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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Eles "andem" aí!

Li apenas agora que o Presidente da Câmara do Funchal pediu renúncia do cargo devido à situação que tem com a justiça. Em bom português diria: Cafôfo!

Tirando do episódio a brincadeira custa-me perceber como chegam estes tipos a lugares de destaque par depois serem apanhandos na curva, assim sem mais nem menos!

Ou dito de outra maneira custa-me entender estes políticos de meia tigela, que nunca souberam realmente o que foi trabalhar e continuam a querer viver à custa do erário público ou seja... dos meus impostos.

O problema é que a nossa justiça é lenta e permite que esta gente mesmo que acusada e condenada regresse... onde foi feliz. Veja-se o caso de Isaltino Morais no concelho de Oeiras qque depois de ci«umprida a pena numa prisão foi logo ganhar as eleições autárquicas.

Fosse Portugal um país de gente minimamente decente este tipo jamais voltaria a uma edilidade (nem como varredor!)

As eleições aproximam-se e a contagem de hipóteses continua. Para mim que já sou velho nada temo, mas para os meus filhos e netos o futuro prevê-se certamente muito complicado.

Curiosamente meio século após a implementação da democracia!

Justiça injusta?

Um destes dias vi um pequeno vídeo onde um concorrente já com alguma se apresentava num desses concursos de talentos como cantor.

A história da sua vida resumia-se a ter estado preso durante 36 anos por um crime que não cometera. Foram os testes de ADN que acabaram por o inocentar.

O curioso é que o tal senhor não parecia revoltado com uma justiça que indevidamente o condenara. Cantou lindamente e foi muito elogiado pelo juri presente.

O caso passou-se nos Estados Unidos e de repente fiquei a pensar no nosso Código Penal cujo cúmulo jurídico só vai até aos 25 anos de pena efectiva.

Quando queremos que certos criminosos sejam condenados a mais anos de prisão devido às gravidades dos crimes cometidos, pensemos bem se a pessoa em questão será mesmo culpada, se a justiça está a ser devidamente aplicada.

Talvez comece a perceber que 25 anos seja tempo suficiente para alguém pagar pelos seus crimes, sejam eles quais forem. É que as prisões são tudo menos centros correcionais!

Os crimes sexuais na Igreja

Sendo católico não posso deixar de me sentir profundamente envergonhado com os crimes de cariz sexual praticados pelos padres. Em Portugal e não só!

Vivemos num Mundo absurdo e sem valores. Já ninguém é de confiança, nem podemos garantir que tal personagem é incapaz de tais actos hediondos. Longe disso…

Neste momento a Igreja como instituição percorre estranhos caminhos. Por culpa própria, acrescento!

Entretanto a justiça humana terá de ser feita, custe a quem custar e doa a quem doer. Porque a justiça Divina será outra bem diferente e não caberá ao Homem fazê-la. Entretanto nestes caminhos não pode ficar uma suspeição, uma mera dúvida em aberto, um caso sem ser deslindado.

Escrevi acima que a Igreja é moralmente culpada por estes crimes horríveis, pois se deixassem aos padres abraçarem o matrimónio, como fazem outras confissões religiosas, provavelmente nada disto aconteceria.

Mas no Vaticano há uma Cúpula que pretende continuar (vá lá saber-se porquê!!!) esta estúpida regra.

A Igreja católica apostólica Romana vai ter que acordar para uma nova realidade se pretender manter a força política que sempre teve.

Porque a influência religiosa há muito que a perdeu!

Um país (obviamente) perdido!

Daqui a ano e meio comemorar-se-á meio século de... democracia. Já a tanta distância a falar disso? Perguntar-me-ão.

Bom diria que com o que estamos a assistir diariamente a tal democracia nascida em 74 tem sido a capa legal para todo o tipo de negócios e negociatas envolvendo empresários, políticos, autarcas e demais cidadãos.

Sinceramente a culpa não é totalmente daqueles que ganham dinheiro, fama e acima de tudo poder, à custa das trocas de influências, mas em grande parte de um povo que continua apático, amorfo, insonsso no que a este tipo de gente diz respeito.

Tivéssemos todos nós a bravura de outros povos e provavelmente muitos que agora aparecem envolvidos, mais aqueles que nunca ficaremos a conhecer, jamais ganhariam o que ganharam.

Recordo a este propósito uma conversa que escutei entre dois empresários há mais de 40 anos. Estávamos em vésperas de eleições legislativas e um deles perguntou ao outro, em tom de brincadeira, em quem iria votar. O interpelado foi célere na resposta dizendo que iria votar no PS porque com este partido a corrupção era muito mais barata. Estávamos em 1980!

Pergunta: mudou alguma coisa desde lá?

Continuamos tão brandos como sempre e somos cada vez mais incapazes de dar a este país uma sociedade realmente justa e evoluída! Como nos foi (e ainda nos é!!!) prometida!

