Sobre os 100 anos da morte de Mário de Sá-Carneiro
Comemora-se hoje os 100 anos da morte daquele que foi por muitos considerado o impulsionador do Modernismo em Portugal.
Amigo íntimo de Fernando Pessoa a quem influencia com a sua visão vanguardista, foi a este poeta que Mário escreve uma última carta anunciando o que faria alguns dias depois: suicidar-se.
Um dos mais brilhantes poetas do início do século XX e que raramente é divulgado, deixou-nos alguns textos fantásticos.
Como o que segue:
Fim
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!