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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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'Bora lá desmanchar...

... o Natal!

Eu sei que hoje é considerado por muita gente, especialmente aqui ao lado em Espanha, o verdadeiro Dia de Reis. Liturgicamente este dia foi comemorado ontem pela igreja católica, mas o povo continua a ser fiel ao dia seis de Janeiro como sendo o dia em que três Reis Magos chegaram à gruta, seguindo uma estrela, e onde repousava Nosso Senhor Jesus Cristo, que haveria de ser o rei dos Judeus.

Mas adiante.

Hoje a minha sogra, se estivesse vida, faria 94 anos. Já partiu e este é o primeiro ano que a família tem de lidar com a sua verdadeira ausência daquela que foi durante muitos anos a matriarca.

Entretanto da parte da tarde depois de uma consulta num hospital particular atirei-me às iluminações e árvores de Natal e dei por findas as festividades natalícias.

Curioso é que a minha neta desejou também colaborar mas foi impedida já que está doente com febre. Mas não me pareceu triste com a situação.

Portanto e para finalizar agora só se voltará a falar de Natal lá para Outubro... Se não for antes!

Ser Natal!

No Natal há prendas que jamais esquecemos. Daquelas que poderão não encher a carteira, mas fazem o coração transbordar de alegria.

Há uns tempos, assim a modos que a brincar juntei um conjunto de bloguers dos quais tinha os contactos telefónicos e criei uma comunidade no uotessape sem fins lucrativos a não ser… estarmos presentes.

Esta comunidade é deveras activa e todos os dias há aquele “bom dia”, uma “boa-tarde” ou um simples “olá”. Seja o que for estão lá e cada um de nós sabe disso.

Esta malta é simplesmente soberba. Neste momento somos “só” 15, mas valemos por milhares e temos a força de uma grande e férrea amizade.

Ainda antes do Natal apercebi-me de que algo estaria para acontecer no grupo. E aconteceu… Será desta iniciativa onde gratamente me vi incluído que venho hoje escrever.

Na véspera de Natal a cadela cá de casa deu sinal sonoro. Geralmente quando é assim aponto para o senhor Joaquim o carteiro da zona, curiosamente também um Beirão. Fui à caixa de correio e encontrei um envelope endereçado à minha pessoa, oriundo de uma mulher fantástica que tenho o privilégio de conhecer pessoalmente e de a considerar uma amiga de coração. Falo obviamente da Isabel, deste blogue, e que me enviou um postal de Boas Festas. Manuscrito!

Isabel_s.jpg Isabel_s_1.jpg

Assumo sem vergonha que nunca recebi um postal destes com origem em amigos. Nunca.

Na passada terça-feira, último dia do ano, recebi outro envelope. Desta vez da Maria também manuscrito! Uma jovem quase da minha idade e por quem nutro uma amizade que vai para além do normal. No fundo é assim uma espécie de irmã longínqua, profundamente corajosa e a quem por vezes recorro para ouvir o que preciso.

Maria_A.jpg Maria_A_1.jpg

Tanto uma como outra entraram neste meu Natal de uma forma fantástica, surpreendente e inesquecível.

Os seus postais estão juntos a outra correspondência minha. Pode ser que daqui a muitos anos algum dos meus (para já) quatro netos, queira fazer um apanhando e quem sabe publicar alguns destes belos textos.

Há emoções que muitas vezes não controlamos.

Há sentimentos nem sabemos que nos atentam.

Volto à minha velha ideia de que na vida não temos nada, já que quando partimos nada vai connosco. Todavia o que realmente fica permanente é o que somos.

E estas duas meninas foram o meu verdadeiro Natal!

Um muito, mas muito obrigado.

A gente lê-se por aí!

Nem no Natal!

Desde que passei a ter filhos (e sobrinhos) a minha vida transformou-se num mar quase sempre revolto, não no pior sentido marítimo, mas pela forma como tudo em mim é uma enormíssima agitação, mesmo que muitas vezes involuntária.

Mas ultimamente então tem sido quase escandalosa esta revolução. de tal forma que adoptei na família a seguinte frase que bem espremida no seu conteúdo é sinónimo do que escrevi acima e resume-se nisto: quando acordo de manhã sei onde estou, mas jamais saberei onde irei dormir a noite seguinte mesmo que não tenha nada planeado.

Por exemplo se tudo tivesse corrido a preceito neste momento estaria à lareira na minha casa a escrever qualquer coisa ou a editar o meu próximo livro. Assim não fui para lá, estou na urbe manhosa, com uma neta no quarto ao lado que passa o dia a chamar pelo pai e pela mãe enquanto foi promovida a irmã mais velha sem ter consciência disso.

Surgiu-me em complemento uma crise de gota que nem sei de onde veio até porque ultimamente como tão pouco que já perdi uns quilos... E dói que se farta!

