partidários.
Há ainda quem aposte numa entrada directa no PS assim que a geringonça estiver desfeita. Há quem aposte as fichas todas numa parceria com o CDS.
Enfim muitas adivinhações sem provas concretas para o que cada um afirma.
Certo, certo é que Santana Lopes vai andar por aí (como tanto gostou de afrmar!!!), coisa que muita gente não gostará de ver.
Equidistante e a pensar pela sua cabeça muito do que irá dizer proximamente vai ser tido em conta.
Seja nas críticas sempre mordazes à geringonça ou na análise das acções da oposição, mais do que nunca Santana será escutado.
Talvez por isso Pedro Duarte, antigo dirigente dos "jotas" laranjas, assumiu a disponibilidade para uma mudança no PSD. Assim como a sempre omnipresença de Luis Montenegro com a qual Rui Rio tem de lidar.
Entretanto o BE vai lambendo as feridas originadas com o caso Robles. Uma situação assaz adversa que Catarina Martins não soube lidar.
O PCP continua igual a si próprio atirando para a frente do combate político as suas tropas de choque (leia-se sindicatos!) de forma a desconstruir uma imagem positiva que o governo ainda conserva.
A oposição continua igual a si própria com poucas novidades a não ser o "delituoso" Adolfo Mesquita Nunes que continua numa postura muito assertiva e coerente nos ataques a este governo.
Com tudo isto o PS continua na sua governação à vista tentanto ir apagando alguns fogos que ainda ardem em lume brado e que o próprio PR não deixa esquecer.
Ao contrário do que afirmou recentemente o PR, a crispação política parece ter regressado à ordem do dia. Tudo por causa da tal TSU.
O PS ficou híper feliz com o acordo alcançado na Concertação Social, esquecendo-se das ameaças dos restantes partidos que seguram a geringonça. Estes, que sempre estiveram contra a descida da TSU para as empresas, voltaram as costas ao governo liderado por António Costa.
Pensando bem, esta nova atitude de PCP e BE vai de encontro aos interesses do líder do PS, que anda com vontade de se libertar do jugo político e psicológico dos partidos de esquerda mais radical.
Segundo algumas sondagens, se fossemos brevemente a eleições, o PS ganharia com maioria absoluta o que equivaleria à saída do apoio parlamentar do PCP e BE. Algo que estes partidos minoritários definitivamente não querem.
Do outro lado da barreira o líder da oposição, Pedro Passos Coelho, continua a criticar uma lei que ele em tempos, como primeiro ministro, defendeu com unhas e dentes. Um erro evitável e que lhe pode custar muitos votos.
Fala-se ainda em paz social duradoira, algo que não de escutava desde o PREC. Não admira… estando o PCP a segurar as pontas do actual governo, faltar-lhe-ão mãos e incentivos políticos para criar destabilização social.
Todavia com os recentes desentendimentos, pode ser que o PCP e o BE retirem mesmo o tapete ao PS de forma a que este governo caia, olvidando que provavelmente o Partido do Largo do Rato até nem se importa nada que tal aconteça.