Este será um tema do agrado do meu bom amigo João-Afonso Machado já que é assumidamente monárquico. Por este lado, sinceramente, nem sei o que sou porque nunca vivi noutro tempo que não fosse república.
Politicamente falando, as monarquias europeias surgem bem à frente das repúblicas. Suécia, Nouega, Dinamarca ou Países-Baixos são alguns exemplos de países desenvolvidos e com uma mentalidade bem mais esclarecida que os países republicanos. Seja na área económica, seja nas questões sociais e muito mais ainda na vertente ambiental. Recordo que o primeiro político a falar dos cuidados que deveríamos ter com o ambiente foi o Engenheiro Gonçalo Ribeiro Teles, também ele defensor da Monarquia.
Talvez por isso aquando da recente visita da Princesa Leonor de Bourbon como representante da Coroa Espanhola a Portugal, a herdeira da Coroa do nosso país vizinho tenha estado no Oceanário de Lisboa onde falou aos jovens presentes sobre a necessidade de proteção do ambiente e conservação dos oceanos.
Uma vez mais alguém de uma Casa Real europeia a dar a cara por aquilo que deveria ser uma procupação constante de todas as repúblicas.
Daqui segue o meu veemente aplauso para esta Monarquia Ambiental!
Não sou monárquico. Melhor seria dizer que nem republicano já que quando nasci não tive direito a escolher o regime.
No entanto, sempre olhei para o Reino de Inglaterra como um excelente exemplo da forma como a monarquia vive e convive bem com a democracia. Algo que alguns republicanos (ainda) não crêem.
Eu, que nunca estudei, muito cedo percebi que muito do que se dizia nas ruas, tv's, rádios e jornais não correspondia à verdade, o que me obrigou a aprender a separar o trigo do joio. Esta aprendizagem fez com que rapidamente começasse a pensar pela minha cabeça e a não seguir a manada.
Tudo isto para dizer que desde cedo e com a oportunidade que tive segui com interesse a vida da Rainha Isabel II. Nada de revistas cor-de-rosa, mas as diversas bravatas que a monarca, entretanto já falecida, teve de travar durante o seu longo reinado. E foram muitas...
Dou agora o salto para a nova realidade. Em poucos meses dois elementos da família real Inglesa foram diagnosticados com cancro. O primeiro foi o Rei Carlos III, seguindo-se a sua nora, Kate Middleton, esposa do Principe William.
Mais uma vez a coroa Britânica a mostrar ao Mundo que a família real é constituída por gente quase normal! Que têm problemas e doenças como qualquer um dos seus mais pobres e reles súbditos.
O Mundo ficou em choque com a divulgação pública feita pela Princesa de Gales da sua doença, dando com isso coragem a quem estará a passar por situação semelhante.
Bem... depois vêm aqueles que, do alto da sua douta sabedoria, consideram que Kate deveria ter divulgado a sua situação há mais tempo evitando especulações. Uma ideia que a meu ver não fará sentido, tanto mais que Kate deve ter mais em que pensar (e sentir) que vir logo à rua dizer que estava cancerosa.
Ao invés destes comentadores de meia tigela, a Princesa de Gales fez o que devia e quando achou por bem fazê-lo. Esquecem-se alguns que nas Monarquias as eleições são para os súbditos elegerem os seus representantes e não os reis e rainhas, principes ou princesas.
Só desejo a ambos (Rei Carlos III e Princesa Kate) que recuperem rápido destes novos desafios, de forma a mostrarem à saciedade de que massa é feita a monarquia britânica.
Independentemente da preferência de regime que cada um de nós tenha é certo que agora falecida Isabel II de Inglaterra era a Rainha de todo o Mundo.
Já não era uma criança e dificilmente um monarca reinará tantos anos como ela reinou.
Entretanto pelo seu jubileu escrevi isto: "Resiliente, mas outrossim “brave”! Austera, mas também sensata! Pequenas “qualidades” que raramente vemos nos lideres políticos."