Porém a vida é assim mesmo e 2024 foi muito fértil em acontecimentos,, não diria bizarros mas em crescendo. Pode ser que para o ano as coisas acalmem!

É que já não vou propriamente para jovem, mas a vida deve pensar que ainda tenho vinte anos!

Nem no Natal há um momento de sossego!

Mas a riqueza de mais uma neta acabadinha de nascer é uma feliz compensação!

As prendas de Natal!

Nunca escrevi cartas ao Pai Natal e muuuuuuuuuuuuuuuito menos ao Menino Jesus que na minha altura de criança seria o responsável pela recolha da informação e mais tarde a sua distribuição.

Naquele tempo não havia super nem hipermercados e as lojas eram as da nossa rua; o senhor António da pastelaria, o Justino da papelaria, o Favinha da mercearia e alguns outros de quem olvidei o nome. Não havia distribuição gratuita e as prendas vinham pela chaminé enfiadas num cesto que alguém do lado de fora fazia descer.

A noite passada, mui perto da meia noite andei armado em Pai-Natal a distribuir os presentes pelos diversos sapatos deixados à beira da árvore de Natal. Notei que cada vez são menos prendas muito por culpa de alguns pais das crianças que apenas autorizam a entrega de uma prenda (leia-se brinquedo) por pessoa às suas crianças. Dizem que assim evitam desperdício.

Não sei se o conseguem, mas enfim, não pretendo contrariá-los. Talvez por isso a minha neta depois de abrir as suas poucas prendas dedicou-se a abrir as dos outros (as minhas incluídas!).

No fundo o prazer desta criança não parecia estar nos seus presentes de eventuais brinquedos, mas simplesmente no acto genuíno de desembrulhar as prendas, mesmo que fossem dos outros.

E estava tão feliz!

Um Santo Natal

Fui ao meus arquivos blogosféricos e reparei que há um série de anos que vou aqui desejando as Boas Festas a quem simpaticamente me vai lendo e partilhando ideias.

De todos há um grupo restrito com quem mantenho uma acesa (no bom sentido, obviamente) conversa. Todos os dias acordamos e quando podemos lá vamos dar as boas vindas a quem madrugou ou se calhar não.

Sempre fui, sou e serei um homem de afectos. Em dar e em receber. E se gosto muuuuuuuuuuuuuuuuito de partilhar as minhas alegrias e quiçá menos as minhas tristezas, ainda assim acredito que esta questão de sermos capazes de dar e receber não tem a ver com a carteira de cada um, mas tão somente com o coração.

Hoje é véspera de Natal! Aquele dia que nos cobre de calor humano, mas que me deixa com amargos de boca quando vejo tanta e tanta gente sem o mínimo para comer, sem o essencial para viver. Problema: se há alguns que aceitariam ter outra vida a maioria não o deseja... porque não se quer ver presa a nada!

Posto isto desejo a todos quantos aqui passam um Santo Natal e que esta quadra seja acima de tudo uma festa de reconciliação de cada um consigo mesmo.

Só assim o verdadeiro Natal fará sentido!

Azáfama natalícia (dia 2)

Hoje acordei a desoras. Ainda não eram cinco da manhã! Como não tinha sono ataquei o meu portátil e fui rever uns textos. Mas o tempo passou depressa e às sete da manhá já andava numa fona para avançar para as filhós. Às nove já estavam amassadas e prontas para começar a fintar

filhos.jpg

para às onze e meia estarem prontas,

Filhos_1.jpg 

Para iniciar a bravata de as fritar.

filhos_2.jpg 

filhos_3.jpg 

Foram preciso cinco horas para fritar nove quilos de massa de filhós, ficando com este aspecto.

filhos_4.jpg 

Mas o dia não ficou por aqui e toca arranjar tudo para preparar e fritar sonhos de... cenoura!

sonhos.jpg 

Entretanto fizeram-se já as pêras bêbadas.

peras.jpg 

Amanhã seguir-se-á as rabanadas e mais uma série de bolos e doces.

Portanto tal como falei ontem neste postal a azáfama natalícia paira no ar (e dói nas mãos e braços).

Azáfama natalícia

A partir da proxima madrugada principia a costumada azáfama natalícia cá em casa.

E a primeira irá levar o dia inteiro que são as filhós (que cá para mim que ninguém nos ouve, não prestam para nada... alguma vez se viu filhós sem açucar?)

Segunda-feira seguirá o resto dos acepipes para terça finalmente tentarmos descansar-antes da Consoada.

Este ano ainda se pensou reduzir muito estas actividades tendo em conta a parftida da matriarca da família. Só que nasceram duas crianças e celebrar a vida não será todos os dias nem para todos.

Portanto bora lá arranjar estômago para armazenar tantos doces.

Eu vou ser cuidadoso pois a idade não perdoa e não vale a pena perder a saúde por um naco a mais de doce. Mas de uma coisa vou ter a certeza de fazer se chegar à manha de 25... Arrigementar um pijama de bolos...

