Escrever: a minha doença preferida!
O lema deste meu blogue é "Escrever mesmo que a mão me doa".
Quem me diria que há 12 anos quando o abri para ser "apenas" o fiel depositário de uma escrita mais elaborada, aquele se tornaria um veículo muito mais importante do que imaginei. Para ajudar a escrever o lema daquele espaço lembrei-me da frase da Amália Rodrigues (não sei a frase original é dela, mas sempre ouvi como sendo) que cantaria "até que a voz me doa". Com uma ligeira modificação tirei o substantivo voz colocando a mão e troquei a preposição (até) por um advérbio (mesmo).
A verdade é que passados esta dúzia de anos as minhas mãos não se encontram nas mesmas condições às daquela altura. Sofro de um problema denominado "dedo em gatilho" que me limita especialmente os dedos, pois consigo fechar uma das mãos mas para a abrir necessito quase sempre de ajuda da outra mão.
Contudo nada disto já me impediu de trabalhar. E curiosamente é no portátil quando escrevo que as mãos me doem menos. Já consultei um médico da especialidade que me aconselhou aquele medicamento que já uso com frequência, mas que o INFARMED ainda não deve ter registado e que dé pelo nome de... aguentocaína.
Algumas vezes receio pegar em objectos mais pesados ou frágeis pois posso correr o risco de os deixar cair, com as consequências inerentes ao acto!
Posto isto diria que escrever será, de tudo o que faço diariamente, o menos violento para as minhas mãos. Todavia pode ser complicado para a minha cabeça que trabalha quase sempre em excesso de velocidade.
Boa semana e portem-se... como quiserem!
A gente lê-se por aí!