Parece que desta vez é que a OMS comunicou que deixou de haver emergência médica. OU dito por outras palavras o Covid... já era!
Desde 2019 até hoje muito se escreveu sobre uma gripe que ainda está por explicar a sua origem! Uma pandemia que infectou mais de 765 milhões de pessoas por todo o Mundo originando mais de 20 milhões de mortes.
O famoso arco-iris simbolo da ideia de que tudo iria fivara bem deverá ser guardado provavelmente para a próxima pandemia, que pode ser já para o ano ou daqui a muitos. O curioso é que durante este tempo de infecção li muitas vezes que o Mundo jamais seria o mesmo, a importância do outro seria agora sempre mais relevante, os afectos mais assumidos.
É sempre muito bonito escutarmos estas ideias, desejos ou meras espectativas porque, ao fim e ao cabo, hoje olhamos para a nossa realidade e parece que nada aconteceu.
Portanto não aprendemos nada! Rigorosamente nada!
Se amanhã ou daqui a 10 anos voltar a acontecer algo semelhante, ninguém irá recordar estes últimos quatro anos, ninguém!
Foi uma estória má que todos querem, olimpicamente, olvidar!
Parece que foi há dezenas de anos, mas só passaram três anos desde que o virus Covid19 principou a entrar nas nossas casas e a fazer parte integrante do nosso agregado familiar, mesmo contra nossa vontade.
Foi neste dia 2 de Março de 2020 que surgiu a confirmação dos dois primeiros casos da tal gripe chinesa que uma Directora-Geral da Saúde assumiria em Janeiro desse mesmo ano "um bocadinho excessivo" a possibilidade de contágio entre humanos" acabando por acrescentar "não existir "grande probabilidade" de o vírus chegar a Portugal".
Certo é que morreram milhares de pessoas (cerca de 28 mil pessas) e mais de metade da população portuguesa foi infectada (aproximadamente 5 milhões e meio de infectados).
Muito se escreveu durante o tempo que esta pandemia durou a até um arco-iris surgiu como símbolo da esperança em novos dias.
No entanto, e passado o tempo das fortes restrições emanadas por S. Bento e avalisadas por Belém, voltámos ao nosso rame-rame de antigamente, olvidando os meses que todos passámos em casa sem poder sair, afastados de tudo e todos.
A verdade é que o "dito-cujo" continua por aí a atacar. Quiçá menos, mas continua!
Após uns meses de (quase) total liberdade é tempo de se tomar consciência que o covid não desapareceu e que continua a infectar muita gente. Muito mais do que se esperava e desejava.
Por aquilo que tenho observado as pessoas rapidamente aderiram ao não uso da máscara. Bem ao invés do início quando o governo obrigou ao seu uso, mas a multidão preferia não cumprir a ordem, fazendo ouvidos de mercador.
Eu que fui, no dealbar desta pandemia, contra o uso daquele acessório reconheço que com a máscara estarei mais protegido ou, estando eventualmente infectado sem que o saiba, não contaminarei as pessoas ao meu redor.
Prevejo assim algum retrocesso nesta política de (não) uso das máscaras e acrescento que quanto mais tarde pior!
Não venho falar do filme que celebrizou Jim Carrey, mas unicamente da máscara profilática contra o Covid e que usamos todos os dias e sempre que nos ausentamos de casa.
Pela minha parte confesso que custou a habituar-me ao seu uso. Diria mesmo que nos primórdios desta pandemia considerei até exagerado aqueles que a usavam.
Mais de dois anos decorreram e a máscara passou a fazer parte da minha indumentária. É óbvio que não uso daquelas coloridas a fazer pandã com a roupa que visto, como vejo normalmente no eterno feminino, mas utilizo-a sempre que tenho de sair de casa.
Não sei o que nos reserva o futuro no que respeita a esta pandemia, mas mesmo que seja aprovado a liberização do uso da máscara continuarei a usá-la até que me sinta completamente confortável com os casos desta gripe.
Nem sequer imagino o que se tem investigado pelos maiores laboratórios mundiais sobre a doença que desde 2019 atacou toda a população mundial!
