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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Rosa vermelha

Não sendo um apaixonado por jardinagem, reconheço a beleza que há nas flores. Sejam rosas, cravos, camélias e até flores da laranjeira.

Ontem dei conta da primeira rosa denominada "Rosa sangue de boi". Quando abre no dealbar da sua vida esta flor tem uma cor mais parecida com a cor do sangue, mas esta já a fotografei no seu declínio. Ainda assim é bonita e exala um perfume inebriante.

Rosa_vermelha.jpg 

Dar razão a quem merece!

Há muitos anos o meu sogro, homem bom e inteligente e com visão futura, indicou que certo pedaço de terra com pinhal bravio deveria ser vendido assim que estivesse grande para nele deixar crescer um sobreiral.

Sempre considerei esta ideia um tanto estafúrdia, mas tendo em conta que o prédio rústico não era meu, encolhi-me nos comentários.

O meu sogro morreu em 2008 e há mais ou menos dois anos as herdeiras decidiram arrancar com uma intervenção de fundo. Venderam o pinhal (o receio dos incêndios era uma preocupação constante na família!), fizeram intervenções ao nível do chão cortando tudo o que era mato mais alto (silvas, giestas, fetos!), aplicaram fitofarmaceuticos de rápida acção para hoje eu perceber quanta razão tinha o velho sogro.

A quinta de apenas 20 hectares está mais de metade reflorestada com um bonito sobreiral, do qual já se fez a desbóia da ccortiça em algumas árvores. No meio há ainda alguns pinheiros bravos, outros mansos, carvalhos e até medronheiros. Para além de amieiros e freixos (que o video infra não mostra).

Por aqui investe-se na reflorestação e na procura de opções ao invasor eucalipto. Ainda se tentou os lariços europeus, mas não tivemos sorte.

Fica finalmernte o video, feito hoje no meio do que foi outrora em frondoso pinhal.

O perigo mora ao lado!

Estou na Beira Baixa onde chove!

Depois de umas voltas de tarde acabei por ir ver como estavam os terrenos no que respeita à água. Obviamente encharcados. Muito encharcados.

Não sou nada fiscalizador do trabalho dos outros, mas gosto de deambular pelo terreno percebendo a candeia nas oliveiras ou somente o... renovo das árvores.

Como já referi o dia estava cinzento e chuvoso. Mas sem frio! O rapaz que toma conta de uma das fazendas apareceu para tratar do gado (ovelhas e alguns bezerros).

Depois fomos am,bos perceber como estava a aramada que circunda o terreno após as últimas chuvadas. E foi aqui que reparamos num ninho de vespa asiática no terreno contíguo.

ninho_vespa.jpg 

Não é o primeiro que vejo. Já em tempos apanhei outro que se formou dentro de um buraco de um ramo de sobreiro cortado.

Têm sido vários os acidentes, alguns mortais com estes insectos. 

Que vivem ao nosso lado sem quase percebermos disso!

A primeira rosa!

Desde há uns anos a esta parte tenho por hábito publicar uma foto da primeira rosa do meu jardim.

Reconheço que não sou grande jardineiro, até porque prefiro a horta para trabalhar. Mas sempre que me pedem lá vou dando uma ajuda às floritas.

Depois, mais ou menos por esta altura, começam a surgir os primeiros botões de rosa, omo a da foto que segue.

Sei que muitos que por aqui passam não gostam deste tema das flores. Mas felizmente eles ainda não mandam no meu espaço. 

Rosa_2025.jpg 

Nota: não está uma grande foto porque foi tirada ccom telemóvel e estava muito Sol, mas espero amanhã conseguir publicar uma outra que tirei com uma máquina fotográfica a preceito!

Teoria do Caos!

Conhecem certamente a Teoria do Caos em que um simples bater de asas de uma borboleta poderá originar tempestades monstruosas no outro lado do nosso planeta.

Imagino que muitos cientistas e estudiosos olhem para este insecto e sintam alguma atração, nem que seja fatal. Mas crêr que, no limite, este passeio de um minuto no meu jardim de uma bonita borboleta possa originar castástrofes a milhares de quilómetros daqui é que me parece um pouco exagerada.

Todas iguais, todas diferentes!

