Viajar… porque não!
Gosto muito deste blogue porque a Ana consegue levar-nos a sítios fantásticos e de uma beleza rara.
Também eu adoro viajar, algo que não o faço amiúde porque tenho, como tudo na vida, de optar. Todavia, sempre que vou à aldeia onde nasceu a minha mulher é uma viagem que adoro fazer. E sempre diferente.
Adoro não… adorava.
A seguir à autoestrada há uma estrada não muito larg, mas de bom piso que passa por cima de uma ponta da barragem da Marateca. O caminho é mais ou menos sinuoso mas faz-se muito bem. De um lado e do outro campos de pasto, onde podemos observar ovelhas, que pastam serenamente. Há mesmo um espaço onde já vi, pasme-se, avestruzes.
Quando se entra da aldeia há uma pequena rotunda. A seu lado os muros daquele edifício majestoso, abandonado é certo pelo próprio Estado, mas que é visível de quase todos os pontos da aldeia.
Ainda que a sua imponência seja decrépita, o colégio é o ex-libris da aldeia.
Por isso ontem doeu-me profundamente ver o velhinho e secular Colégio de S.Fiel, em Louriçal do Campo, ser devorado pelo fogo. Um espaço onde trabalhou muita gente da aldeia e onde se educaram tantos jovens.
Foto da Beira Baixa TV
Portanto, um destes dias não vou querer viajar para a aldeia. Não vou querer ver um edifício destruído. Não vou querer sentir o odor a queimado.
Não, assim digo, ao invés da Ana: viajar, porque não!