Retiraram os pontos de reciclagem no meu bairro substituindo por caixotes individuais (que ainda não recebi). Por causa de despejar o lixo reciclável fui até à praia que todos os anos me recebe cheinha de pó, muitos carros, a maioria mal estacionados. Todavia o ano passado deu para perceber que havia movimentações de máquinas e pessoal no sentido de melhorarem acessos e estacionamentos.
Fiquei contente porque detesto ficar parado em fila porque alguém deixou a sua viatura de qulaquer maneira no meio da estrada, impedindo que o trânsico balnear flua com normalidade.
Por isso era já crepúsculo quando entrei na estrada para a dita praia. E para meu enorme espanto as coisas evoluiram, desde o ano passado, "prái" cinco por cento.
O que quer dizer que lá para o ano de 2145 os trabalhos devem estar concluídos.
Tenho consciência que uma obra desta envergadura não custará meia dúzia de milhões de euros, mas tendo em conta que os estacionamentos passarão a ser pagos num futuro, era de todo importante que os trabalhos estivessem muito mais adiantados.
O problema é que são obras públicas... E estas nascem muitas vezes enviezadas. Tão enviezadas e tão demoradas que até o povo arranjou um nome para isso...
Já há muito que tenho a ideia de que Portugal tem demasiadas auto-estradas. A construção destas vias circulatórias originaram muito investimento público e muita dívida, que agora estamos todos a pagar. Mas pronto está feito e não podemos devolver...
Também é sabido que aquelas são extremamente caras. E quando maior é a classe do veículo mais valor de portagem é acrescentado. Por exemplo na Ponte 25 de Abril um dos meus carros, que é da classe 2, paga mais do dobro do outro que é da classe 1.
No entanto parece-me que há alturas em que os responsáveis das auto estradas só se preocupam com as receitas oriundas das portagens ou das parcerias e dão pouca importância àquilo que devia ser o mais importante: informação assertiva, atempada e correcta.
Já há uns tempos que andava desconfiado que na A23 a informação estaria incorrecta. Ou se não estava algo de estranho se passaria.
No Domingo de Páscoa confirmei a minha desconfiança.
Entre Abrantes e a A1 há uns painéis de informação da distância para algumas povoações que irão surgir. A verdade é que descobri que as diferenças para as mesmas povoações vai variando conforme nos vamos aproximando.
Reparem neste belíssimo exemplo... numa estrada com mais casos.
Será que há mais erros destes, nessas lusas autoestradas?