Já experimentaram?

Natal: lugar à família!

Hoje andei a rever a lista das pessoas a quem dei o meu último livro. E é curioso que retirando os cá de casa e os meus pais apenas cinco familiares receberam também os meus livros.

Sempre fui uma pessoa ligada à família mesmo aquela mais afastada pois toda merece o mesmo cuidado e tratamento. De tal maneira sou apegado à família e à sua história que uma das melhores prendas que recebi em toda a minha vida (creio que foi no meu aniversãrio) teve a ver com a investigação feita aos meus antepassados, nomeadamente nomes, nascimentos, mortes, profissões e locais de vida. Um tesouro que guardo para sempre!

Mesmo sem nunca ter conhecido a maioria daqueles meus antepassados (a mais velha que me lembro foi a bisavó Maria da Conceição, mais conhecida na aldeia por Maria Couvicas!!!) tenho por eles uma estima e um enorme respeito porque, obviamente, sem eles eu também não estaria por cá!

Talvez por ser assim tão ligado aos laços familiares é que estranho a tendência, por esta altura do Natal, dos filhos atirarem os pais idosos, doentes, dementes para as camas de um qualquer hospital, fugindo à responsabilidade de tomarem conta de quem os criou (mal ou bem, não interessa!).

Por aqui e se tudo correr bem irei no dia 25 buscar os meus pais, almoçarão comigo para no fim do repasto ir entregá-los à aldeia onde eu próprio ficarei até ao dia seguinte.

Posto isto e em jeito de recado: olhemos pelos nossos, cuidemos dos nossos, sejam eles muito novos, novos, idosos ou muito idosos. Porque quase sem percebermos seremos nós (eu já lá estou... quase) amanhá a necessitar dos cuidados e das atenções daqueles que, há muito tempo, nem nos deixavam dormir!

A gente lê-se por aí!

Bolo rei, raínha e demais acepipes...

... de Natal

Natal sem bolo-rei diria que nem é festa. 

Há uns anos decidiram criar o bolo-rainha que no fundo é primo do bolo-rei, mas sem as saborosíssimas frutas cristalizadas e que eu simplesmente adoro.

Entretanto não sei se foi a ASAE ou outra entidade qualquer que proibio entretanto a inclusão da fava e de um pequeníssimo brinde dentro da massa do bolo. Mais uma imbecilidade à portuguesa!

Tudo isto desapareceu por decreto retirando àquele doce a verdadeira magia... do Natal. Dizia também a tradição que a fava significaria a quem calhasse comprar o próximo. Uma brincadeira que quase ninguém respeitava.

Mas o Natal acarreta consigo as filhós, as rabanadas e mais um conjunto de doces impróprios para diabéticos. Por cá de compra só mesmo o bolo-rei e as azevias, porque o resto é tudo feito cá em casa.

A lista de doces já começa a ser elaborada:

- filhós (muitas e eu não como uma!);

- rabanadas;

- quadradinhos de chocolate;

- tarte de amêndoa;

- pudim de ovos;

- peras bêbadas;

- bolo de bolacha;

- bolo imperial;

- farófias.

Finalmente seremos, no dia 25, apenas dez à mesa... A ver se chegam estes doces todos!

A prenda de Natal que gostaria!

Quando a semanas do Natal me perguntam o que eu gostaria de receber no dia 25 de Dezembro vem-me logo à ideia umas coisas assim para o pateta, como seriam:

- Uma viagem à volta do Mundo em balão de ar quente;

- Um iate enorme (mas com velas);

- Uma escalada ao Monte Everest.

Desejos que nunca divulgo até porque todos perceberiam que seria brincadeira. Portanto quando me questionam respondo quase sempre com a mesma lenga-lenga:

- Não quero nada, basta a vossa presença e bla... bla... bla...

No entanto, por vezes, dou por mim a questionar-me sobre o que gostaria realmente de receber pelo Natal. A resposta para mim é fácil, o problema seria a sua execução. Passo a explicar:

- algo que gostaria de receber seriam livros para ler, daqueles fantásticos e nada dos auto-ajuda que somente ajudam a carteira de quem os escreve e publica:

- outra seria ter um niquinha mais de competência na escrita e sair, definitivamente, deste registo a que todos os meus leitores já se habituaram.

Porém para que estes dois desejos se realizassem eu teria a necessidade de algo bem diferente e que se chama, se vocês não sabem imaginam...  tempo.

Eis então a minha verdadeira e única prenda de Natal que gostaria, desejaria receber: ter tempo.

Mas este não se compra, nem se embrulha com papéis coloridos e fitas deslumbrantes. Gere-se, limita-se, perde-se sendo sempre insuficiente para o que previmos alcançar.

Posto isto... se conhecerem alguém ou algures onde possa angariar mais tempo para eu gastar em coisas que gosto realmente de fazer não se esqueçam de me avisar.

Faxavor.

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