A idade que não tenho!
Lembrei-me hoje de uma entrevista dada por Ney Matogrosso, o fantástico falsete da música brasileira. Dizia ele a determinada altura que tinha consciência da idade que contava, mas dentro do seu corpo havia algo que ele próprio não sabia explicar e que não o deixava ter essa idade.
De súbito percebi que não era só eu que sentia que a minha idade interior é justamente inferior àquela que o meu cartão de identificação me transmite e mostra.
Num convívio restrito de amigos costumo dizer meio a brincar meio a sério: o CC diz 65, o meu coração tem trinta e o meu espírito metade. Pode parecer brincadeira, mas é isso que sinto.
Enquanto muitos parecem ter mais idade do que têm, eu faço o caminho inverso. Acima de tudo porque só acredito na plena felicidade interior se formos profundamente sérios, não só com os outros, mas connosco.
O enorme armário que esconde, tantas vezes, a sexualidade é o mesmo que encerra os anos que cada um sente ter.
Bom fim de semana!