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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Requinte na prateleira

Poder ter muitos livros em casa é uma benesse que nem todas as pessoas conseguem sonhar quanto mais ter. Infelizmente!

Eu que sempre fui um afortunado consigo ter tantos livros que acabo por os espalhar para além do escritório e quando não para além desta casa.

O fim de semana passado encontrei um livro que não sabia que estava onde o vi. Julguei que estivesse junto aos outros. Mas o patife escondera-se...

Os ditos outros são uma série de livros de escritores que conheço bem, outros com quem convivi, mas a maioria são de gente muito boa e amiga.

Certamente que não irei aqui referir quem são uns e outros até porque isso seria muito deselegante, mas o que sai daqui é a maioria destes autores surgiram na minha vida após ter publicado os meus livros. Diria que não foi uma coincidência!

Já li quase todos os que aqui estão representados nesta pequena foto. E os que ainda não li, estão bem encaminhados.

PXL_20250312_224005126.jpg 

Diria que é mesmo um requinte ter todos estes autores na minha singela biblioteca.

Uma nota final para o grosso volume de capa verde: é uma versão americana do Robinson Crusoé de 1904, com diversas iluminuras a cores. Uma herança que escapou ao fogo e às garras assassinas de livros e que caiu nas minhas mãos apenas por mera sorte.

Merece também estar neste lugar pois é um amigo que tenho e guardo há muuuuuuuuuitos anos!

A arte de ler!

Não posso nem devo mentir: ando a ler pouco! Quer dizer pegar num livro, abri-lo, senti-lo fisicamente entre os meus dedos e depois dedicar-me somente à sua leitura.

Neste momento tenho dois livros em aberto, isto é, comecei a ler cada um, mas ainda estão longe do fim. Reconheço que o problema desta lentidão é exclusivamente minha.

Tenho por hábito ler devagar. Há sempre uma ou outra frase que se destaca, que me obriga a parar de ler e a meditar nela. Por vezes volto atrás para perceber outras ideias que surgiram mais à frente.

Ler não é um acto simples. Para mim ler carrega uma responsabilidade acrescida pois não posso nem devo ficar indiferente ao que vou lendo. Os escritores gostam que se leiam os seus livros, mas ainda não percebi bem se querem que sejam simplesmente devorados ou se preferem uma leitura mais profunda por parte do leitor tentando que este encontre aquilo que não escreveram, mas que estará lá... escondido entre tantas palavras e frases.

Remato com a certeza de que ler é (também) uma bonita arte!

As minhas leituras... atrasadas!

É a constatação de uma triste realidade: cada vez leio menos livros.

Sempre que visito outros espaços na blogosfera dou conta que ando a anos-luz da actualidade literária. Autores cujo nome jamais escutei e obras que nunca conheci. O que equivale dizer que ainda não saí do meu pobre casulo literário.

Terei espalhado por diversas casas centenas se não milhares de livros. A maioria clássicos e de escritores fantásticos e com o quais convivi feliz através dos seus escritos. Todavia os escribas recentes ficam no rol dos esquecidos. E tenho muita pena.

Se exceptuarmos alguns livros de amigos próximos, que me forço (com prazer) a ler, diria que ainda vivo no século passado onde procurava em cada livro que desfolhava, numa página lida ou em linha sublinhada o meu próprio caminho de escrita.

Hoje o meu tempo esvai-se entre as minhas enrugadas mãos, onde já começam a sobressair as artroses da idade e dos poucos cuidados.

De vez em quando prometo-me mais leituras, mais empenhamento nesse vaguear por entre frases e momentos inesquecíveis que podemos encontrar nas páginas de um livro. Mas num ápice esqueço a promessa e tudo fica arredado para amanhã. Mas amanhã vai ser o hoje e continuará a haver amanhã.
E assim vou adiando... dia após dia!

Quero ler "Guerra e Paz", a "Divina Comédia", "Os Miseráveis" ou "Em busca do tempo Perdido" e tantos, tantos outros livros. 