Pois não estou a falar de nenhuma intempérie, mas somente do que aconteceu ontem com a minha cirurgia.

Deste modo no sábado passado cavei a terra com a ajuda do meu varão mais velho, fiz os regos e no Domingo ao fim da tarde acabei a tarefa de plantar duas dúzias de couves portuguesas

couves_lusas.jpg 

e mais umas couves galegas e bacalãs (uma espécie de coração de boi)!

Couves_galegas_balacas.jpg 

Por agora parecem todas iguais, mas daqui a uns tempos notar-se-á a diferença. Por enquanto regadas à torneira. Mas aguardo que a chuva faça a parte dela.
Ou diria alguém que conheço bem: vale mais um litro de água da chuva que cinco da companhia.

A experiência de anos anteriores obriga-me a concordar.

Esta canícula que derrete!

Pronto e chegou o calor. Com força! Talvez demasiada.

Nem imagino como estará na Beira Baixa ou no Alentejo profundo.

Se não fosse o ar condicionado provavelmente este portátil, onde estou a escrever tardiamente este postal, já teria derretido.

O que é estranho mas ao mesmo tempo curioso é que os tomateiros da minha horta gostam desta canícula. De tal forma que só esta semana os frutos amadureceram. E a partir de agora vão os restantes que ainda estão verdes.

Como tudo nas nossas vidas há na Natureza quem goste deste Estio abrasador!

No fundo há gostos para tudo!

Com a Natureza não se brinca

Ano após ano tenho vindo a perceber que a Mãe Natureza tem muitas formas de se pagar pelo mal que, constantemente, estamos a aprontar.

E por muito que tentemos dar a volta à coisa a verdade é que a Natureza leva sempre a sua avante. Ora seja através do "El nino" ou demais tempestades e catástrofes naturais.

Também a agricultura sofre, e de que maneira, com as constantes alterações do clima, seja através de secas prolongadas ou com chuvas abundantes fora de tempo.

Mas deixem-me exemplificar: tenho no meu quintal diversas árvores de fruto. Uma delas, a ameixeira costuma todos os anos carregar de tal forma que muita vezes tenho dificuldade em fazer desaparecer tanto futo. Todavia este ano deu seis ameixas que eu deixei na árvore para os pássaros comerem.

A 120 quilómetros de onde moro há uma pequena aldeia onde fui criado e onde ainda vive muita família. Povoado rodeado de olivais, em tempos teve dois lagares a trabalhar permanenetemente. è nestas terras castanhas e barrentas que normalmente semeamos as nossas batatas.

Cuido-se da terra atempadamente, mondou-se amíude da erva daninha, mas mesmo assim a terra que deu mais do que isto

carrinha_batatas.jpg 

Se juntarmos a este pequeno monte mais oito sacos ainda assim a apanha deste ano foi fraca. Choveu muito e em momentos inapropriados. Depois veio um sol forte que ajudou a erva a crescer.

Há dois anos o mesmo peso de batatas para semente deu entre três a quatro vezes mais que este ano.  O ano passado a fartura já não foi muita e este ano ficámos assim!

De uma vez por todas façamos pelo ambiente o melhor que pudermos. Não tarda nada nem batatas saem da terra porque esta ficou... estéril.

A Mãe Natureza não brinca!

Um ciclo de vida se completa!

Seja no animal homem seja noutro animal qualquer a vida terá em princípio dois ciclos. O primeiro começa quando se nasce. Nesse tempo todos os seres são indefesos e estão entregues aos cuidados de quem os vai criando, sejam pais ou mães. Crescem, ganham valências e finalmente capacidade para decidir. Até que um dia, quase de repente partem sem dizer nada a ninguém. É neste preciso momento que se fecha um ciclo, para logo se abrir um novo.

Vem este tema à superfície porque hoje constatei que os meus netos voadores... partiram do ninho.

Há mais ou menos um mês encontrei na minha laranjeira do quintal este ninho

ninho.jpg 

e logo nesse dia aqui escrevi sobre ele. Três ovos de melra "entregues à sua sorte" pensei eu na altura.

O tempo passou célere e no 20 de Maio voltei a perscrutar o ninho para perceber se havia evolução. E havia já novidades.

ninho1.jpg 

Também na altura esgalhei qualquer coisa sobre este ninho.