Volto às comemorações que daqui a pouco mais de um ano se realizarão. Elogiar-se-á nessa altura a conquista da democracia, da liberdade ou da justiça em Portugal. Discursos que só servirão para continuar a enganar o povo luso, sempre tão crente nas bonitas palavras.

Pois é... na realidade sabemos que isso da verdadeira democracia só existe nos países onde os políticos reconhecem nos eleitores, que democraticamente os elegeram, dignidade e razão. Dois chavões fantásticos, mas que em Portugal são apenas sinónimos de... fantasia linguística!

Um azar nunca vem só!

Já nem sei o que dizer deste PS de maioria absoluta.

Agora foi o Presidente da Câmara de Espinho a ser detido. Não bastava os problemas dentro do próprio governo e surge agora um presidente da concelhia do PS envolvido em actos menos lícitos. Mas tudo pode não passar de uma cabala, acrescento!

Seja como for o Partido com sede no Largo do Rato anda nas bocas do Mundo e não é pelas melhores razões. Mas isto já toda a gente sabe!

O que conta agora perceber é como irá o Partido chefiado por António Costa lidar com tamanhas contrariedades. Certo, certo é que Marcelo não irá dissolver a Assembelia da República, nem convocar novas eleições. Ora tendo esta certeza presidencial como lastro Costa vai gerindo os problemas pontualmente. A maioria absoluta também é um bom fiador da sua política.

O pior será depois... quando o Partido estiver completamente esfrangalhado! Sem liderança firme, sem coragem para acções políticas assertivas o PS arrisca-se a trambolhar nas inclinações de voto e passar de uma M.A. para uma votação muito fraca.

Ainda por cima quando há no actual quadro partidário alguns lideres a fazerem boa oposição ao governo, deixando os socialistas quase sem fôlego.

Também pudera... ainda um caso não está resolvido e logo outro surge para enervar o mundo socialista. O PS necessita urgentemente que acalmar as suas hostes e ordenar algum decoro. A continuar assim o partido pagará caro!

Demasiado caro!

A Igreja católica do século XXI!

Como católico estou um tanto apreensivo com a eventual saída de D. Manuel Clemente de Cardeal Patriarca de Lisboa. Já li que D. Manuel está aproveitar a situação das diversas denúncias de eventuais abusos sexuais por parte do clero para renunciar ao cargo, mas tudo devido ao seu estado de saúde.

Entretanto a Igreja católica atravessa uma enormíssima crise, não só de identidade como de vocações para além dos tais escândalos de abusos de cariz sexual. Obviamente que muitas outras tendâncias religiosas aproveitam-se destas fragilidades para tentarem crescer à custa da desgraça alheia. Faz parte!

Na minha relação com o clero conheci e conheço alguns que renunciaram às suas vocações para assumirem um amor. Todos eles têm já filhos o que equivale dizer que a Igreja, como instituição, não soube adaptar-se a este novo mundo e perdeu por isso padres fantásticos.

Tenho debatido com outros clérigos a minha ideia de que os religiosos deviam ter direito a optar entre uma vida dedicada à missão de pastor de almas ou assumir a sua vocação também como pastores, mas sempre com a postura de um homem carnal. Nenhum dos padres com que falei concorda com esta minha ideia...

O celibato parece-me, nesta época, algo assaz retrógado, cheirando ainda a Inquisição.

Seria bom que o Papa Francisco e a Cúria Romana acordassem num modelo híbrido para os novos padres. Talvez com isso se evitasse tantos escândalos.

Finalizo com a ideia de que a justiça e a Igreja deveriam em conjunto tentar perceber a verdade e a mentira (porque também há!!!) e julgar e condenar os criminosos.

Porque precisamos de bons Padres e não podemos agora olhar para estes e pensar que poderão estar envolvidos em algum escândalo.

Seria devastador...

Um flagelo (infelizmente) bem aceso!

Ano após ano, Verão atrás de Verão a história repete-se em Portugal! Falo como imaginam de fogos ou incêndios como lhe queiram chamar. Daqueles activados ou dos que nascem espontaneamente (pois também os há!!!).

Quando em Junho de  2017 aconteceu Pedrogão Grande com 66 mortos e mais umas dezenas em Outubro, como sempre muito se estudou, muito se prometeu, mas nada se fez. Ou o que foi feito foi insuficiente.

Recordo por aquela altura escutou-se amiúde um conhecedor da problemática dos incêndios florestais, o Professor Xavier Viegas, que denunciou publicamente a insuficiente capacidade de Portugal em lidar com os incêndios. Falou muitas vezes de como minimizar a situação propondo diversas soluções que eram obviamente onerosas e às quais o Governo disse que sim senhor, mas não passou para o papel... muito menos para a acção.

Este ano de 2022 foi pobre em água, o calor surgiu quase de repente e de um minuto para o outro Portugal pinta-se de vermelho dos avisos da Protecção Civil, mas acima de tudo pelos muitos fogos que vão devorando as poucas matas existentes.

