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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Chega de abstenção!

As noites eleitorais são óptimas para percebermos, não as eventuais consequências dos resultados, mas como cada comentador, provavelmente pago a peso de ouro, disserta sobre os dados que tem.

Ontem à noite enchi-me de coragem e fui vendo e ouvindo o que cada um pensava sobre os mais recentes resultados eleitorais. A determinada altura percebeu-se que poderia haver um empate entre a AD e o PS, com as hostes laranjas a calmarem um pouco, imagino eu!

No entanto o tema maior da “soirée” eleitoral foi o crescimento exponencial do Chega. Um partido que se afirma como sendo de direita e visivelmente radical (eu prefiro chamar de arruaceiro!). Bastaria lembrar a forma como o seu líder transformou os debates televisivos, para percebermos que estávamos presentes um voraz demagogo, vendedor de banha da cobra sem graça e sem princípios.

Muito se especulou na noite passada sobre de que maneira o Chega conseguira o desiderato de alcançar quase meia centena de deputados.

Transferência de votos da AD para o Chega? Provável, mas não explicaria tamanho incremento. Especialmente em zonas em que outros partidos teriam mais força. O caso mais paradigmático foi no “reino” (obrigado João-Afonso!!!) dos Algarves onde o Chega conquistou o distrito.

Já era muito tarde quando me deitei, mas fiquei a pensar na coisa. Era impossível, por exemplo, o eleitorado do PCP ter passado para o Chega. Para mim não entendia essa ideia. De todo!

Não sou politólogo, sociólogo nem mero comentador. Contudo penso pela minha cabeça e a minha professora primária ensinou-me a fazer contas. Vai daqui peguei num papel, fiz umas pesquisas breves na internet e apanhei estes dados:

1 – em 2022 o número de eleitores votantes foi de 5 389 705:

2 - em 2024 votaram 6 140 289 eleitores;

3 – a diferença apurada é de 750 584 votos expressos.

Agora peguei na votação no Chega:

1 – em 2022 o partido liderado por Ventura teve 385 573 votos;

2 – na votação de ontem recebeu 1 108 764 votos:

3 – a diferença entre ambas as votações é de 723 191.

 

De súbito olho para estes resultados e tudo se fez luz! Mas daquele intensa. Percebi que o crescimento do Chega não advinha de transferência de eleitores que haviam votado noutros partidos (como nunca acreditei!!!), mas simplesmente... da abstenção.

Como se explica então isto? Fácil, muito fácil!

Retirando os doentes a maioria dos abstencionistas são gente que não acredita neste sistema eleitoral ou pior que tudo, mas provavelmente com alguma razão, não se revêem em nenhum dos actuais partidos.

Ora o Chega, desde o seu início tem um discurso truculento e disparando contra todos os políticos em actividade. Uma opção que se percebe agora que teve o seu êxito. Se juntarmos a esta postura bravia, a assumpção pública por parte dos lideres dos outros partidos de jamais de coligarem ao Chega, ficou criada a mistura propícia para os abstencionistas deixarem de o ser e mostrarem o que pensam da nossa classe política.

Se pensarmos quem voto no Chega foi como quase não votar, porque Ventura jamais fará parte de uma solução governativa, seja à esquerda ou à direita.

Quanto ao resto dos resultados continuo a lamentar apenas a queda do PCP, por contraponto ao Livre que se tem mostrado um partido bem competente.

Finalmente cabe agora a Belém resolver este imbróglio.

Dia zero!

Terminou ontem a campanha eleitoral. Que não vi nem ouvi e muito menos li!

Entretanto hoje é o tal dia de reflexão pré-voto. Ou dito de outra maneira é o momento dos eleitores ainda indecisos (e parece que são muitos!!!) escolherem finalmente quem querem ou desejam para governar este rectângulo à beira-mar plantado!

Há nisto tudo, todavia, uma certeza: nenhum dos eleitores pensa no país. Nenhum!

Pensam unicamente em si próprios e no que poderão vir a ganhar se vencer este partido em vez daqueloutro. Faz parte deste povo "que não se governa nem deixa governar" esta postura de lutar devagar, pois não quer que ninguém se magoe. Por isso ainda hoje há muita gente a agradecer a Salazar por não termos entrado na Segunda Guerra Mundial.

Eu, ao invés, afirmo sem receio que terá sido o maior erro político de Portugal do século XX, obviamente a par da Guerra Colonial.
Portanto... amanhã será o dia zero de uma nova política e de um novo governo. Ou será a repetição de algum anterior?

Estamos perto de saber...

Tristes constatações

Com a minha idade já não devia admirar-me com nada, nomeadamente com momentos mais estranhos em meu redor. No entanto tenho sempre aqyela ideia de que a sociedade deveria aprender com os erros e neste sentido tornar este mundo um local bemk mais aprazível para se viver.

Nester texto nem quero referir as guerras lá longe envolvendo demasiados países, acentes num conceito quase sempre fundamentalista. Refiro simplesmente em vivências corriqueiras  e que perpassam à minha frente amiúde.