Hoje entra directamente para a estante da nossa memória.
A todos os meus amigos monárquicos um forte abraço neste momento menos bom da vida Real.
E agora como disse Charles VII, "The Queen is dead, long live the king!
Não me recordo de na minha mocidade ter algum herói… Nem real nem virtual.
Hoje já velho ainda penso menos em heróis ou heroísmos.
No entanto há neste Mundo tão estranho que ora nos entra pela televisão (os que a vêem!!!), pelos jornais (os que os lêem!!!) ou pelas redes sociais (os que as têm), duas únicas personalidades que eu gostaria sinceramente de um dia poder cumprimentar.
Uma delas seria o Papa Francisco, um exemplo de homem de fé, humildade, humanidade e de cuidado pelo próximo. A segunda personalidade seria obviamente a Rainha de Inglaterra, Isabel II.
Não sei se sou republicano ou monárquico porque não conheci outro regime a não ser o que agora vigora em Portugal, mas reconheço em ambos regimes qualidades e naturalmente alguns defeitos.
Todavia quando se fala ou escreve sobre Isabel II, não nos estamos a referir a um regime mas a uma monarca que ao invés de muitos políticos Mundiais resiste a tudo e a todos com uma fleuma tão britânica.
Comemora Sua Alteza este ano os seus 70 anos de reinado (desde 1952), se bem que só tenha sido oficialmente coroada rainha no ano seguinte. A festa é inglesa e Londres a capital dos festejos.
Mas o que mais me maravilha nesta rainha é a forma como sempre lidou com todos os problemas que lhe foram aparecendo na sua longuíssima vida.
Resiliente, mas outrossim “brave”! Austera, mas também sensata! Pequenas “qualidades” que raramente vemos nos lideres políticos.
Finalizo com a ideia de que Isabel II não é só a Rainha da Commonwealth. Mas a Rainha de todos nós. Monárquicos ou republicanos.
Se há alguém no Mundo que realmente respeito é Sua Majestade Isabel II de Inglaterra.
A sua provecta idade já fez bater todos os records de monarcas anteriores como por exemplo da Rainha Vitória que reinou 63 anos e que era trisavó de Isabel II.
Soube que a Monarca Britânica também foi infectada com Covid. Diria que sendo Isabel II outrossim um ser humano, não é por ser Rainha que não lhe podem acontecer estas coisas.
Porém e tendo em conta a sua já longa idade, reconheço que segue os passos de sua mãe que viveu 101 anos.
Não serei seu súbdito todavia desejo-me sinceramente as melhoras com um rápido restabelecimento.
Humildemente reconheço que nunca pensei na questão de ser republicano ou ser monárquico. Realmente jamais foi uma preocupação premente até porque sempre vivi numa República.
Trabalhei com alguns defensores da causa monárquica que sempre me pareceram gente de bem e sensata. Defendiam naturalmente a existência de um rei em vez de um PR eleito, algo que não me parece impensável em Portugal, desde que a restante democracia parlamentar funcionasse de forma livre.
Depois olho para alguns países europeus que são monarquias e vejo-os sempre na linha da frente do desenvolvimento, o que quererá significar também alguma coisa. Digo eu!
Entretanto aqui ao lado, no país vizinho o Rei emérito Juan Carlos parece que se eclipsou após a descoberta de recebimentos indevidos de um monarca saudita no valor de 100 milhões de dólares. Nada que muitos políticos republicanos não tenham feito já e que continuam a fazer.
Todavia percebo a tristeza de alguns defensores da causa monárquica. Ainda por cima por um Rei e não um súbdito… Se acrescentarmos a este caso as estórias envolvendo saias, fico com a sensação que a causa monárquica não conviverá bem com esta situação.
Entretanto já se pretende a queda do actual Rei Filipe VI como se ele fosse culpado dos actos irresponsáveis do pai. Nem imagino como se sentirá o monarca Castelhano com a catadupa de notícias sobre a Casa Real.