Quero ler Agustina, Mia Couto, António Lobo Antunes, João Tordo ou Jacinto Lucas Pires e uma imensidão de autores lusos e não só!

Quero ler somente o que ainda não li... Antigos e recentes!

Quero, no fundo, ler-me também a mim!

Lucky Luke: o "cowboy" revisitado!

Foi recentemente publicado a sexta aventura da série "Lucky Luke visto por..."! Diferentes autores com diferentes visões do "cowboy que dispara mais rápido que a sua sombra", mas todos eles marcantes nas pranchas, no enredo e obviamente no próprio desenho da personagem.

O famoso pistoleiro que Morris criou no século passado atravessou mais de 70 anos para hoje ser uma figura mítica na nona arte. A par de outras que por vezes aqui vou referindo.

Morris deu a Lucky Luke um aspecto físico que foi aprimorando com os anos, mas terá sido o argumentista René Goscinny que vestiu o cowboy de uma postura psicológica e de um cuidado com as palavras, tudo isto recheado de muito humor.

Curiosamente é neste recente livro de aventuras que encontro um humor assaz semelhante ao que escreveria Goscinny se fosse vivo. Algumas das personagens presentes remetem-nos para outras bem conhecidas, mas que eu me escuso a referir até porque poderá ser uma ideia minha sem qualquer fundo de realidade.

indomados.jpg 

A estória envolve crianças, bandidos, xerifes, o sempre inseparável cavalo Jolly Jumper, já para não falar do próprio Luke, num desenho mais próximo do original.

De um humor muito bem conseguido o relato corre célere e as páginas do livros sáo passadas em grande velocidade.

Blutch é o desenhador consagrado que deu vida e luz a este pedaço de óptima BD. Vencedor do Festival de Angoulême, este francês conseguiu fazer-me reviver as boas e divertidas de Lucky Luke. Simplesmente muito bom!

O livro tem finalmente uns extras que merecem bem a atenção do leitor.

Um livro para verdadeiros apreciadores de BD e do cowboy solitário.

Os livros dos outros!

Disse-me uma vez o arquicteto, poeta e declamador José Fanha que a arte cria arte. Que lemos ou ouvimos um texto ou uma poesia e essa atenção exclusiva poderá originar um texto, poema, crónica escrito por nós ou por quem escuta.

Quando o poeta me disse a tal máxima, fiquei um tanto céptico, até porque a ideia de um dia publicar um livro estava a anos-luz da minha própria realidade.

Ao aterrar na blogosfera, especialmente nesta plataforma da SAPO, depressa percebi que a minha ideia de escrever quase só para mim e que ninguém iria interagir comigo estava completamente errada.

De tal maneira que hoje a comunidade da blogosfera tem um ritmo próprio mui longe das frenéticas redes sociais como é o feicebuque, o uotessape e muitas outras, mas foi ao som deste ritmo pachorrento porém persistente que fui conhecendo muita gente com quem troquei muuuuuuuuuuuitas ideias, donde surgiram uma série de desafios que acabaram por resultar em fiéis amizades.

Ora um destes dias andava eu em busca de um determinado livro quando me deparei com a dispersão de obras pela minha estante. Livros assinados pelos autores, alguns, outros nem por isso, mas que cairam nas minhas mãos fruto destas relações blogosféricas.

Acabei por juntar alguns, não todos porque há outros livros e outros autores que estão noutra casa, e tirei a foto infra.

livros.jpg 

Estes são alguns, repito apenas alguns dos livros dos outros.

Reconheço com a humildade devida que José Fanha tinha mesmo razão!

Ideias da minha escrita!

Diz um provérbio chinês que para se escrever um livro há que ter lido mil. Portanto para dois livros ter-se-á lido dois mil.. E assim sucessivamente... digo eu!

