Futebol em Portugal: uma triste realidade.
Terminou a Liga portuguesa de futebol 2011/2012. Venceu o Porto, como seria de esperar, mesmo não fazendo uma época de todo brilhante. Nos lugares do podium ficaram Benfica e Braga, sendo que esta última foi talvez, a equipa mais regular de todas. Perdeu a corrida já com a meta à vista contra os mais directos adversários Benfica e Porto. O Sporting não foi melhor que um quarto lugar que já não acontecia há muitos anos. Foi vítima de atribulações internas (eleições, mudanças de treinador, etc!) mas também foi visado por algumas (más) arbitragens que o arredaram prematuramente da luta pelo título.
Ainda este fim de semana em Alvalade o Sporting sofreu um penalti que só existiu na cabeça do árbitro. Não tivessem os lugares na classificação já definidos e o jogo de sábado à noite podia ser mais um caso de arbitragem, como é fértil no nosso país.
Aproxima-se o Europeu. A selecção vai apresentar-se com os seus melhores jogadores, mas chamo já daqui a atenção para o futuro: se a Liga e/ou a Federação não colocarem um fim à importação de jogadores estrangeiros, arriscamo-nos um destes dias a descermos no ranking da UEFA, sem capacidade de recuperar lugares, tendo em conta os poucos jogadores portugueses de qualidade superior que tem surgido.
O futebol português tem de ser claramente repensado. É urgente e necessário! E obviamente não é com alargamentos na primeira liga que o nosso futebol tende a melhorar, bem pelo contrário. Sou mesmo de opinião que a Liga Portuguesa devia ter menos equipas. Talvez 12 fosse o ideal. Com um play-off entre os 4 melhores classificados. Só assim se poderá melhorar as assistências nos campos de futebol e outrossim melhorar a qualidade dos nossos jogadores.
Na nossa vizinha Espanha há equipas que jogam com mais jogadores portugueses que a maioria das equipas nacionais do primeiro escalão. Uma triste realidade que os nossos dirigentes desportivos tendem a ignorar, reféns quiçá, de outros interesses que não servem o espectáculo.