"Numa tertúlia de amigos há entre eles um meteorologista quando a determinada altura diz este para os outros convivas:
- O tempo vai mudar!
- Uma das tuas previsões assentes na ciência?
- Não, dói-me um calo!"
Ontem ouvi na rádio que o tempo para este fim de semana para o Norte e Centro de Portugal iria ser farrusco havendo a hipótese de haver alguma chuva. A verdade é que a manhá acordou clara, com um céu bem anilado que aproveitei para mais uma visita à praia.
De tarde as coisas toldaram-se um pouco já que começou a soprar um vento forte que quase estragava os tomateiros, mas nada de chuva. Pelo menos até agora e já são quase 10 da noite!
Portanto seja na televisão, na rádio, num sítio de rede ou num qualquer jornal não acreditem nas previsões "mentirológicas" como diriam os populares Parodiantes de Lisboa nos anos 70.
Concluo que o nosso corpo percebe mais de previsões que os especialistas!
Ontem o meu infante mais novo chamou-me a atenção para algo que já ouvira milhentas vezes na rádio e que se prende com o tempo metereológico..
Entendo que os citadinos sejam eles de Lisboa, do Porto ou de "Bracara Augusta" não apreciem de todo a chuva e queiram sempre o sol. O que provavelmente não percebem ou não entendem é que a chuva não é por si só um mal mas um bem. As terras agrícolas vivem essencialmente da água que advém das chuvas ou de regas devidamente preparadas.
Sem a devida água nada se cria, nada cresce... tudo mirra. Daí fazer sol nem sempre é sinónimo de bom tempo.
Assim quando os lisboetas vão ao supermercado e consideram a fruta ou os legumes muito caros, olvidam o trabalho e os gastos inerentes à produção. É verdade que este tipo de chuva, que cai espaçadamenote em torrentes quase diluvianas, não é a melhor. Mas enquanto não há outra aceitemos esta.
O meu cebolo agradece assim como os feijões semeados o fim de semana passado. A flor da laranjeira e da amexeeira é que não gostaram do granizo de ontem à noite.
O tempo bom neste momento tem de ser de água e não de sol... O frio, esse é que poderia ser evitado.
Com tanta tecnologia, com tanto conhecimento, com tanta fartura de ideias e estes meteorologistas não acertam uma.
Ontem, escutei eu avisos de todas as cores e mais algumas sobre intempérie no País.
Porém em Lisboa o dia foi fresquinho mas de um sol convidativo ao passeio. Não imagino como foi no resto de Portugal!
Ora bem... só apetece dizer que as lusas previsões do tempo são mesmo me(n)teorológicas... como afirmavam com muita graça os "Parodientes de Lisboa" há algumas decadas..
Aproxima-se o fim de semana e com ele regressa o tempo da apanha da azeitona.
Prevê-se, no entanto, que estes dois dias próximos não vão ser nada simpáticos, já que a chuva vai ser uma constante.
Parece ser sina!
Já o ano passado passei quase toda a campanha, quer na minha aldeia quer na aldeia da minha mulher, ao sabor e à má sensação de andar todo o dia molhado.
Quando refiro molhado não corresponde àquela molha que por vezes apanhamos quando de súbito cai uma bátega, mas sim à estranha sensação da água a penetrar devagar na roupa até chegar à pele.
Só de pensar nisso até já sinto arrepios... gelados.
Mas pode ser que não... Se vocês forem muitos a pedir a S. Pedro que acalme a chuva talvez o Santo vos oiça e me deixe colher a azeitona sem água associada!