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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Escrever!

Um destes dias entreguei no lar onde agora reside a minha sogra um volume com os Contos de Natal. Uma das animadoras anda a organizar uma biblioteca na residência, onde ainda há algumas pessoas que conseguem ler.

A minha oferta fez com que a animadora me confidenciasse que também escrevia, estando a participar num concurso de escrita.

Perguntou-me se eu teria disponibilidade para ler o seu projecto, pedido que acedi com gosto. Assim há dias recebi o seu texto que me pareceu bem esgalhado. Enviei-lhe a minha opinião que foi sincera e minimamente assertiva.

Porém desde esse dia ficou na minha cabeça a ideia de que as pessoas, por vezes, não percebem que escrever é uma coisa assaz diferente de publicar.

Há quem escreva unicamente para si, como escape ou terapia psicológica e há aqueles que escrevem para que um dia sejam publicados e lidos. Se para os primeiros não há uma regra definida a não ser que se escreva sem erros, para a segunda opção há que ter em atenção em saber quem será o verdadeiro destinatário do livro: crianças, adultos, idosos, jovens?

Esta razão é tão mais importante quando mais estranho for o tema da obra. Por isso aconselho a quem agora começa a dar os primneiros passos na escrita, que tente descobrir:

- para que servirá a sua escrita;

- a que leitor se destina a sua publicação.

Na realidade e após mais de 40 anos a escrever ainda sinto que não encontrei o meu verdadeiro caminho!

Acontece aos melhores!

O que ando a ler!

Depois de duas óptimas biografias (eu prefiro o título de "estórias de vida") optei por ler um romance histórico. A escolha recaíu sobre Ivan o Terrível, escrito pelo Conde Alexei Tolstói, ao que sei ainda parente do autor de Guerra e Paz.

Este é um dos muuuuuuitos livros históricos que tenho em casa que nos anos 70 fui mensalmente adquirindo a uma empresa denominada "Amigos do Livro", conforme se pode comprovar nas fotos que seguem.


ivan.jpg   Ivan_1.jpg

Cheira-me que tenho leitura para o mês todo!

 

O primeiro livro...

... de 2023!

Não é ususal vir aqui escrever sobre os livros que vou lendo até porque costumo ler diversos quase ao mesmo tempo. Por outro lado também não sendo eu um crítico, tenho sobre os livros que leio apenas meras opiniões e que se baseiam no gostei ou não gostei.

Entretanto há autores que antes de os começarmos a ler deveremos municiar-nos de um dicionário. Um exemplo perfeito será Aquilino Ribeiro, mas há outros. Todavia neste caso muito específico o que devemos ter à mão será... um computador. Portátil de preferência, ou um desses periféricos de bolso chamados de "tablets". Também pode ser um telemóvel esperto, mas é preferível um dos anteriores.

Mas explico já o porquê desta opção. Na verdade o autor ao escrever o livro "O meu Fado entre os fadistas" faz tantas referências ao Youtube que o melhor será mesmo ter um equipamento com acesso rápido àquela plataforma de videos.

Bom é tempo de falar neste livro de perto de 300 páginas onde Daniel Gouveia, cantautor de fados, escritor, poeta e editor de livros, fala da sua relação de mais de meio século com o Fado.

Um livro que é mais uma conversa com o leitor. Um diálogo que se faz de forma escorreita, simples e sem subterfúgios. Meio autobiográfico, semi histórico, este livro faz-nos perceber como o Fado não é só um tipo de música, sendo, acima de tudo, uma forma muito especial de se estar na vida.

Aprendi muito com este livro. Muito mesmo. Assumo que irá ser nos próximos tempos o meu livro de cabeceira. De vez em quando abrirei uma qualquer página e lerei só para ter o prazer de estar mais perto deste género musical.

O autor, Daniel Gouveia, abriu-me uma espécie de caixa de Pandora no que ao fado diz respeito. Agora quando o escutar estarei claramente mais sensível ao que for escutando.

Um livro que considero imperdível, nomeadamente para quem gosta de Fado!

Como eu...

Fado.jpg

Escrever? Dom ou dor?

Ontem ofereci a um amigo o último livro com os Contos de Natal dos quais fui um dos co-autores. Ficou genuinamente agradecido e após ter percebido que estava autografado com a respectiva dedicatória acabou por dizer algo como isto:

- Quem escreve tem um dom!

Tentei dissuadi-lo dessa ideia pois não considero que a minha escrita advenha de um dom, mas tão-somente de muito empenho e muita dor.

Ele negava com a cabeça enquanto folheava novamente o livro. Por fim pegou num texto que escrevi e leu em voz alta a primeira frase.

