O Natal passado trouxe-me um Concerto de Ano Novo que assisti no CCB logo no dia 1 de Janeiro e uma saída ao Politeama para ver o mais recente espectáculo de Filipe La Féria, Laura.
Tal como indica o nome este musical roda à volta da celebárrima actris Laura Alves, a menina de diversos amores e que morreu,, talvez, cedo demais.
Figura controversa do nosso teatro, estou espectante quanto à peça que irei hoje presenciar, ciente da chancela de qualidade que La Féria costuma colocar nos seus espectáculos.
Veremos como se sairá deste desafio! Que não me parece ser muito fácil
O título é uma das mais belas frases que se podem escutar no espectáculo que Filipe LaFéria ergueu no Politiema desde Março passado.
De nome "Severa", este musical conta a história triste da mãe do Fado, uma prostituta que no século XIX retirou o fado das tabernas e das vielas, trazendo-o para a ribalta.
Como é hábito o encenador mais conhecido e reconhecido em Portugal não deixou nada ao acaso. Os actores, o guarda-roupa, os cenários, os jogos de luzes tudo sai na perfeição.
A curiosidade de hoje é que Filipe LaFéria estava presente à entrada a receber os espectadores e a autografar o livro do espectáculo.
Depois lá dentro na sala... tudo ganha outra dimensão e outra, porque não dizê-lo, loucura. O musical que estava marcado para começar às 21 e 30 iniciou com cinco minutos de atraso. Nada de muito grave. Só meia-hora depois de ter iniciado é que Anabela subiria ao palco no seu excelente papel de cantadeira de Fado vadio.
O grupo de actores é soberbo, mas reconheço que o papel e a representação de "Custódia" (o amigo deficiente de Severa) atingiu um patamar muito acima do que provavelmente seria suposto.
Está de parabéns, uma vez mais Filipe LaFéria, a cidade de Lisboa e os espectadores que já tiveram a oportunidade de ver este musical.