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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Uma nova linguagem!

Os novos tempos de tecnologia super avançada trouxeram-nos formas rápidas de resolvermos os nossos problemas diários sem sairmos de casa. Pagar contas, transferir dinheiro, solicitar aquele documento, fazer um seguro… etc, etc, etc.

Tudo sob o imenso tecto de uma internet cada vez mais abrangente e também assaz intrusiva e perigosa. Mas é o custo da modernidade.

Os telemóveis modernos e “espertos” são, nesta altura das nossas vidas, equipamentos quase indispensáveis. Através deles conseguimos fazer quase tudo à distância de um simples toque. E curiosamente também falamos, escrevemos postais num blogue ou mandamos mensagens.

É aqui, nesta capacidade de conversarmos com alguém à distância, que reside uma nova forma de comunicação para a qual não há (ainda) um dicionário, mas creio pouco faltará para que tal aconteça.

Certo é que hoje há um novo linguajar, tendo como base… símbolos. Ou os conhecidos “emojis”, expressão de origem nipónica, e para a qual o léxico português ainda não criou uma palavra. Com aqueles símbolos pode-se quase ter uma conversa sem escrever uma única palavra sequer. Isto é, passados milhares de anos, regressámos à era hieroglífica do antigo Egipto. Quem diria?

É nas redes sociais que este tipo de linguagem, à base de uma imensidão de símbolos, tem o seu maior prado para crescer e todos os dias se nota esse crescimento, acima de tudo com a criação de novos bonecos traduzindo uma qualquer sensação por mais bizarra que esta seja.

No entanto, tenho de reconhecer que esta nova forma de comunicação tem uma enorme vantagem quando colocada ao lado da escrita: é que nela não há, aparentemente, erros ortográficos… Nem acordos linguísticos!

Valha-nos isso, ao menos!

O pau na estória fiduciária!

Em 1977 a cantora brasileira Beth Carvalho na canção “Um saco de feijão”, cantava “no tempo dos derréis e do vintém” referindo-se obviamente a uma época onde o dinheiro teria outra terminologia.

Ora bem… sou velho já, mas o tempo do real como moeda ficou lá muito longe. Porém recordo a linguagem que os meus avós (e não só!!!) usavam há mais de meio século como os “milréis” para designar os simples escudos. Dou um exemplo: se dissesse 10 milréis estava a referir-me a 10 escudos ou uns míseros 5 cêntimos em euros!

Todavia na minha juventude o escudo foi popular e geralmente substituído pelo “pau”. Em vez de dizer 100 escudos dizia 100 paus. Desconheço a origem da utilização daquele substantivo para identificar os escudos, mas na altura isso não me pareceu importante.

O tempo vai e vem, as modas mudam a grande velocidade para a determinada altura, quase sem darmos por isso, tudo regressar ao que foi antes.

Talvez este avanço e recuos da vida origine que o “pau” tão em voga nos anos 70 e 80 regressasse agora em força e, quiçá, para ficar!

Hoje é comum escutar alguém dizer 20 paus para se referir a… 20 euros, quando há menos de meio século os 20 paus referiam-se a 20 escudos. Mudaram-se os tempos, as políticas até a moeda, mas não mudou ideia que o povo tem do dinheiro!

Acabo este postal regressando a Beth Carvalho e o seu “Saco de feijão”.

No tempo dos derréis e do vintém
Se vivia muito bem, sem haver reclamação
Eu ia no armazém do seu Manoel com um tostão
Trazia um quilo de feijão”

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