Quem mais se seguirá?
A exemplo de Dias Ferreira no programa “O Dia Seguinte” na SIC Notícias, Miguel Relvas desentendeu-se com o moderador Nuno Crato e pediu para abandonar o programa do Governo. Ou melhor o Governo mesmo!
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A exemplo de Dias Ferreira no programa “O Dia Seguinte” na SIC Notícias, Miguel Relvas desentendeu-se com o moderador Nuno Crato e pediu para abandonar o programa do Governo. Ou melhor o Governo mesmo!
Pela primeira vez desde 1974 acredito que sim!
A minha afinidade política iniciou-se muito à esquerda. No meu tempo de estudante só existiam duas forças verdadeiramente implantadas nas escolas: a UEC, afecta ao PCP e o MRPP.
De uma forma quase natural aproximei-me do movimento liderado por Arnaldo Matos. Com os camaradas da altura lutei por alguns direitos, vendi o jornal “Luta Popular”, dei a cara… e o esforço pelo partido, sem nunca me militar, verdadeiramente.
Mas a idade vai-nos trazendo ensinamentos e a determinada altura percebi que a noção de democracia, especialmente em alguns partidos de esquerda, era totalmente diferente da minha. Li nessa altura muitos livros de diversos quadrantes e opiniões. E fui formando a minha própria definição de democracia. E nela compreendia a liberdade de expressão, de manifestação, da greve, de votar e escolher livremente quem desejaria para comandar os destinos do país.
Mas é também dessa época, uma frase que um colega e amigo, hoje médico reconhecido, militante do PCP, e que me dizia:
- Eu não sou um democrata, pois não admito os partidos de direita.
Esta postura eventualmente não democrática, todavia sincera, pareceu-me ainda assim de uma enorme lucidez. E se, por um lado, não concordasse com a sua aplicação, entendia obviamente a sua essência.
É com base nestes pressupostos que olho para os últimos acontecimentos no ISCTE e, independentemente das razões que levaram os jovens a exibirem daquela atitude, não posso concordar. Podemos e devemos discordar. Podemos e devemos dizer o que sentimos. Porém a nossa democracia não se revê nas atitudes daqueles jovens.
Um membro de um governo, escolhido democraticamente pelo povo, não deve ser silenciado daquela forma. Podemos não concordar com as suas ideias e atitudes mas aquilo… Pareceu-me mau demais para ser verdade. E a razão do protesto que assistia àqueles jovens esvaiu-se num ápice.
E o pior é que alguns partidos tão defensores da democracia e dos direitos pura e simplesmente desvalorizaram tais eventos. Como se pretendessem branquear o mau feito. E das duas uma: ou se vive em democracia e se respeitam as pessoas e ideias mesmo que diferentes ou então assumam-se como não democráticos. Como assumiu o meu amigo!
Deixo para o fim diversas questões: e se fosse ao contrário? A esquerda a tentar falar e a direita a silenciar? Estariam os partidos igualmente a observar o mesmo que disserem dias atrás? Eu gostaria de pensar que sim, mas realmente não o creio
E se no próximo campeonato de futebol, as bolas que acertem na barra ou no poste, se forem rematadas com intenção, passarem a ter equivalência a golos?
A ideia, ainda que idiota, de que a valorização de vida de cada um de nós devia ser tomada em linha de conta para se obter notas nalgumas cadeiras, em determinados cursos superiores, parece assim à primeira vista, de uma insensatez a toda a prova.
Dei por mim, esta tarde, a pensar no que o senhor Ministro Miguel Relvas tem de aguentar, agora que chegou a governante, dos jornalistas. Não há nada na vida daquele senhor que não seja totalmente escrutinado e observado à lupa, nos dias de hoje.
Não quero com isto dizer que estou de acordo com o que fez o senhor Ministro, bem pelo contrário, mas… (Nestas coisas há sempre uma conjunção a estragar uma ideia simples). Mas, pergunto eu, a quem de repente interessa(m) o(s) caso(s) Relvas? Bom… visto assim com calma… não sei… à oposição de esquerda? A António José Seguro? À Presidência da República? Ou a outros…?
Como é sobejamente sabido um dos dossiers de Relvas é a privatização de um dos canais públicos de televisão. Ora se olharmos bem, tanto a SIC como a TVI, têm apresentado quebras substanciais nas receitas de publicidade. E obviamente a entrada no mercado de um outro canal de televisão privado, iria retirar ainda mais receita àquelas televisões.
Temos assim que o actual Ministro Adjunto de Passos Coelho passou a ser um alvo a abater. E das duas uma: ou o PM o segura, corroendo ainda mais a (má) imagem deste governo, ou deixa-o cair substituindo por outro, eventualmente mais de acordo com os interesses das televisões privadas.
Haverá provavelmente outra opção, que seria a desistência do governo em privatizar um canal, mas não creio que seja esta a decisão do actual PM. E assim ficaremos à espera de ver e ouvir mais notícias sobre a vida (privada!) de Miguel Relvas.
No dia 1 de Abril do ano o passado sobre a queda do então governo socialista e entre diversas considerações, escrevi o seguinte: “…Se eu fosse PM não deixaria que uma dúvida sobre o meu curso superior alimentasse televisões e jornais. Rapidamente tentaria esclarecer as coisas (se alguma coisa houvesse para esclarecer)…”
Ora acontece que corre por aí que Miguel Relvas, o actual Ministro dos Assuntos Parlamentares também obteve uma licenciatura numa universidade privada (coincidência ou talvez não???), só fazendo quatro cadeiras. O resto caiu-lhe nas mãos através da sua vida política. Não posso, em face do que escrevi antes, dizer o contrário do que disse para José Sócrates. Este Miguel Relvas devia publicamente esclarecer a opinião pública, agravando consideravelmente se não o fizer a sua imagem já altamente deteriorada após o caso do “Espiões”.
É tempo do actual primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho agir em conformidade, sob pena de amanhã, ninguém mais neste pobre país acreditar num governante que seja. E é pena…
É assim:
Trinta anos a trabalhar numa entidade bancária de renome.
Quinze directamente com a liquidez, o que me tornou uma sumidade em risco da mesma. Se ao fim do dia aquela não batesse certinha, arriscava-me a pagar com a da minha carteira.
Especialidades: Gestão de Risco e Liquidez
Quinze anos em gestão e administração de uma rede informática. Se o tipo não acertasse com a password de acesso, administrava-lhe uma outra e geria a minha fúria antes de lhe dar uns tabefes.
Especialidades: Gestão de IP's (Indivíduos Parvos) e Redes informáticas
Diversos textos publicados em jornais e revistas. Oito anos a gerir uma redacção de jornal com autores a observarem opiniões muito diferentes das minhas.
Especialidades: Gestão de conflitos e conteúdos
Um ror de trabalhos de electricidade especialmente na montagem de calhas, ligação e passagem de fios. Operações de “choque” com diversos critérios.
Especialidades: Engenharia de correntes fortes
Diversos processos de perda de tempo, nomeadamente nas filas de trânsito citadino e repartições públicas.
Especialidades: Gestão de tempo e recursos humanos
Face à minha experiência profissional supra, pretendo três licenciaturas e dois mestrados…
E já!
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