Daqui a um par de semanas, talvez menos, o governo liderado por Luís Montenegro terá de entregar na Assembleia de República a proposta de Orçamento para 2025.
Tendo em conta que este governo não tem a maioria absoluta, deverá negociar com os outros partidos de forma a que o diploma seja aprovado por uma maioria parlamentar.
Um processo ao qual já estamos mais ou menos habituados oriundas de outras legislaturas e que origina, como sempre, muitas declarações oriundas da oposição. Há partidos que independentemente das propostas apresentadas pelo governo votarão sempre contra. Só porque sim. Será o caso do PCP, do BE e do Livre. Os outros... bom... fazem o papel deles tentando vender ideias por troca de votos parlamentares.
O PSD votará a favor, seja qual for a proposta apresentada. A IL parece ser, para já, uma incógnita e o Chega é aquela base... só diz asneiras, descredibilizando com as intervenções do seu líder um documento assaz importante para o país!
Resta então o PS que tem nas suas mãos uma faca "de dois legumes" como diria a Magda no programa de humor brasileiro "Sai de Baixo". O problema primeiro de Pedro Nuno Santos prende-se com a sua pouca capacidade para passar uma mensagem efectiva e lúcida ao povo português. Depois este não o esquece, nem aos sucessivos casos no seu Ministério no governo chefiado por António Costa.
O segundo problema chama-se... eleições! Se Pedro Nuno Santos votar contra o Orçamento arrisca-se a que Belém convoque eleições antecipadas. Os custos políticos desta nova chamada dos portugueses às urnas podem ser tão evidentes que o PS poderá quase originar uma maioria absoluta do PSD (se bem que como está a actual amplitude política parece não haver esse perigo).
Portanto os socialistas estão, mais uma vez, no núcleo de uma tempestado política e seja qual for o resultado na votação parlamentar será certo que irá sair mais ou menos chamuscado.
Aguardemos o desenrolar das próximas conversações!
Quando iniciei a trabalhar e a ganhar algum dinheiro não tive o cuidado nem conhecimento de gerir as minhas próprias finanças. De tal forma que antes do final do mês já metia vales... à minha mãe!
Ao fim de uns meses acabei por arrepiar caminho e iniciei um controlo apertado sob as minhas finanças. De tal forma que consegui que o dinheiro começasse a chegar até receber novamente. Filosofia ou postura, conforme lhe queiram chamar, que mantive até aos dias de hoje.
Diria mesmo mais... hoje uso um estratagema que me inibe de gastar dinheiro. Simples e eficaz. Tão simples como ter uma nota alta na carteira. Se na carteira usar notas de 10 ou 20 euros é certo que desaparecem num abrir ou fechar de olhos. Todavia se tiver uma nota de 50 ou 100 euros fico muuuuuuuuuuuito mais inibido em gastar esse dinheiro.
Também tenho perfeita consciência que os cartões de débito e essencialmenteb de crédito não deixam ninguém à mingua (só em casos extremos!). Ou como diria o meu sábio avô: "Dinheiro no bolso não consente misérias"!
Hoje muitas famílias vivem muito acima do que ganham. No entanto não se coibem de gastar sem parar! Com a inflação a subir, o aumento das taxas de juro das casas e dos créditos ao consumo, mais apertados vão ficando os orçamentos familiares.
As pessoas necessitam de ser esclarecidas, de ser alertadas para que não empenhem somente a casa mas o próprio futuro.
Tenho feito aqui muitas criticas aos diferentes governos que nos têm conduzido (não uso a palavra governar de propósito).
Só que dou muitas vezes por mim a perguntar de quem é realmente a culpa de termos estes políticos? Obviamente que a resposta é fácil de saber e difícil de dizer… São justamente os eleitores.
O povo gosta de sopas e descanso. E não quer saber ao pormenor como se faz para levar esta jangada a bom porto. Desde que o seu clube ganhe, que CR7 marque mais uns golos e que o sol aqueça os corpinhos na praia, o português não pretende mais nada.
Nem mostra qualquer intensão em saber… O que me parece ainda pior.
Escutei hoje umas declarações de alguém de Bruxelas, que avisava o governo de António Costa para a necessidade de cortar futuramente na despesa do Estado. O que equivale dizer que a palavra austeridade surgiu uma vez mais na boca daquele.
Austeridade? Então a geringonça não havia acabado com a dita, como se este governo numa espécie de milagre, tivesse inventado uma vacina para acabar com tal mal? Parece que o povo foi novamente ludibriado…
Não tenho dados suficientes para poder afirmar com toda a propriedade que as tais declarações são o espelho da nossa realidade, mas conhecendo eu bem a fibra de que é feita a nossa classe governativa, não me admiraria que após as eleições legislativas a tal de austeridade entrasse por aí dentro. Provavelmente com outro epíteto.
Governar um país não parece ser nada fácil. Acima de tudo quando se continua a gastar mais do que se ganha.
O PS ganhou as recentes eleições Europeias, mas se se confirmar os prognósticos de Bruxelas o próximo orçamento vai ter enormes alterações. Para pior…
Depois vou querer entender a posição dos amigos de Costa (leia-se PCP e BE).
Sempre achei que a actividade política tinha como base a defesa dos interesses dos cidadãos. Uma utopia, claramente.
Hoje em dia os nossos representantes pouco ou nada nos representam. Só para dar um exemplo não conheço nenhum dos deputados, seja de que partido for, que foram eleitos pelo meu distrito.
Não imagino sequer de onde vêem, o que fizeram nas suas vidas passadas, quais os compromissos assumidos perante o distrito. Provavelmente serei o único a pensar desta maneira.
Posto isto assumo que não considero os nossos políticos gente de bem. E não me venham com as ideias absurdas que o mal vem (sempre) de trás. O nosso país está entregue a uma classe política totalmente refém dos interesses partidários e não só que não (de)mostram um "anel" que seja de preocupação com a população em geral.
Antes das eleições prometem tudo... Depois devolvem aquela mesma resposta: "Ah e tal o actual governo não sabia como estavam as contas".
Foi assim com os governos passados de António Guterres, Durão Barroso, José Sócrates, Passos Coelho.
Mas desta vez há uma nova filosofia... chama-se: gastar vamos!
O actual governo pretende assim reverter o que outros assumiram perante os portugueses e a Europa. Não imaginamos os custos financeiros das novas medidas mas uma coisa parece certa: a Europa olha de soslaio para este Orçamento do Estado.