Sou conhecido na família por ser adepto de teorias de conspiração. Não o nego, obviamente!
Uma das mais conhecidas é a minha descrença de que o homem pisou solo lunar. Ne realidade naquela altura do século passado (anos 50/60) vivia-se uma época de profunda Guerra Fria entre dois blocos militrares - Pacto de Varsóvia e NATO - e esta questão apenas serviu para os Estados Unidos assumirem perante o Mundo um maior poderio militar. Contrapõem alguns dos meus amigos com a ideia de que se não fosse verdade, na altura a URSS; teria denunciado a situação. Até posso concordar com esta ideia, todavia fico vencido mas não convencido.
Outra das minhas teorias prende-se com o ataque às torres gémeas em Nova Iorque. Sabendo nós que diversas agências americanas conseguem ouvir todas as nossas conversas, admira-me que lhes tenha escapado este ataque. Porém... basta perceber o que aconteceu a seguir...
Ultimamente temos vindo a assistir à aventura em Marte já com a perspectiva de se fazerem passeios turísticos ao planeta Vermelho. Esta não será, para já, uma teoria de conspiração, sendo somente mais uma análise factual. É que tirando os cientistas estudiosos na matéria que interesse terá alguém passar uma série de anos fechado numa nave espacial apenas para visitar o planeta vizinho?
Há coisas na raça humana que me custa ainda a entender...
Naquela época acreditávamos em quase tudo: no “Menino Jesus”, no “Super-Homem”, no “Fantasma”, no “Zé Colmeia” e em tantas outras personagens.
Nos finais dos anos sessenta um país e uma televisão monocromática apresentava aquilo que parecia ser, até então, algo impossível: o homem chegava à Lua.
Nessa noite Neil Amstrong deu ao Mundo um passo e proferiu uma frase que ficará como uma das poucas eternas. Provavelmente alguém pensou que o tal Mundo jamais seria o mesmo. E teve razão se assim pensou… Ficou bem pior!
No entanto aquele astronauta americano fez-nos, pobres miúdos, também acreditar que um dia poderia ser qualquer um de nós a pisar solo lunar…
Fomos então crescendo, aprendendo, ouvindo e… duvidando.
Esta última muito por culpa dos “Nixons’s” desta vida que baixaram o nível da política para valores nunca vistos.
Neste rectangulo aconteceria entretanto o 25 de Abril em 1974 e a maioria dos Portugueses passou a acreditar noutras ideais, quiçá importantes para o futuro deste país.
Também eu, na minha evidente ignorância, passei, na altura, a acreditar nas palavras de outros. Mas rapidamente perdi essa noção.
Conforme passavam os anos e eu crescia, mais olhava para o Mundo com um olhar critico e desconfiado. Algo que ainda hoje mantenho.
A ideia de que os americanos foram os primeiros e únicos a chegar à Lua nem sempre foi para mim uma evidência clara. O contexto mundial e político da época originou um constante braço-de-ferro entre os diversos e antagónicos blocos militares tão em evidência naquela altura.
Porém reconheço que nenhum país colocou em causa aquela viagem e aventura em solo lunar. Mas isto só por si não serve de garantia de nada.
Fala-se agora de que querem regressar à Lua, colocando lá uma estação espacial. Para mim é um desperdício de dinheiro e recursos.
Investir esse dinheiro e esforço para o bem do ambiente da Terra parecer-me-ia mais avisado.
- Mas quem és tu? Perguntar-me-ão.
- Ninguém – responderia por mim o romeiro de Frei Luís de Sousa.