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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Falemos de afectos!

Começo pelo princípio!

Hoje, por uma série de condicionantes familiares e logísticas acabei por levar a minha neta à natação, acção para a qual estou apenas convocado para fazer à terça-feira. Assim, e sendo eu o condutor de UBER especializado, levei também o "piqueno" de ano e meio de idade mais conhecido cá em casa pelo "caipira".

Traquina e curioso como qualquer criança da idade dele, coube-me ficar a tomar conta enquanto a avó se dedicava a ajudar a vestir a irmã. O miúdo já anda sozinho e em locais desconhecidos prefere ousar. Deixei-o no chão e ele andou ali para trás e para a frente para depois seguir os caminho da rua naquele seu passo de "saca-trapos"..

A tarde estava amena e na entrada das instalações da piscina há uma série de cadeiras e algumas mesas. Peguei então no cachopito e coloquei-o em cima da mesa e ali estivemos em brincadeiras que obviamente só ele conhece, tendo em conta o tempo que está comigo.

Aquilo foram minutos de muitos afectos, dele e meus, com festas, abraços, muita risota e mais não sei quantas coisas que nos ligam. O estranho foi num momento perceber duas senhoras que ocupavam as cadeiras da rua para fumarem (este tema nem vale a pena falar!!!) e nos olhavam. Percebi pelaa postura de ambas que comentavam esta nossa demonstração pública de carinhos e afectos. Um avô e um neto em verdadeira alegria de viver.

E é aqui que entro directamente no tema de hoje... os afectos!

Sempre fui de afectos e carinhos, traduzidos estes em amplexos e ósculos ou outra qualquer forma de demonstração daqueles, seja de forma privada ou pública. Nunca tive qualquer problema nisso. Imaginem então o que passei, no tempo da pandemia... com uma neta acabada de nascer e eu sem a poder abraçar ou beijar.

Ora bem... cada um tem a sua maneira muito própria de mostrar o carinho que tem para dar. Uns são mais reservados, outros mais expressivos (como será o meu caso!) e há aquelas pessoas que nem sim nem não, antes pelo contrário. Mas o que convém realçar é que ninguém deveria ter receio ou vergonha de mostrar aos outros os afectos que tem para oferecer.

Por este lado nunca tive qualquer problema de publicamente cumprimentar um amigo com afectividade humana. Parece-me um acto normal entre dois seres humanos. Sejam homens ou mulheres... não interessa!

Para não me alongar  mais remato com a ideia de que os afectos não servem somente a quem os tem, mas outrossim a quem os recebe!

As crianças inteligentes!

Tenho dado fé que as crianças da actualidade parecem ser muuuuuuuuuuito mais inteligentes que os seus antecessores. Especialmente os avós!

Também é verdade que quando os meus filhos eram pequenos eu, por estar a trabalhar, pouco os via. Daí talvez não perceber a própria evolução deles.

Ora como agora ando com um "caipira canininho" sempre atrás, no carro, já que em casa ando sempre eu atrás dele... tenho tido a percepção mais real da evolução do cachopito.

E assumo aqui e agora que daqui a uns anos o meu neto irá bater-me aos pontos, não só porque estarei mais velho e provavelmente mais limitado, enquanto para ele a galáxia a milhares de quilómetros-luz será o limite, mas também porque ele está a ser formatado para se tornar um especialista em qualquer coisa aos... 12 anos.

Hoje estava com ele na minha sala a tentar entretê-lo sem televisão nem outros apetrechos informáticos, apenas com brinquedos, quando o puto passa por um telecomando de televisão e nem liga à coisa. Não, não é que ele não seja curioso... Nada disso. Mas ele já sabe que aquele equipamento que ali está sossegadito não tem qualquer utilidade, pois se lhe tocar nada acontece na televisão ao invés dos outros aparelhos previamente por mim escondidos.

Ele já percebeu a tramóia e não dá para o meu peditório. Mas sinceramente com pouco mais de um ano e já reage assim... nem imagino como será daqui a uma década.

As saudades que irei ter!

"Nunca mandes o menino andar nem o velho sentar!"

Esta máxima disse-me, há semanas, a minha mãe quando lhe confessei a minha preocupação por o petiz cá de casa, já com 15 meses, ainda não andar.

