Um homem feliz!
Habitualmente fico contente com pouca coisa. Ou melhor. Poucas coisas fizeram a minha felicidade, porque esta é claramente fugaz e passageira.
Os momentos mais fantásticos que guardo, da minha já longa vida, foram os nascimentos dos meus filhos, a publicação do meu primeiro texto num jornal e quiçá o primeiro destaque deste blogue na Sapo.
Tudo o resto foram momentos bons mas... normais. Estudar (pouco???), arranjar um bom trabalho, casar, tudo me aconteceu com alguma... naturalidade
Até hoje.
Tenho dois filhos já homens. O mais velho faz tempo que saiu de casa para ir viver a sua própria vida. O mais novo ainda por aqui vai... resistindo.
É quase "cliché" afirmar que queremos o melhor para os nossos filhos. Mas costumo dizer que eu apenas lavrei a terra... cabendo a eles fazer a sementeira, mondar o terreno das ervas daninhas e colher os frutos...
E hoje alguém colheu. Num gesto extraordinário, o meu infante mais jovem, convidou a família e amigos para assitir à discussão pública da sua tese da Mestrado. E foi obviamente evidenciado pelo Júri a anormal assistência presente (quase duas dezenas de pessoas).
No final da discussão, que demorou tempos infinitos e em que todas as perguntas pareciam ser unicamente para fazer mal ao arguido, lá veio a tão esperada nota: dezoito valores!
Foi a (muito) custo que evitei uma lágrima... É que isto de ser pai não é (nada) fácil.
Neste momento sinto-me um homem imensamente feliz! Por que a felicidade é, como referi acima, efémera, mas o amor de pai jamais!