Onde pára (agora) a esquerda?
Não esperava estes resultados eleitorais. De todo.
Certamente que não imaginaria que Rui Rio ganhasse, mas esta retumbante vitória de Costa muito menos.
A juntar a este espanto pessoal estão os paupérrimos resultados do BE, CDU e principalmente do CDS que deixou de ter representação parlamentar (já não será necessário um táxi!). Se da coligação liderada por Jerónimo de Sousa já não se espera grandes cometimentos políticos, já do BE a queda no número de deputados eleitos foi justamente o que mais me admirou.
Os partidos de esquerda mais pequenos pagaram com o próprio sangue a ousadia de deixarem cair o governo do PS obrigando o país a estas eleições antecipadas. O tal povo que, ao invés de muitos políticos, sabe bem o que fazer, castigou de forma quase violenta o voto esquerdista contra do orçamento para 2022.
Ora António Costa percebeu que poderia, num novo acto eleitoral, libertar-se do jugo que os partidos da esquerda lhe impusaramn (leia-se geringonça)! E deixou-se cair... (ou a velha ideia do "coitadinho" que o luso cidadão tanto aprecia).
Lendo os resultados já obtidos o PSD teve mais votantes que em 2019, mas ainda assim claramente inferior ao que desejava e precisava. Pelo outro lado o PS recolheu os seus votos e mais alguns desviando do BE e CDU, suficientes para lhe atribuir a maioria absoluta.
Neste contexto a esquerda do PS perdeu força e eleitorado. Espero que os seus lideres tirem as devidas conclusões.
Bom falta falar do CDS. É um fim de ciclo que há muito se previa. Ainda por cima com o aparecimento de organizações mais à direita como o CHEGA e a IL, o lider centrista só poderia ter este resultado. Cedo se percebeu que não tinha estaleca para a coisa!
Concluindo: há uma nova maioria parlamentar que a esquerda radical, sem pensar, ajudou a nascer.