O mito da gravata!
Comecei a usar gravata muito cedo, ainda miúdo. Obviamente por escolha familiar.
Depois atravessei aquela fase parva da adolescência e gravatas... nem vê-las. Fazia parte...
Todavia quando comecei a trabalhar a tempo inteiro, no pretérito ano de 1979, passei a usar, diariamente, fato e gravata. Daí até ao dia 13 de Março de 2020 usei centenas de gravatas em centenas de dias de trabalho e não só. De todas as cores e padrões. Ainda tenho uma que toca o "gingle bells".
Ora bem... a gravata não é, ao inverso do que muitos cavalheiros da nossa praça assumem, nada simbólica. É unicamente um acessório masculino e serve para enfeitar a indumentária masculina. Nada mais.
Durante muitos e muitos anos pretendeu-se associar esta peça de vestuário a diversas opções políticas, Repare-se a este propósito que quase todos os homens de esquerda do nosso país mesmo que andem de casaco não usam gravata, quiçá associando aquela a outros regimes. Um (quase) mito tolo!
No entanto continuo a achar que a exclusão do uso de gravata só porque sim, parece-me um tanto parvo. É como usar meias... há também quem não as use. Lembro-me até que quando fui a Londres ter encontrado no Metro um cavalheiro já com alguma idade vestido com um fato de tweed (estávamos em pleno Verão, imagine-se), camisa, gravata e... sem meias. Portanto...
Assim sendo cavalheiros, não se acanhem que não perdem virilidade por usarem uma gravata nem que seja somente ao almoço num qualquer Domingo de Páscoa.
Como eu usei!
(Já tinha saudades!!!)