Mais uns dias sem me intrometer na vida melriana até que encontrei estes meninos, já numa bonita postura e bem desenxovalhados. 

ninho2.jpg 

Novo postal a dar conta desta evolução, no final do mês passado.

Ontem voltei a espreitar por entre a folhagem verde e dei conta apenas de dus crias. Provavrelmente a mais velha já voara para parte incerta.

ninho3.jpg 

Dois fantásticos exemplares de jovens melros que me olhavam quase com desdém. Entretanto hoje dei conta do fecho do tal ciclo de vida, ao perceber que o ninho estava completamente vazio.

ninhyo4.jpg 

A minha neta que é esperta e depois de lhe ter inventado uma estória com três melros, pergunta-me a certa altura:

- Avô e agora onde vão fazer o ninho?

Bela questão... para o segundo ciclo de vida!

Todavia não lhe soube responder!

Duas estórias, uma realidade!

Hoje a meio da manhã a minha neta que andava a cirandar pelo jardim chama-me num tom de voz estranho:

- Avõ, avõ vem cá depressa!

Não fui qu'isto dos miúdos andarem sempre a chamar por nós por qualquer coisa menos vulgar tem de acabar. Entrou na cozinha onde eu ultimava o almoço e puxa por mim, enquanto dizia:

- Encontrei um ninho...

Entrei na brincadeira:

- A sério?

- Sim... outro!

'Pera aí! Outro? Segui a miúda!

- Olha ali - e apontou-me para uma enorme cameleira.

Coloquei-me sob o arbustro e na verdade lá estava o ninho, mais pequeno que este, mas ainda assim com "gente" dentro (leia-se ovos... ainda!).

A cachopa andou todo o dia esfusiante, mas a determinada altura expliquei-lhe que os animais desejavam mais sossego que visualizações. Algo que ela compreendeu!

Esta pequena crónica matinal fez-me lembrar um caso muito recente na minha aldeia e que se passou com a minha mãe. Reza assim o episódio:

A aldeia é um ponto de passagem quase obrigatória para os peregrinos que se dirigem para Fátima com origem na zona de Lisboa e arredores. Muitos sobem a serra por um trilho ingrato mas com uma paisagem bonita, outros preferem contornar a serra. Mais quilómetros mas menos desnivelado.

Durante muitos anos a minha mãe foi quase a única cuidadora da igreja. Daí ainda muita gente quando passa na aldeia vai bater-lhe à porta pedindo acesso à velha capela. Hoje já se escusa amiúde, mas de vez em quando lá faz o jeito de escancarar as portas do templo. Naquele fim de tarde surgiu-lhe um jovem que se identificou como sendo peregrino e a solicitar se a minha mãe poderia abrir a capela.

Respondeu que sim, mas teria de ser rápido pois tinha de dar de comer às galinhas e o sol estava quase a esconder-se. Entusiasmado o jovem questionou se via algum inconveniente em ele ver as galinhas. A minha mãe respondeu que não e levou-o às capoeiras onde o rapazito ficou, ao que parece, encantado. Depois:

- Posso lever uma delas?

- Para que queres uma galinha?

- É só para mostrar aos miúdos peregrinos.

- Hoje não que já é tarde, mas amanhã podes aparecer e levar uma delas.

O miúdo feliz levou a chave da capela para ainda antes da noite a entregar. A verdade é que no dia seguinte bem cedo o rapaz lá estava à porta de casa da minha mãe em busca da ave que levou... para mostrar aos miúdos. Passado uma hora veio devolvê-la e agradeceu!

Ora tudo isto leva-me a pensar na maneira como muiutas crianças são, não só educadas, como instruídas. A minha neta tem quatro anos, já viu galinhas, coelhos, patos, borregos, cabritos e demais animais. Não teme as lagartixas e aranhas que por aqui convivem e lida bem com todo o tipo de bichos que encontra. Agora deu conta que as aves nascem nos ninhos. Uma aprendizagem empírica que só lhe fará bem para o resto da vida!

Ao invés as crianças de e da cidade só conhecem alguns animais de os verem no pequeno ecran. Talvez por isso tenham menos consciência animal... e um escusado e bizarro receio da Natureza.

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