Ora bem. parece que a coisa estará para muito breve já que o "caipira", como eu gosto de o chamar, ja principiou a dar os primeiros passos.

Sei por experiência própria que a partir do momento que o rapaz se desembarace do medo que tem em andar de pé, eu irei ter uma preocupação acrescida e permanente. Mas faz parte da vida, do crescimento das crianças e nosso como cuidadores e educadores.

Finalmente reconheço que ainda irei ter saudades daquela rapidez movida apenas a mãos e pés a que commumente chamamos gatinhar!

Um ano já passado!

Há um ano escrevi isto.

Hoje decorrido 365 dias, 52 semanas ou doze meses tenho que reconhecer que um rap+az é muito dfiferente de criuar que uma cachopa.

A verdade é que o meu único neto varão é um rapaz cheio de energia, simpátice e um testador de paciência porque com um ano já sabe o que quer e gosta. Mesmo não dizendo uma palavra, nem sequer ainda anda sozinho, mas já o multei em casa por excesso de velocidade a gatinhar.

O catraio é um compincha e uma criança feliz, tal como foi e é a irmá mais velha.

As crianças são todas diferentes umas das outras, tal como cada um de nós é diferente e ninguém, ouse dizer que há uma manual perfeito para criar qualquer criança. è um erro crasso assumir esta ideia.

Posto isto... tem sido uma verdadeira aventura recheada de muuuuuuuitas venturas em poder ajudar o petiz a crescer e desenvolver-se.

O dom da vida, como entitulei o postal do ano passado não se resume apenas ao nascimento de uma criança. É acima de tudo ter a capacidade de dar forma ao futuro dos mais pequenos.

O dom da vida!

Na minha vida há eventos estranhos ou, no mínimo, curiosos. Entre muitos, que não irei agora referir, recordo um, assaz importante e que ocorreu em 1987. No Sábado de Aleluia desse ano fui a um casamento com a minha mulher que apresentava já uma volumosa barriga de fim de gravidez.

Já em casa noite dentro acorda-me dizendo que rebentaram as águas e aí vamos nós, numa fona, a caminho do Hospital da Cruz Vermelha. No dia seguinte foi Domingo de Páscoa e nessa mesma madrugada nasceu o meu primogénito.

Dêmos um salto na tábua do tempo de quase trinta e sete anos, para aterrar nesta Sexta-feira Santa da Páscoa. Ainda esta semana a minha nora fora à médica que a acompanha na sua gravidez, concluindo que o parto ainda estaria longe...

Pois é... há coisas na minha vida quase inexplicáveis já que pela manhã surgiu o meu filho apressado comunicando que a mulher entrara em trabalho de parto.

De tudo isto resultou que hoje, dia 29 de Março do Ano da Graça de 2024, fui avô pela terceira vez. Agora de um rapaz.

Portanto e com tanta coisa estranha ao nosso redor sinto-me grato em poder dizer: o dom da vida é um bem precioso que infelizmente nem todos valorizam.

Agora temos de o ajudar e aos pais a crescer e a educar!

Será por tudo isto que prefiro a Páscoa ao Natal?

O Beijo!

 

Quando vi este quadro em Viena nem acreditei... "O Beijo" de Gustavo Klimt? Não podia ser...

Mas era!

Esta belíssima imagem pintada pelo grande mestre austríaco não vale só pela técnica e beleza das cores e formas, mas acima de tudo pelo... gesto. E que gesto...

O beijo é, na minha modesta opinião, o mais singular, mais genuíno e a mais pura demonstração de sentimentos por parte do ser humano. Nele pode-se condensar tudo: amizade, carinho, ternura, paixão, amor. Até alegria e felicidade.

Se o beijo de mãe ao seu filho é deveras belo e pictórico mais bonito é o beijo duma avó ao seu neto. Dado assim, sem razão aparente, unicamente por ser ser avó. São sempre breves os momentos de profundíssima ternura. Mas claramente intensos...

É uma oferta e um desejo. Uma esperança e um delírio. Uma realidade e um sonho.

Tudo misturado num só gesto.

O beijo... esse tradutor físico de sensações e desenganos. Todavia perfeito!

 

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