Não sou jurista e sei pouco de leis, mas estranho que na passada quinta-feira o governo tenha aprovado um decreto-lei para o fim do uso de máscaras nos serviços de saúde e lares, mas este diploma ainda não entrou em vigor por não ter sido publicado no Diário da República.
Expliquem-me muito devagarinho por que se publicita uma lei que não tem data marcada para publicação ou entrar em vigor?
Desconfio que é mais um golpe publicitário do actual governo, tão desgovernado anda!
Este Doutor Costa como se costuma dizer na cultura popular é "cada tiro, cada melro"! E o pior é não termos fim à vista para a coisa.
Sinceramente o já falecido Doutor Jorge Sampaio por muuuuuuuuuuuuuuuuito menos asneiras que a actual equipa de António Costa, dissolveu a Assembleia da República. Por isso é tempo do Professor Marcelo usar das suas prerrogativas como Presidente, antes que seja tarde demais.
Após uns meses de (quase) total liberdade é tempo de se tomar consciência que o covid não desapareceu e que continua a infectar muita gente. Muito mais do que se esperava e desejava.
Por aquilo que tenho observado as pessoas rapidamente aderiram ao não uso da máscara. Bem ao invés do início quando o governo obrigou ao seu uso, mas a multidão preferia não cumprir a ordem, fazendo ouvidos de mercador.
Eu que fui, no dealbar desta pandemia, contra o uso daquele acessório reconheço que com a máscara estarei mais protegido ou, estando eventualmente infectado sem que o saiba, não contaminarei as pessoas ao meu redor.
Prevejo assim algum retrocesso nesta política de (não) uso das máscaras e acrescento que quanto mais tarde pior!
Os passeios por terras transmontanas do passado fim de semana deram-me tempo para pensar em muitas decisões na minha vida. Uma delas tem a ver com o meu património actual, já que andei tanto tempo a angariar coisas que decidi alienar algumas delas.
No fundo, no fundo daqui a uns tempos nenhum dos meus filhos quererá saber e depois acabarão por espetar tudo no lixo.
Decidi então alienar grande parte do meu património e que havia junto durante os últimos anos. Deste modo comunico que tenho cerca de 1500 caixas de máscaras cirúrgicas para venda, 599 daquelas ffp2, assim como 700 frascos de gel desinfectante.
Não há base de licitação nem um valor fixo nos lances. No final entregar-se-á o produto a quem oferecer mais.
(Já recebi uma proposta de três cêntimos!!! Estou muito tentado em aceitar esta oferta!)
Os últimos dias trouxeram-nos um crescendo de infectados com Covid19 em Portugal e não só. Por muito que nos custe reconhecer, este incremento de casos era naturalmente expectável. O desconfinamento, mesmo que gradual, o final do teletrabalho, a praia, o regresso às aulas trouxeram, obviamente, novos focos de infecção.
O PM não quer parar a economia, as empresas tocam na mesma tecla de AC, o que equivale dizer que os casos irão crescer e quiçá ultrapassar os números de Março e Abril.
E sinceramente… o vírus espalha-se porque as pessoas não tomam quaisquer cuidados. Nem na higienização das mãos nem no uso de máscaras.
Se o governo não quer parar a economia então defendo a obrigatoriedade do uso da máscara.
Para todos!
Sem excepção de local, hora ou idade da pessoa.
De outra forma andamos a co(n)vidar o vírus a espalhar-se.
Prometi... eu sei que prometi, mas por vezes os factos são mais importantes que a razão e daí...
Saí de casa para ir ao mercado comprar uns carapaus e umas sardinhas para o meu almoço. Por ser sábado sei de antemão que o estacionamento do mercado está quase sempre cheio e por isso procurei um outro onde pudesse parar o carro convenientemente.
Estacionado o veículo eis-me a caminho do mercado. No sentido contrário ao meu aproxima-se um homem ainda relativamente jovem, quarenta anos talvez. A uns cinco metros de mim mete a mão ao bolso e retira a chave do seu carro. Só que também sai uma máscara que cai no chão sem que o dono se aperceber. No meu jeito disse:
- Deixou cair a sua máscara...
Ele olha para trás vê-a no chão e devolve:
- Não ptreciso dela, já foi muito usada.
Azar dele pois bateu comigo...
- Por isso mesmo deve apanhá-la do chão e colocá-la no lixo. Deixá-la no chão pode ser um atentado à saúde pública.
- "Olhameste"... queres ver que sou o único?
- Infelizmente não é o único, mas o mundo não é só seu... vive neste planeta mais gente.