Ao invés de outras ocorrências que assisto e que aqui divulgo, apenas como chamada de atenção, hoje nem pretrendo escrever sobre isso, mas tão-somente como é que as pessoas conseguem viver neste universo sendo mal-educadas, mal-formadas, imbecis e até... patetas!

Vejo cada vez mais inumanos, gente capaz das maiores atrocidades apenas porque consideram-se os maiores desr«ta Mundo. Não imagino se algum dia cairão em sí perante tanta maldade.

Por mim reside a esperança de que um dia entendam o alcance dos seus (maus) actos! Todavia nessa altura será já tarde demais.

A democracia em perigo!

Por vezes tenho medo dos meus pensamentos. É verdade, tenho medo... pronto!

Receio essencialmente que alguém os oiça, até porque posso sem querer e mesmo que seja de forma quase silenciosa verbalizar algum deles.

Isto para dizer que daqui a dois meses estaremos a comemorar o meio-século daquele que foi um golpe de esatado. A revolução dos cravos foi apenas um epíteto aproveitado pelo PCP para dar nome à sua ideia política. Que como todos sabemos nunca vingou neste País de gente preguiçosa, invejosa e de brandos costumes.

Hoje tenho mais cuidado com o que digo e escrevo, não vá eu ofender algumas alminhas que há meio século ainda nem existiam, nunca souberam o que foi viver sob a ditadura e muito menos o que foi a censura. Falam e escrevem, eles e elas, considerando que têm sempre razão olvidando que há outras opiniões e visões e que podem não coincidentes com eles. Então ofendem-se com isso!

Tenho a certeza que a democracia lusa tal qual como foi criada ou inventada pode não ser perfeita. Como nenhum regime político o é! Mas até há uns tempos convivia bem com ele. Todavia sinto-me cada vez mais apertado num espartilho de pensamentos e acções que me leva a sentir que é a hora de termos um novo 25 de Abril.

Que até pode ser a 24 ou a 26 do mesmo mês! Ou de outro mês qualquer!

Estado de graça

A expressão "estado de graça" tão conhecida no nosso léxico é geralmente usada nas actividades desportivas ou na vida política. Não vou aqui dissertar sobre o seu significado pois toda a gente sabe o que quer dizer.

Mas será que esta ideia se pode aplicar nas relações inter-pessoais, isto é, nas nossas relações com a família, amigos mais ou menos coloridos também poderá existir o tal "estado de graça"?

Bom... diz-me a experiência de vida que sim, que todos temos momentos eufóricos nas relações com os outros, para de um momento para o outro tudo se esvair. Ou como define o Dicionário Priberam:

"estado de graça", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2024, https://dicionario.priberam.org/estado%20de%20gra%C3%A7a.
 

Estadogeralmente temporárioem que se recebe a benevolência ou a simpatia de outrém.

Uma das diversas circunstâncias da vida onde o "estado de graça" tem tendência a desaparecer será nos casamentos. Muitos fazem-no como escapatória a um passado familiar penoso, para rapidamente perceberam que tudo foi um erro, que com o matrimónio nada melhorou...
O ser humano é um animal estranho, muito complexo e na maioria das vezes insensato. Talvez por isso fascinante quando o tentamos desvendar.

A gente lê-se por aí!

O professor do futuro!

À questão muitas vezes formulada por outrém, se já me arrependi de alguma coisa no meu passado, posso assumir que não me arrependo nada do que fiz nem do que não fiz. Porque todas as minhas acções foram decididas, muitas vezes, sem ter verdadeira consciência das consequências dos meus actos. Era novo, inexperiente e acima de tudo ingénuo.

Provavelmente com aquilo que sei hoje muitas daquelas decisões seriam tomadas de forma diferente. Porque na verdade actualmente não serei a mesma pessoa do meu, já longínquo, passado. Mas é normal que assim seja. A idade, a experiência, a vida vai-nos permanentemente mostrando outros horizontes.

Hoje sou um homem maduro, bem consciente das minhas actuais limitações físicas e até psicológicas. Se em alguns casos serei mais paciente, noutros a minha postura extremou-se. Mas certamente não serei só eu que me tornei assim. Todos nós, conforme vamos avançando na idade e através dos eventos que se atravessam no nosso caminho, aprendemos a lidar melhor (ou se calhar até na) com as situações.

Faz parte da nossa vivência. O que realmente não podemos ter é receio do futuro. Nada sabemos sobre ele, é certo, mas ainda assim com o lastro do nosso passado conseguiremos iluminar o futuro.

Digo eu!

Pobreza franciscana... os nossos debates!

Quase a comemorar meio século de democracia, fico com a ideia de que esta é um conceito em vias de extinção. Hoje como o Mundo e a nossa sociedade estão a ser formatados, a ideia genuína do bem comum quase desapareceu. E uma das razões prende-se com a dificuldade dos lideres partidários falaram, a sério, dos problemas das sociedades. A sério e a fundo...