Não imagino se o provérbio existe mesmo ou será apenas uma metáfora para aqueles que querem ser escritores percebam que para se escrever e publicar um livro será necessário mais que ideias, mas uma capacidade de oferecer aos leitores uma viagem ao seu próprio imaginário.

Entretanto ando numa fase de leituras de autores que conheço e de quem sou amigo. Porque me dizem alguma coisa, porque consigo, através dos seus livros, conhecê-los ainda melhor.

Tenho alguns ainda em fila de espera, mas estou confiante que mais tarde ou mais cedo passarão a lidos. Escrita muito diversa, temas diferentes, mas todos todos com uma qualidade acima da média. No fundo é isso que importa... que a leitura seja fantástica.

Mas nesta troca de ideias (e de livros) entre autores fico amiúde com aquela sensação de que a minha escrita necessita de um choque para que consiga dar um salto qualitativo evidente.

Todos os dias a minha cabeça é inundada de ideias para outras escritas, mas temo que o tão desejado salto possa ser muito maior que as minhas pernas.

Gosto do que escrevo e sinto-me confortável neste meu papel. Porém a minha experiência de escrita diz-me que necessito de estar bem desconfortável para esgalhar coisas bem melhores.

É que a necessidade aguça sempre a arte e o engenho!

"Do sonho à realidade"

Ou quando o "impossível" não existe!

Fui dos primeiros a receber um livro onde se espelha para muuuuuuuuitas pessoas que a palavra "impossível" não entra no seu vocabulário. Que acabei hoje de ler!

Faço parte duma comunidade católica inserida num dos dormitórios da capital. Quando principiei a participar na comunidade já esta se encontrava organizada e em funções. Aqui entreguei os meus dois filhos para dali angariarem a sua educação católica através da catequese, plasmada mais tarde na Primeira Comunhão, na Comunhão Solene e Crisma.

A comunidade sempre se mostrou muito activa e focada. Não só em espalhar a Boa Nova, mas também em depressa construirem um espaço próprio e definitivo.

É esta demanda em quebrar todos os impossíveis que se relata neste livro, muito bem escrito pelo bom amigo Eduardo Mouta, que desde a primeiríssima hora se mostrou tenaz e corajoso para levar o sonho para a frente. Qual timoneiro das barcas que sulcaram os oceanos em tempos idos, chegou a bom porto e no dia 13 de Outubro de 2019, foi com natural emoção que se consagrou um novo templo ao santo desta paróquia: São Brás!

Parabéns Eduardo pelo exemplo de fé e de dinamismo.

Parabéns comunidade do Casal de S. Brás pelo permanente empenho.

Parabéns a todos os padres e diáconos que de uma forma ou de outra ajudaram a que o tal impossível se transformasse em obra física.

Obrigado a Deus Nosso Senhor pela coragem que colocaste nos corações de todos.

Igreja_s_bras.jpg

Carta ao meu amigo João-Afonso

Meu prezado amigo,

 

Cabe-me comunicar que as mais de cem páginas do seu livro “Camilo e os de Pindela” já fazem parte do passado.

Lido e relido entre a pacatez deste astro abrasador que quase nos tisna e o som sempre maravilhoso das ondas do mar e espalharem-se no areal, tenho que foi uma leitura fantástica.

Diria que “Camillo” (ou será Visconde de Correia Botelho?) relacionou-se afectuosamente com os seus antepassados. A Casa Pindella parece ter sido de enorme suporte ao grande escritor. Ainda bem!

Esta sua busca genealógica e a sua divulgação faz todo o sentido já que com ela temos uma maior consciência da vida atribulada de Camilo Castelo Branco plasmada muitas vezes na sua rebuscada escrita tantas vezes controversa (aquela resposta de Eça a uma missiva do escritor é simplesmente sublime!). De tal forma, creia-me, que jamais me passaria pela minha tonta cabeça que o Queirós soubesse da actividade asinina a sul de Lisboa.

Meu bom amigo João-Afonso, este é um daqueles livros que deveremos guardar com o cuidado devido, não só pela estima que me invade quando me refiro a si, mas outrossim pela importância histórica e humana que nos transmite.