- Só me faltava esta...
- Se eu fosse um polícia seria assim que responderia?
- Mas não é...
Nesse mesmo instante passa uma senhora que assistira a tudo e dirigindo-se para mim, declara:
- Este tipo de gente deveria ser presa sem direito a julgamento e pagar uma enorme multa. Só assim é que aprenderiam.
Larguei o meu antagonista e fui em busca do peixe. No entanto não evitei olhar para trás e perceber que o homem fora apanhar a máscara.
São oito da manhã do primeiro dia útil da semana. Estou num dos bairros periféricos da cidade. Um local mais ou menos aprazível com muito comércio e onde reside uma classe média/alta.
A manhã está tépida a prever um dia que será certamente muito quente. O movimento das pessoas nota-se já e os cafés iniciam a encher-se se bem com o distanciamento devido.
Há uma marcação prévia para as oito da manhã e por isso aguardo que o estabelecimento abra. A proprietária não é costume atrasar-se, mas desta vez deve ter adormecido ou teve dificuldade em estacionar o seu carro.
Estou eu e a minha mulher em amena cavaqueira quando reparamos que um homem já com alguma idade passa por nós sem máscara. Até aqui tudo normal…
O insólito vem a seguir quando esse cavalheiro, a meia dúzia de metros de nós, se baixa e apanha uma máscara do chão. Se achava aquilo mau pior achei quando ambos reparámos que ele coloca a mesma na face.
Olhámo-nos atónitos… Seria possível?
Sim foi possível e o homem por ali andou a entrar e a sair de diversos lugares com uma máscara apanhada do chão…
A ironia também chegou a esta casa já que o título não confere nada de muito agradável, bem pelo contrário.
Continuo a fazer as minhas caminhadas matinais sempre bem acompanhado da minha mulher. Hoje é por um lado, ontem foi por outro bem diferente.
Todavia seja para sul ou para norte, leste ou oeste que eu vá o flagelo na rua continua: as máscaras descartáveis crescem no chão a olhos vistos.
Sei de antemão que esta é uma campanha perdida. Felizmente não sou só eu que falo disso. Todavia de que vale falar se as máscaras continuam a atapetar a calçada desta cidade.
Mas sinceramente em 4,39 km encontrar 31 máscaras espalhadas no chão parece-me um exagero. Diria que é um autêntico atentado à saúde pública.
Um destes dias alguém me dizia que isto só acontece em zonas mais pobres… Nem tentei responder, nem valeria pena.
Ou como disse alguém: conto-lhe a verdade ou deixo-o manter-se na ignorância?
Uma nota final: não voltarei a escrever sobre este tema! Creio que já fiz campanha suficiente!
Regresso a um tema que não me é grato, mas que coloca em causa a saúde pública: as máscaras no chão.
Continuo a vê-las espalhadas quase como se fossem meras folhas de árvore. Em Lisboa por diferentes sítios (Alcântara, Telheiras, Almirante Reis, Avenida da República…), na Amadora, em Sesimbra, em Corroios, nas praias da Costa da Caparica… isto é… por onde passo encontro sempre máscaras no chão!
Um enorme risco, uma grandessíssima falta de respeito, uma total ausência de cidadania é o mínimo que posso dizer desta gente que larga no chão as máscaras que deveriam deitar no lixo. Será que custa assim tanto?
Mas claro para a DGS, Ministra da Saúde, PM e PR isto não é um problema…
Hoje segunda-feira voltei à estrada. Ou para ser mais preciso regressei às caminhadas nas ruas da cidade onde moro.
Comecei relativamente cedo e em uma hora e doze minutos acrescentei às pernas mais de cinco quilómetros e meio, conforme imagem supra.
Bom... mas não é das minhas caminhadas que desejo escrever hoje, nem dos quilómetros percorridos por entre ruas, prédios, cruzamentos e passaddeiras. Regresso então a um tema que já aqui havia abordado: as máscaras largadas no chão.
Nos primeiros dois dias não me preocupei em contabilizar o que fui encontrando. No entanto ao terceiro dia tomei essa iniciativa tendo visualizado somente cinco máscaras cirúrgicas ao abandono.
Mas esta manhã e após um fim de semana quente, de quase total desconfinamento e após uma légua, contabilizei uma dúzia de máscaras espalhadas na calçada.
Não melhor que à dúzia para colocar a saúde pública em risco... Sempre se torna mais económico.
Actualização: hoje dia 26 "só" encontrei 16 máscaras.