Referendo precisa-se!
Como já escrevi em postais anteriores defendo um referendo sobre a eutanásia. Ponto!
Com uma discussão séria e feita por gente e com gente conhecedora da realidade portuguesa. Não por umas dezenas de deputados que representam alguns portugueses, mas não todos. Pois será bom não esquecer a percentagem de abstenção verificada nas últimas eleições: 48%.
Todavia quero crer que numa situação de referendo sobre a eutanásia a abstenção seria muito menor. Mais... a não implementação de uma questão à sociedade sobre este assunto é sinal de que os mentores desta lei não estão confiantes no pensamento e na escolha provável do povo português.
Uma das questões para a aplicação desta lei é tentar perceber que critérios são necessárioa para a ministração desta prática. Serão muito apertados ou maleáveis?
Eu dou um exemplo real: a minha sogra tem 92 anos, completamente senil não conhece as filhas nem os netos que ajudou a criar. Não sabe o seu nome nem que idade tem. O ano passado surgiu uma massa num dos peitos que foi extraída. Este ano a massa reapareceu e desta vez retiraram a mama. Todavia para a idosa... nada aconteceu. Vive num mundo tão paralelo que nem temos consciência.
Agora imaginemos que a senhora era dona de uma fortuna colossal. Não parecia tentador a aplicação da nova lei? No fundo a idosa é neste momento um ser vivo e não um ser vivente. Felizmente a minha sogra não tem fortuna e vive da pensão que não chega para pagar o lar onde se encontra.
Vamos ter uma lei que irá ser infelizmente aprovada e promulgada pelo PR mesmo contra a sua vontade e sem este usar do seu direito de objector de consciência!
A democracia não necessitava disto!