Toda? Toda não, pois há ainda uma série de irredutíveis que mantendo todos e mais alguns contactos com infectados com covid-19, estranhamente nunca o ficam!
Eu conheço um caso desses.
De uma forma realista, mas sem conhecimento de causa até porque não sou especialista, diria que esta pessoa terá uma natural imunidade a esta doença. Como ela deverá haver mais gente. Digo eu...
O que me leva a pensar que ainda estamos muuuuuuuuuuuuito longe de se saber na totalidade como é que este covid se desenvolve e como é que se espalha em determinados locais e não noutros.
Concluo assim que a ciência médica, não obstante os esforços já desenvolvidos, ainda não conhece a fundo este covid que tanto nos atenta. Nem sei se alguma vez chegará a conhecer!
De um momento para o outro o país caiu (novamente) num regime limitado. A partir do próximo dia 1 novas regras para restaurantes, bares, lares, hospitais, ginásios etc, etc, etc.
Tudo por causa de um crescente de casos em Portugal. FDe tal forma que estamos novamente na zona vermelha.
Se juntarmos a isto a nova variante oriunda, ao que dizem, da África do Sul, palpito que daqui a umas semanas, mais ou menos por altura do Natal, vamos estar ainda mais fechados. Nada que já não estejamos habituados!
Entre avanços e recuos de medidas apresentadas pelo governo fica a ideia de que este não sabe muito bem que terrenos deve pisar. E acima de tudo a quem realmente agradar: se ao povo para ganhar mais uns votos e umas eleições se às diversos forças económicas para ganharem lugares futuros...
Uma amiga destas lides de escrita (obrigado Di|) enviou-me um video muito engraçado e deveras curioso, através de uma dessas plataformas de comunicação tão em voga.
O filme tem realmente muita graça, mas chama-nos outrossim para uma nova problemática com este regresso à normalidade laboral.
Certamente que o afastamento das pessoas dos verdadeiros locais de trabalho fomentou alguns, não direi vícios, mas parametros desajustados àquilo que era a normalidade de um gabinete.
Um desses parãmetros prende-se, por exemplo, com a deslocação para os locais de trabalho. Novos horários, transportes públicos apinhados ou trânsito anormal com filas podem originar alguns constrangimentos neste novo regresso. Assim como as refeições que em casa eram provavelmente mais lentas e agora terão de ser mais céleres.
Mas pior que tudo é o reencontro com antigos e novos colegas. Já para não falar das chefias. Diz o povo "loge da vista, longe do coração" o que equivale dizer que cada um no seu espaço privado (leia-se casa!) terá sido muito mais útil (e provavelmente mais feliz) do que com a sua presença num gabinete, quantas vezes vazio de bem-estar!
Esta pandemia vai certamente fazer com que muitas empresas repensem as suas estruturas laborais, não só no sentido organizacional, mas também no sentido estrutural e físico, evitando com isso muitos custos excessivos.
O ano passado fiz três viagens turísticas: ao Porto ainda antes da pandemia, a três ilhas dos Açores (Santa Maria, Graciosa e S. Miguel) e ao Alentejo profundo, estas últimas em pleno Verão.
Todavia este ano as coisas estão muito diferentes. Primeiro porque há uma criança que felizmente me inibe a liberdade. Mas nada que me preocupe... É bom sinal.
Depois a confiança nesta vacinação roça o vermelho o que me impede de fazer outras viagens. Entretanto tenho um "voucher" de estadia, num grupo hoteleiro conhecido que me foi oferecido. Desta vez irei, se arranjar vaga, para Trás-os-Montes. Gostaria de conhecer Vila Real, Mirandela, Vila Flor para além de Quintanilha, Rio de Onor e outras aldeias transmontanas.
Desconfio que o futuro não venha a ser simpático para as minhas próximas férias.
Já o escrevi que esta coisa de sermos reformados retira-nos alguns pequenos prazeres que tínhamos antes. E a consciência dos saborosos feriados é uma delas.
Tudo isto para dizer esta manhã, bem cedo, fui tirar os carros da garagem e dei conta do vazio da rua. Isto é... muita gente a aproveitar o feriado de ontem para fazer hoje a ponte.