O que irei escrever a seguir é aquilo a que commumente se diz do politicamente incorrecto: considero o Dia Internacional da Mulher uma afronta.
Não aos homens, mas a elas mesmo. Assumir este dia para a mulher é aceitar que ela ainda se encontra a um nível mais baixo que o homem. Quando na realidade a mulher é, na maioria das vezes muito mais forte que o homem.
Dou exemplos:
- nenhum homem conseguiria passar o que as mulheres passam todos os meses. Nós homens sempre que temos uma febresita de 36,8 é porque estamos a morrer;
- nenhum homem consegue organizar uma casa como deve ser. Jaquina onde está aquela camisola branca às bolinhas pretas que não uso há vinte anos? Na segunda gaveta da cómoda do quarto do lado esquerdo por debaixo da camisa azul com riscas castanhas;
- nenhum homem conseguiria mudar a fralda ao infante de meses e ainda conseguir mexer o refogado para que este não se pegue ao fundo;
- nenhum homem conseguiria conduzir e pintar-se ao mesmo tempo enquanto barafusta com o condutor de trás que apitou.
Aceitar a existência deste dia como algo diferente para as mulheres é amesquinha-las, fazendo-a crer que são mesmo o sexo fraco.
Quando a minha experiência pessoal, especialmente no meu local de trabalho, me diz precisamente o contrário.
Espero não ser preso nem levar nenhum processo com aquilo que vou dizer a seguir mas a mulher portuguesa está cada vez mais bonita!
O que acabei de escrever não é para ser tomado como piropo mas unicamente como uma constatação. No meu tempo de juventude as mulheres, acabadinhas de sair de uma revolução de cravos e de ideais, vestiam-se quase como os homens perdendo assim a maioria da graciosidade e beleza.
Mas a sociedade evoluiu e mudou muito. E deste modo a mulher portuguesa alterou o seu paradigma quiçá muito por culpa da televisão, da internet, das revistas cor-de-rosa... ou simplesmente porque sim!
Seja como for é notório a evolução. Ainda bem, acrescento.
Só que olhar actualmente para uma qualquer mulher bonita, bem vestida, perfumada... e de cigarro na mão destrói todo o encanto que possa, naquele instante, ter angariado. E é pena!
Não é uma mera questão de machismo... muito longe disso. Porque tirando as óbvias diferenças fisiológicas entre homens e mulheres, em tudo o resto as mulheres são tão eficientes quantos os homens. Mas realmente sinto algum constrangimento em observar uma bela moçoila de cigarro na boca.
Ainda bem que a juventude já passou por mim vai para demasiado tempo, pois não gostaria de ser moço e ter de me relacionar com uma jovem fumadora. Adensar-se-ía certamente alguma misóginia.
Eu que assumida e fundamentalmente sou um não-fumador posso parecer "bota-de-elástico" com este meu pensamento, mas há muito que passei a fase de me preocupar com aquilo que os outros pensam.
Ultimamente tem sido frequentes as notícias sobre violência doméstica com alguns casos a terminarem em profunda tragédia. Algo inconcebível no século XXI.
Mas o que mais estranho é que a justiça não defenda convenientemente as vítimas. Um destes dias uma mulher foi retirada de sua casa evitando-se assim mais violência. Nesse mesmo instante perguntei porque não devia ser o homem a sair direito aos calabouços?
Não sou sociólogo, psiquiatra ou psicólogo para tentar explicar o... inexplicável. Que eu saiba nenhum outro animal violenta a sua fêmea só por prazer ou para descarregar as frustações da sua vida.
Depois são as próprias vítimas que, reféns da situação para a qual nada contribuiram, recusam assumir a dita violência e escondem as marcas como podem.
Creio ser assim chegado o tempo das mulheres libertarem finalmente de um dogma que só envergonha a raça humana.
O tema que hoje abordo nada tem de polémico, é exclusivamente uma questão subjectiva. Falo “somente” da beleza feminina e da relação que o homem tem com uma mulher bonita. A ideia de falar sobre este assunto surgiu-me após ter lido um texto da BataeBatom (uma bloguer fantástica e com imensa graça) e onde referia ser uma fobia (com nomes pomposos para a dita!!!), a forma como muitos homens lidam com as belezas femininas. Num comentário feito no post, achei que essa fobia era mais parvoíce por parte do homem, que outra coisa. Mas achei mais tarde que deveria desenvolver este tema. Assim direi que a beleza feminina jamais me intimidou. Pelo contrário sempre me atraiu. Mas tenho consciência que o problema existe e torna-se deveras grave em alguns cavalheiros. A maioria das vezes muito por culpa deles próprios. Inconscientemente tentam plasmar a beleza na personalidade da mulher. Todavia se os níveis de auto-estima e auto-confiança rondarem o vermelho é óbvio que se sentem pouco à-vontade com o sexo oposto. Mas é aqui que reside o segredo… Nem a beleza feminina é sinónimo de inteligência, nem o seu contrário. Há mulheres bonitas e muito inteligentes e outras menos espertas. Tal como o oposto também acontece: damas que nada devem à beleza e que são óptimas companhias e com capacidades intelectuais muito acima da média. O humor é, para este tipo de problemas masculinos, um fantástico desbloqueador de receios e traumas. A experiência de vida diz-me também, que a mulher gosta de ser tratada como mulher e não como fêmea. E têm toda a razão para que assim seja! Porém a realidade é que grande parte dos homens não sabe fazer essa (enorme!) distinção! E é pena!
Tem nome de continente, país, mulher. Tem genica a rodos.
Há uns anos uma doença do foro oncológico quase a deitou abaixo. Mas renasceu das cinzas qual Fénix.
Ninguém lhe dá a idade que realmente tem. Mas não esconde os seus anos. Tem a mente de uma jovem e um riso sincero das crianças.
Vê em cada dia que passa uma oportunidade de viver. Viúva e mãe de uma filha muito doente, ainda assim acredita que amanhã um novo dia nascerá para ser gozado em plenitude.
O ano passado uma queda numa grande superfície atirou-a semanas para uma cama e depois para as canadianas. Quebrara a bacia. Um ano depois está curada e cada vez mais preparada para as vicissitudes com que a vida a vai brindando.
Numa sociedade em que cada desaire é igual a mais ansiolíticos, a América é, com os seus oitenta e três anos, um exemplo de coragem e tenacidade.
Faz hoje precisamente um ano que escrevi aqui que era definitivamente contra os dias internacionais.
Se eu fosse mulher odiava que houvesse um dia em minha honra. Acho que é a forma mais vil de oprimirmos alguém é dizer que hoje é o seu dia…
Eu NUNCA fui machista. Sempre lidei com as mulheres da mesma forma que trato um homem, salvaguardando as respectivas e muito naturais oposições.
A mulher não é nem superior nem inferior ao homem, apenas diferente. E é na diferença, não só genética como de vivencias, sensibilidades, desejos e procuras que ambos se completam.
Ter a consciência desta complementaridade é meio passo para uma vida em conjunto muito mais feliz.
A mulher não necessita de dias especiais, mas de solidariedade. Não precisa honrosas manifestações de apoio mas de justiça firme contra quem violenta uma mulher, seja de que forma for. Não requer legislação a ela dedicada, mas de cidadania desde a mais tenra idade.
Não são necessários dias especiais nem para a mulher. Idosos ou crianças. O que realmente é preciso é uma postura muito mais humanizada e menos sectária.