- Explique-me como após esta curta frase consegue desenvolver para escrever uma estória? Eu jamais conseguiria.

Sendo ele um óptimo canalizador com uma carteira de clientes fabulosa devolvi:

- Pois é! Da mesma maneira que se me desse todas as peças e ferramentas para fazer uma canalização de uma casa eu jamais conseguiria...

No fundo quem escreve é um artesão. Todos as pessoas conhecem a maioria das palavras, no entanto essa capacidade de as juntar de determinada forma, para com elas contar uma simples estória não é apanágio de todos, apenas de alguns. Acresce também dizer que há muitas formas e todas elas diferentes de juntar as palavras. A esta diferenciação chama-se estilo.

Actualmente com tanta gente a escrever bem, sejam em blogues seja em livros, o leque de estilos é cada vez maior.

Mas ainda bem... assim sempre se contenta mais gente que lê.

Biografias: (des)conhecer os outros!

Gosto de biografias. Então se forem auto-biografias melhor ainda, porque tem o cunho mais pessoal e isso tem enorme valor.

Neste momento ando a ler duas. Vou alternando dias ou horas. Oravse leio uma de manhã, leio a outra de tarde ou vice-versa.

Gosto de perceber o caminho que cada pessoa trilhou para chegar ao seu destino. Por vezes são caminhos ínvios, duros, mas no fim percebe-se o som da vitória. Noutros descubro formas de ser fantásticas e bem diferentes do que por vezes dão, publicammente, a perceber!

Resta então saber quando deverá alguém escrever a sua auto-biografia ou, no mínimo, autorizar que alguém a faça por si? Que obras deveremos ter eregido na nossa vida para que tal aconteça?

Jamais saberemos quando é o momento chave para tal demanda, mas creio que algures na nossa caminhada por este Mundo deverá haver um sinal.

Bastará que estejamos atentos!

Bora lá... escrever!

Como é do conhecimento de muitos de vós a aventura dos Contos de Natal que a Isabel em boa hora lançou em 2019, continua a fazer a sua caminhada para o estrelato (é uma piada)!

Entretanto fui ao passado recente para buscar uns breves apanhados e descobri que este ano ainda estamos muito longe do pretendido em termos de autores e estórias escritas.

Na realidade se este ano surgiram, até agora, mais autores que o ano passado (28 contra 24), isso não corresponde ao número de contos escritos (39 contra 44). Todavia há a alegria de registar mais estreias este ano (12 contra 10). 

Todo este relambório estatístico para dizer o quê?

Que os mentores deste projecto (a Isabel, a Olga e eu) tinhamos na ideia, para este ano, um aumento exponencial de autores e contos. Algo que até agora ainda não se verificou. Todavia sei que há, nesta comunidade, muita gente com capacidade e estaleca para se juntar a nós.

Portanto e parafraseando os títulos de uns livros que há uns anos tiveram grande sucesso... 'bora lá escrever um conto de Natal...

Não se preocupem com as datas porque como escreveu o poeta José Carlos Ary dos Santos: o Natal é quando o homem quiser!

Estão sempre a tempo!

CTT - um mau exemplo...

... de história não honrada.

Na passada sexta-feira fui a um posto dos correios expedir dois livros com os já célebres Contos de Natal de 2022.

Enderecei-os a pessoas e destinos diferentes: uma para Benfica em Lisboa e o outro para a região de Orléans em França.

Paguei valores diferentes, mas ambos foram como "livros" que acaba por ser a forma mais barata de expedir este tipo de correio. 

Hoje de manhã recebi uma mensagem a comunicar a recepção do livro. Estranhamente (ou talvez nem por isso!!!) o SMS veio da receptora que está em terras gaulesas. Peguei então no telemóvel e enviei mensagem para o outro destinatário e questionei-o se já haveria recebido o livro. A resposta veio célere numa negação!

Portanto um livro para França terá demorado, com um fim de semana pelo meio quatro dias a chegar enquanto aquele que enviei para Lisboa à data de hoje ainda não tinha chegado ao seu destino.

Já nem falo daquele único volume que enviei no início deste mês para a zona do Porto e que ainda não foi entregue no destino.

Perante este triste panorama continuo a pensar que a privatização de certas empresas para as quais não haverá qualquer concorrência é um tremendo erro.

Neste momento os CTT, empresa secular, não honram a sua história que teve início no século XVI. Não cuidam dos que lhes entregam correspondência, não cuidam dos destinatários que têm quiçá nalguma correspoñdência que recebem a única forma de contacto com o exterior.

