O ano agrícola é fraco. Tão fraco que os marmeleiros que noutros anos carregam a valer este ano... um aqui outro ali conforme demonstra a imagra infra
Depois de muito batalhar apanhei uns quilos (poucos) de marmelos. A maioria estão tocados dos ramos mas estes têm outro gosto, já que o marmeleiro encontra-se encostadinho à ribeira (ainda seca) e sob um tecto de um frondoso amieiro que o poupou às altas temperaturas estivais.
Amanhã inicia-se a longa empreitada de fazer a bela da marmelada.
No campo os cheiros são quiçá a verdadeira definição dele mesmo.
A terra molhada, o feno apertado pelo calor, as mimosas numa qualquer primavera, as flores campestres, o mato rasteiro.
Acredito que alguém que leia este texto e jamais tenha vivido uns dias numa aldeia, não entenda o que acabei de escrever. Por outro lado há quem pense e sinta o mesmo que eu...
Existe, no entanto, um perfume que se destaca de todos os outros. O dos marmelos acabados de colher. Uma fruta sedosa, fantástica e muito, muito aromática.
Para além da belíssima marmelada e geleia, que dos marmelos se pode fazer, aqueles frutos são optimos dentro de um automóvel. Deixam-no durante muito tempo com um odor fantástico a campo e natureza.