Depois de ter aqui escrito sobre o meu gosto por números redondos ou curiosos, venho uma vez mais falar das minhas estranhas manias com números.
Por exemplo: nunca compro um número de alimentos ímpar... se vou ao pão se preciso de cinco carcaças... compro seis. Se quero 15 sardinhas... compro 16.
A excepção é feita com o número um! Não compraria dois pães de tipo alentejano ou mesmo saloio, até porque provavelmente estragar-se-ia algum deles.
Mas desde que seja acima da unidade... tem de ser par!
Tenho a estúpida mania dos números redondos e das capicuas. Antigamente guardava os bilhetes dos autocarros (muito antes dos Passes Sociais) que tivessem números capicuas. Parvoíces que ainda hoje mantenho. Agora já não bilhetes... mas há outras coisas.
Por isso hoje reparei que após ter publicado o texto da manhã percebi que o número de postais publicados neste blogue havia chegado aos 4000,
conforme se pode comprovar na figura supra.
Começo então a pensar que já escrevi muito. Que foram muitas horas ao computador, muitas ideias pensadas, muitos desejos adquiridos, demasiadas esperanças depositadas.
Todavia continuo a gostar de deambular por aqui. De escrever coisas umas desinteressantes, outras mais polémicas e ainda algumas que são verdadeiros atentados ao bom-senso!
Seja como for tudo isto sou eu, assente em 62 anos de uma vida vivida com a intensidade que pude ou que me deixaram.
Adoro escrever... adoro sentir que as palavras que esgalho possam fazer sentido a alguém. Mesmo que seja só a uma pessoa... já vale a pena andar por aqui!
Nunca fui um brilhante aluno a matemática. Mas sei somar 2 mais 2. Que por vezes dá 5, mas só quando as contas estão erradas.
Avancemos…
Todos os dias os números trágicos de infectados e vitimas mortais desta pandemia cresce de forma assustadora. Notícias que preenchem telejornais em longuíssimos minutos .
No entanto ainda gostaria de perceber melhor as contas que nos apresentam. Há os casos activos, os em vigilância, os confirmados, os óbitos, os recuperados, os internados e os internados em UCI… Ufa!
No entanto se os recuperados e os óbitos não merecem, feliz ou infelizmente, qualquer dúvida, é nos outros que recaem as minhas dúvidas.
Por exemplo gostaria de saber quantos dos internados saem desses cuidados, quantos da UCI passam para enfermarias ou eventualmente para casa ou até falecem.
Ao invés vão dando números mais abrangentes, que receio não sejam os reais. No meu caso gostaria de perceber melhor os dados que nos indicam.
Mas pronto... isto sou eu a tentar complicar o que provavelmente até é fácil!
Nunca percebi porquê mas gosto de dados estatísticos. É uma coisa minha e creiam-me que nunca estudei tal disciplina.
As estatísticas como (quase) ciência poderão, no entanto, exibirem alguma falsidade. Não nos números, que esses nunca mentem, mas na sua interpretação.
Um dos exemplos é a informação que hoje percebi na plataforma onde este espaço está alojado e que indica que já tenho 200 "reações".
Ora sendo este número algo redondo a verdade é que muitas das ditas reações são na sua maioria gestos muito simpáticos dos meus amigos leitores ou links que eu próprio faço para outros blogues onde escrevo.
Seja como for e a menos de um mês deste espaço completar mais um ano de vida aquele número até me enche um bocadinho de orgulho.