Será tempo do Governo (deste ou de outro qualquer) repensar se não seria importante ou mesmo essencial, abrir as portas a outras entidades, que fizessem com competência e assertividade o que neste momento está entregue exclusivamente aos CTT e que por estes pequenos e singelos exemplos não está a ser feito com a qualidade que se exige e pelo qual pagamos.

Sei que ninguém daquela entidade lerá isto e mesmo que leia pouco poderá fazer pois neste momento aos CTT corre nas suas veias o sangue vil do dinheiro... Basta perceber a existência de um banco que durante muito tempo foi negado pelo regulador responsável!

Termino com a certeza de que não são só os Serviços Públicos que trabalham mal. Os privados também dão um ar da sua (des)graça!

Eu e Alice Vieira!

O livro de "Contos de Natal" de 2022 contou desde a sua génese com a colaboração da jornalista e escritora Alice Vieira. Alguém que dispensa quaisquer apresentações.

Foi-lhe comunicado que a apresentação seria dia 3 de Dezembro, na biblioteca da Ericeira, ao que a escritora respondeu não poder comparecer devido a outra apresentação.

Ora como já referi aqui no dia 3 cheguei um pouco depois da hora marcada. A sala estava quase cheia e logo ali comecei a interagir com alguns bloguers que só conhecia de nome. Até que cheguei a uma senhora de um belo cabelo cinza e com o meu maior desplante, ousei perguntar:

- E a senhora é?

A resposta saiu rápida e sem cerimónia.

- Alice Vieira.

Pimbas, nuns breves nanosegundos fui ao tapete por KO. Todavia e sem demonstrar a atrapalhação que me assolou, recompus-me interiormente e devolvi:

- Se não é a verdadeira é muito parecida.

A resposta veio sonora traduzida numa sã e fresca gargalhada que me deixou deveras feliz.

Durante o resto da manhã tive oportunidade de escutar a Alice numa partilha sincera e muito pessoal que me sensibilizou para mais tarde brincarmos aos autógrafos...

- Assine aqui se fizer favor.

- Agora é a sua vez de assinar o meu!

(Não me recordo qual a ordem ou as palavras, mas foi mais ou menos assim!)

Quando por vezes se diz que os escritores são pessoas demasiado presas à sua intelectualidade, como se vivessem num mundo paralelo, Alice Vieira é um espírito são e aberto, com uma enorme paixão pela escrita.

Uma escritora que adorei conhecer. Uma mulher fantástica que jamais esquecerei.
Ela também não se esquecerá de mim. Obviamente por razões bem diferentes!

Ainda o nosso livro!

Quando peguei nesta ideia de reunir textos sobre o Natal para os juntar num só livro nunca imaginei que esta aventura chegasse tão longe.

Depois do primeiro exercício em 2021 que teve um relativo sucesso, a equipa constituída pela Isabel e pela Olga e obviamente por mim, considerou que seria importante dar um passo no sentido de divulgarmos e, acima de tudo, reunirmos o maior número de bloguers num lançamento público e alargado.

Tudo aconteceu de uma maneira fantástica como muitos dos presentes deram fé nos seus espaços e eu próprio também fiz referência.

Não me irei repetir nos agradecimentos pois quase parece a filosofia de "pescada-de-rabo-na boca": ora agradeço eu, ora agradecem os outros.

Mas de uma coisa tenho (quase) a certeza: a blogosfera é um mundo fantástico. Com gente boa, empenhada, séria e amiga. Que se juntaram de forma desinteressada para criarem e lançarem estes dois livros.

A vida continua e há quem continue por aqui, há quem simplesmente desista, mas acreditem foi um prazer enorme ajudar a criar os livros.

Uma alegria tamanha que não sei nem consigo descrever!

A gente lê-se por aí!

Rescaldo breve de um fim de semana... literário!

Ainda sob os efeitos inebriantes e quase opiáceos do lançamento oficial do nosso livro de Contos de Natal, o Domingo surgiu calmo e sereno, não obstante o frio e alguma chuva que fustigou quem andava na rua.

Os supermercados tinham muito mais gente do que é costume e nem sequer imagino como terá sido nos Centros Comerciais... Depois de umas breves compras para amanhã regressei a casa onde andei numa roda viva com molduras e fotografias. Coisas de avó!

Mas em mim permaneceu uma certa paz interior. Após umas semanas atípicas por causa da publicação do livro, eis por fim um dia mais sereno, mais calmo.

O dia convidava-nos efectivamente ao repouso e ao descanso. Mas quem como eu olha para a escrita como a sua humilde continuação, andei sempre preocupado com aquilo que as pessoas presentes sentiram no dia de ontem.

Pelo que li sinto que foi uma bonita jornada.

A desejar ter mais fins de semana iguais ou semelhantes!

A gente lê-se por aí!

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