Isto percebe-se muito bem nos debates televisivos, pois o tempo para falar realmente dos problemas da nossa sociedade é tão escasso que quase nem merece a pena ver um debate. Também os representantes dos partidos são culpados porque, em vez de exporem as suas propostas para o futuro, passam o pouco tempo que têm a atacar políticas antigas ou outros partidos. A conclusão primeira que se tira disto é: não votes em mim pelo que apresento, vota por aquilo que sou contra!

Tenho vindo a dar alguma atenção aos encontros televisivos. A primeira irritação é aquele cronómetro indicando o tempo gasto por cada responsável político, a falar! Depois vem aquele discurso contra a tróica, ou a Europa, o Euro em vez de se esclarecer verdadeiramente o que se pretende para o futuro.

Li que até as sapatilhas da Mariana Mortágua foram mais faladas que as soluções que apresentou. Isto mostra que as pessoas já não querem ouvir estes políticos e que preferem saber mais da vida dos famosos ( oque comem, bebem, vestem, etc.).

É usual escutar-se referindo os políticos: são todos iguais, são farinha do mesmo saco! Diria que é quase verdade!

Mas... e muitos de nós não seremos outrossim iguais a tantos outros?

Finalmente estes debates só demonstram que a estamos muito longe de sermos um país evoluído e competente. Daí estes debates a roçar o sofrível!

Carnaval? Nem a sério!

Nunca gostei do Carnaval. Nem das partidas que se faziam, nem das máscaras e muito menos dos disfarces que cada um dos foliões gosta de vestir.

Hoje o Entrudo é um negócio valente, já que as crianças adoram vestir-se de qualquer coisa... diferente. Pelas ruas do meu bairro vi infantes trajados a rigor: bombeiros, polícias, ursos Panda, princesas, fadas e mais um ror de figuras.

Até a minha neta mais nova foi vítima desta correria e vestiram.na de unicórnio. Mas para as crianças tudo é palco de brincadeira e mesmo não gostando da época não me cabe criticar.

Entretanto chegeui cedo da Beira Baixa onde fui num viagem relâmpago e dei conta do imenso trãnsito na A1, especialmente no sentido Sul.Norte. Imagino que muitos sejam foliões em busca da imensa oferta de festejos carnavalescos que o país tem para oferecer!

Eu fico por casa... Porque Carnaval não é mesmo a minha praia. Ainda por cima eu que gosto tanto de brincadeira.

Mas desta decididamente... não!

A gente lê-se por aí!

Obrigado em 2024!

Desde o ano passado que comemoro através desta minha escrita e algumas mensagens privadas, este dia Mundial do Obrigado.

O ano passado agradeci aqui a muita gente a quem continuo grato, não alterando uma linha (ou melhor teria de alterar pois de netas passaram a netos!!!).

Estranho, todavia, que seja necessário criar ou dar ênfase a um dia específico para dizer apenas uma simples palavra: obrigado!

Os meus pais nunca foram letrados, mas sempre me educaram a agradecer, algo que faço amiúde mesmo sem ser neste dia Mundial. Dizer obrigado pode apenas significar que estamos realmente agradecidos com algo que nos fizeram e não uma obrigação nossa que fica... pendente para o futuro.

Gosto de agradecer, de dizer "muito obrigado" a alguém. Faz-me sentir, acima de tudo, um ser humano.

Portanto e por hoje aqui vai o meu Obrigado a todos vós!

Aproxima-se borrasca!

Pela primeira vez em democracia temo pelo resultados das próximas eleições.

Quer queira, quer não ando muito desconfiado com aquilo que poderá ser Portugal a partir do dia 10 de Março... É que, sinceramente, não gostaria de ver um André Ventura a querer fazer uma geringonça de Direita tendo como companheiros o PSD e a IL.

Na verdade pode ser que o futuro político deste país passe por aí, se bem que Luís Montenegro já tenha vindo publicamente afirmar que não se coligaria com o Chega! Mas isto serão apenas meras teorias para ludibriar o povo porque na prática, a coisa fiará mais fino.

Segundo o qeu tenho lido por aí há a possibilidade dos radicais de Direita ficarem â frente do PSD. Se assim for o PS terá enormes dificuldades em formar governo pois a Direita assente no parlamento não aprovaria qualquer programa de governo. Só se o PS conseguisse ter a maioria em conjunto com a esquerda, algo que no actual panorama me parece improvável! 

O que é certo (infelizmente!) é cada vez mais oiço gente a assumir que votará no partido do populista André Ventura. Dizem eles que o líder do Chega diz as verdades. Pois... penso eu! Dizer mal será muito fácil. O problema é mesmo... fazer.

Finalmente, o actual lider do PS, recentemente eleito, não terá capacidade política para conseguir chamar a si os eleitores que votaram António Costa. Mais... se ele não serviu para Ministro muito menos servirá para Primeiro Ministro.

Posto isto temo pelo meu futuro e dos meus filhos e netos muito por causa da borrasca que se aproxima!!!

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