Governo e PR mostram muita preocupação com o estado em que está o País nestes derradeiros dias, mas sabemos que passada esta crise voltam a esquecer-se das actuais preocupações e aguardamos pelo ano seguinte...

A par daquilo que não se faz no terreno e que se deveria fazer, há um pequeno detalhe e que se prende com a nossa justiça, especialmente no que se refere às condenações dos incêndiários que quase todos os anos repetem a "gracinha" de atear mais umas mechas...

Enquanto mantivermos esta justiça, demasiado branda para os criminosos e altamente injusta para as vítimas, jamais seremos capazes de por fim a este flagelo. Ou minimizá-lo!

Quando acontece...

... ninguém é culpado

Há uns tempos descobri que o poste junto à minhacasa onde as ligações de telefone e redes de televisão estão ligadas e apoiadas estava partido junto ao chão.

Após muitos telefonemas descobri que a responsabilidade destes postes é da MEO. Finalmente consegui falar com alguém que aceitou a reclamação e comunicou que iria fazer seguir para quem de direito.

Na semana seguinte reparei que ao redor do dito poste havia sido colocado uma fita de plástico, quiçá para assinalar a situação para futura reparação.

Puro engano! Já passou mais de um ano desde que comuniquei o mau estado deste poste e ainda não foi trocado. O risco de que caia em cima de alguma viatura ou pior, nalgum peão, é cada vez maior. Depois se tal acontecer terá provavelmente direito a uma longa reportagem em directo de um qualquer canal de televisão sensacionalista ou será capa de um pasquim.

Mas uma coisa eu garanto: se este suporte de tantos cabos cair em cima nem que seja de uma roseira minha, irei até às últimas consequências para ser ressarcido do eventual prejuízo.

20220702_182754.jpg

(O gradeamento branco é da minha casa, o portão cinza é da moradia contígua).

"Tadinho" dele!

A primeira notícia que li esta manhã foi a morte de João Rendeiro. Aqui na SAPO. Nada que não se previsse... Banqueiro preso, seja em Portugal, na África do Sul ou noutro ponto do Mundo é morte anunciada!

Entretanto já li hoje de tudo um pouco: uns assumem que fez-se justiça, outros acreditam que foi suicídio e há uma teoria, quiçá mais recambolesca, que conclui uma execução a mando de algum cliente enganado. Seja como for o antigo banqueiro já morreu e irá prestar contas noutro lado.

É nestas alturas que gosto de escutar o povo. Aquele povo que tem opinião sobre tudo mesmo que não seja dono de todos os factos (isso não interessa!). Estava eu num supermercado a fazer umas breves compras para o fim de semana que se aproxima, quando oiço uma conversa entre duas senhoras na secção da fruta. Apanhei o diálogo a meio e talvez fora de contexto, mas deu para perceber que falavam do malogrado Rendeiro.

O que considerei interessante é que uma delas ficou com pena do agora falecido... "tadinho". A outra devolvia dizendo que fora um "gatuno e um vigarista".

Não valerá a pena reproduzir toda a conversa até porque já nem me recordo. O que fico com a certeza é que em Portugal, posso ser o maior facínora do Mundo, mas assim que passar "as palhetas para o outro lado", como disse uma das damas, torno-me logo uma pessoa boa!

A mui velha "coitadice" (esta palavra não existe) lusa... 

Cenas (reais) de um quotidiano

São onze da manhã. Entro num supermercado para fazer umas parcas compras. Célere estou na fila para pagar quando assisto:

- São 12 euros e 32 cêntimos Dona Almerinda!

A idosa busca num saco quando declara em tom muito assustado:

- Roubaram-me a carteira!

- Não se terá esquecido dela em casa? - opiniou a operadora.

- Não... ainda agora levantei dinheiro no Multibanco.

Num instante a menina chama um agente policial que ali faz serviço e solicita:

- Vê lá se está por aí o Joel. E não deixe sair nem entrar ninguém!

O segurança do estabelecimento é também alertado e fecha as portas enquanto o agente (por acaso uma pessoa do sexo feminino) entra e percorre os diversos corredores em busca de alguém específico. Depois conclui que não está dentro da loja. A jovem da caixa indica:

- Veja nas casas de banho.

Nem decorrera um minuto quando a mulher polícia empurra um jovem já algemado, para fora das casas de banho. Depois revista-o e não encontra uma só carteira, mas sim... três! Sendo que uma delas era da idosa presente e que mais tarde lhe terá sido devolvida.

Por fim a autoridade manda chamar a viatura para levar o jovem detido. Surgiu minutos depois.

Todos sabemos que se vive num ambiente em que "olho que vê é mão que pilha", mas este meliante nem teve a inteligência de após cada furto sair do local.

Provavelmente o ladrão já deve estar solto para continuar a assaltar.

Depois não me venham dizer que há justiça em Portugal!

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