Há dois anos aquando do nonagésimo aniversário da Rainha de Inglaterra escrevi este texto.
Passados 24 meses não retiro uma linha, uma palavra, uma vírgula ao que escrevi na altura.
Apenas acrescentarei que Isabel II começa finalmente a falar em sucessão. E ao contrário do que li muitas vezes e que eu próprio também assumi, a coroa não será, para já, entregue a William, mas sim a seu pai.
Sempre pensei que a relação entre a Rainha, o seu varão Carlos e a nora Camila obstasse a que o filho mais velho de Isabel fosse coroado Rei. Ainda por cima a idade do Príncipe de Gales, que em Novembro próximo fará 70 anos, não ajudaria à sucessão.
Mas pelo que vou lendo parece que a intenção da Rainha será outra. William que aguarde...
Com a abdicação do Rei Juan Carlos a favor de seu filho varão Felipe de Bourbon, abriu-se uma caixa de Pandora. De um momento para o outro a nossa vizinha Espanha viu-se a braços com um problema político que não imaginava: a dúvida sobre a “real” razão de existência da monarquia.
Milhares de pessoas têm vindo para a rua exigir a convocação de um referendo, a questionar se os espanhóis preferem manter uma monarquia mesmo numa versão do século XXI ou bem pelo contrário desejam a implantação de uma 3ª República, a exemplo de Portugal.
Se me perguntarem se sou republicano ou monárquico, responderei com a primeira opção, tomando em consideração que jamais vivi numa monarquia. No entanto a figura de um Presidente da República num sistema parlamentar como o nosso, cinge-se a dar posse a ministros e secretários de estado, ou a condecorar individualidades no dia 10 de Junho.
Tirando isso o PR é apenas e apenas uma figura de retórica, quiçá com algum peso institucional, mas muito pouco poder. E é esta noção da realidade republicana que os nossos vizinhos espanhóis ainda não têm.
Enquanto qualquer candidato a presidente sai do arco dos políticos da governação, provavelmente refém de muitos apoios recebidos para a sua eleição, o futuro rei de Espanha, Felipe VI, conseguiu para já o feito invulgar de casar por amor com uma jornalista já anteriormente casada e mais tarde divorciada e tem vindo toda a sua vida a preparar-se para ser Rei de Espanha.
A minha reflexão final vai para a ideia de que, no actual contexto europeu, não sei se a manutenção de uma monarquia não seria o mais sensato.
O meu amigo Pedro Correia no seu blogue Delito de Opinião lembrou-nos através deste post que hoje, a Rainha Isabel II de Inglaterra, comemora o seu 60 aniversário da sua subida ao trono.
Pouco mais haverá a acrescentar àquilo que está escrito naquele blogue (excelente texto, Pedro!). Todavia realço que numa altura em que se coloca em questão as soberanias de algumas repúblicas na Europa, esta Senhora é um exemplo de enorme tenacidade e sentido do dever.
A família não tem sido pródiga em dar bons exemplos à sociedade. Desde o(s) caso(s) da nora Sarah Fergusson, passando pelo divórcio de Ana e a trágica morte de Diana (ainda pouco esclarecida), o casamento do filho Charles com Camila, com quem mantinha relações demasiado próximas na constância do casamento com a Princesa Diana, por tudo isto a Rainha Isabel tem passado (quase) incólume.
A actual Raínha de Inglaterra não é só unica e exclusivamente um símbolo da realeza. Mas um factor de união de todos os ingleses independentemente dos credos ou opções políticas. Refiro apenas este exemplo: no Speaker's Corner, no Hyde Park, as tardes de domingos estão repletas de oradores, que ali naquele canto, podem livremente desabafar. Criticam-se governos, países, políticas, tudo é escrutinado... menos a Raínha. Esta personagem é intocável e ninguém tem coragem de a criticar.