O Sul também teve e terá os seus bons escritores, mas está para lá do indomável rio Douro a essência real do que foi (ou ainda será?) Portugal como foram exemplo Camilo, Eça, Torga, Sofia ou Agustina. Ou ainda é hoje Mário Cláudio e obviamente o autor deste fantástico livro.

Finalmente sinto-me profundamente honrado por fazer parte do seu rol de amizade!

Seu amº

m.to e m.to obrgº e grº

Aroeira, 31 de Julº

José

Pindela_Camilo.jpg

As contradições da minha vida

Estamos em Julho e o calor aperta e de que maneira. Portanto tempo óptimo para aquilo que tantos gostamos: férias em bom português! Ou vacances, holidays, urlaub ou vacaciones. Escolham vocês o idioma...

Assim sendo e se tudo correr como penso e desejo, a partir de amanhã à tarde entrarei num breve regime de férias. Ah... aqueles dias em que podemos descansar e, sei lá, comer alarvemente, beber ainda mais, não fazer "a ponta de um corno", dormir quanto apetecer...

Problema... (e começo pelo fim):

1 - detesto dormir pois sinto que é tempo desperdiçado;

2 - cada vez como menos já que a minha saúde não permite excessos;

3 - bebo muito pouco pelas mesmas razões do ponto anterior;

4 - não gosto de estar quieto e não fazer é sinónimo de estar morto.

Perante este breve rol reconheço uma evidente contradição na minha pobre vida. Porque sendo eu já reformado deveria naturalmente estar sempre de férias. Pois devia... mas não estou.

Enfim... olhemos para os próximos dias com alguma serenidade e procuremos encontrar nos dias momentos saborosos e fantásticos. Pelo menos terei mais tempo para ler e escrever.

A ver vamos o que conseguirei fazer!

A gente lê-se por aí!

Um enigma blogosférico

Qundo um dos meus textos entra no rol dos destacados é costume aparecerem uns comentários pouco abonatórios, essencialmente versando o tema. Chegam ao ponto de me perguntarem se escrevo apenas para ser destacado.

Gosto destes "asnónimos" (nome que lhes prefiro chamar!!!) porque das duas uma: ou não percebem como tudo isto funciona ou se percebem só comentam para ver se alguém de aborrece. Mas daqui têm azar porque dou-lhes sempre resposta subindo sempre o nível.

Ora bem... se juntar ao que escrevi acima, uma breve troca de comentários com uma bloguer que conheci recentemente dá que me surgiu um enigma do meu espírito e que se prende com aquilo que pode ser mais importante para quem aqui escreve.

Regressemos à origem deste caminho de mais de uma dezena de anos. Escrever foi durante muito tempo apenas um passatempo para chegar a 2008 e enfiar a cabeça neste mundo. Uma experiência fantástica com resultados muito acima das espectativas. E quando comecei a receber os primeiros comentários percebi que este exercício teria pernas para andar por onde quisesse.

Talvez por isso iniciei a escrever sobre o que via, pensava ou simplesmente sonhava, para depois publicar de forma aberta para que quem pretendesse ler e, quiçá, eventualmente comentar!

Mas deixemos de história e voltemo´s ao meu enigma. Para quem escreve aqui na blogosfera, seja nesta ou noutra plataforma qualquer, o que conta mais: as leituras e visualizações ou os comentários?

Calculo que cada pessoa tenha um desejo diferente para a sua escrita. Uns provavelmente preferirão os comentários criando com isso laços de partilha e amizade, outros quererão apenas que os utilizadores leiam o que vão escrevendo!

Quanto a mim, assumo que também tenho a minha preferência. Um comentário será sempre interessante para quem escreve, mas trocaria de boa vontade alguns daqueles comentários imbecis, apresentados por alguns "asnónimos", por um bonito número maior de leitores.

Portanto... digam lá da vossa justiça! O que preferem?

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