Quando nascer é notícia!
A notícia foi rainha nos principais noticiários de hoje: uma criança nasceu após a sua mãe estar em morte cerebral desde Fevereiro.
Um milagre da ciência médica, dizem!
Porém segundo percebi o MP teve forte interferência nesta estória e a criança parece que vai ficar à guarda daquela entidade. Com o beneplácito da família…
Chegado a este ponto fico a pensar em modos de pergunta: como foi possível chegar a este ponto? Como pode um pai autorizar que o Estado se intrometa na sua família?
Obviamente que não tenho comigo todos os dados sobre este assunto, mas custa-me, como pai que sou, que um homem abdique de ser progenitor só porque não existe a mãe.
Curiosamente falei há poucos dias neste mesmo espaço daqueles pais e daquelas mães a quem desaparece o companheiro por morte. Mas que continuam com a vida…
O mundo é cada vez mais um local estranho em que as relações se tornam cada vez mais efémeras.
Resumindo este rol de eventos não percebo:
- o que realmente aconteceu à mãe grávida;
- de quem foi a última decisão de manter viva a senhora num estado vegetativo;
- porque se mete o MP neste caso quando há naturalmente um pai;
- finalmente porque este pai parece não se querer intrometer nas decisões que cabiam a si.