Ainda a prisão de JS
Detesto espectáculo gratuito. Mas a gratuitidade que falo não é aquela em que podemos ver um teatro sem pagar mas a forma como as televisões transmitem as notícias.
Nos últimos tempos a detenção de José Sócrates, ex-primeiro ministro de Portugal, trouxe à ribalta o pior que tem as televisões: a mediatização estúpida dos acontecimentos.
Justa ou injustamente detido, o antigo lider do PS é neste momento o preso nº 44 de um estabelecimento prisional. A aguardar o que a justiça tem para lhe perguntar ou decidir. Não mais do que isso.
Como detido terá direito a visitas de amigos e familiares...
E é aqui que bate toda a imbecilidade das televisões e jornais: qualquer visita que apareça em Évora é levada ao extremo de perguntas. Todos querem saber o porquê da visita, o que disse o JS, como se sente, o que pensa, quantos vezes foi ao WC...
Parece-me que é tempo de se dissipar, de uma vez por todas, esta exacerbada euforia. Não basta já a condenação de JS por parte da opinião pública?
Parece-me que mesmo em democracia nem tudo deveria ser legítimo. O exagero da (má) informação é um deles!