Esta frase poderia ser o título deste postal e refere-se especificamente à decisão do tribunal em não dar provimento ao recurso que os advogados do ex-primeiro ministro apresentaram. Desta vez, e segundo o que consegui ler, os juízes chamaram a atenção para o facto destes recursos apenas terem o único desejo de atrasar a ida de Sócrates a tribunal.
A presunção da inocência é uma realidade nos nossos caminhos da lei. Como dizia um amigo meu já falecido: mais vale libertar um criminoso que prender um inocente. É com base naquele princípio que se encontra inscrito na Constituição Portuguesa.
Portanto José Sócrates é ainda inocente sem qualquer culpa formada.
Só que a cultura portuguesa, especialmente a popular tem outrossim princípios e um destes diz especificamente: quem não deve não teme.
Assim o povo, por muito que o queiram fazer passar por parvo, não o é e já percebeu que esta demanda do antigo primeiro ministro vai durar muuuuuuuuuuuito mais tempo do que deveria.
Posto isto fica a ideia de quem tiver acesso a dinheiro e consequentemente aos melhores advogados consegue encontrar sempre um ponto de fuga… para a frente.
Não sei se Sócrates é culpado ou inocente dos crimes de que poderá ser acusado, mas fica uma estranha sensação de que o antigo primeiro ministro não deverá querer sentar-se no bancos dos réus da justiça portuguesa. Deve temer alguma coisa, concluo eu!
A verdade é que muitos dos seus antigos amigos (leia-se governantes socialistas) já fugiram do seu raio de acção e não estarão minimamente interessados em verem-se envolvidos em bravatas jurídicas. E o engenheiro já percebeu isso.
Por fim termino com a consciência de que a Ericeira continua a ser um local muito aprazível.
A Operação Marquês voltou à ordem do dia. Parece que desta vez, e finalmente, o Ministério Público deduziu acusações contra o Ex Primeiro Ministro, José Sócrates e mais uma datas de “artistas desta bola lusa”.
Mas antes de tudo se encaminhar para a barra do tribunal muitos avanços e recuos virão a lume. Todavia há, desde o início desta trama, uma espécie de mau estar quanto às supostas acusações contra José Sócrates.
O curioso é que esta postura de dúvida e incerteza não seja usada, por exemplo, para Ricardo Salgado. Dito de outra maneira os mesmos que defendem a presunção da inocência para com JS, são os mesmos que consideram Ricardo Salgado culpado antes mesmo do julgamento e do trânsito em julgado.
E quem diz Ricardo Salgado diz todos os outros elementos chamados à liça.
Portanto, e antes de mais, deixem os tribunais fazerem o seu trabalho. A justiça pode demorar, mas vem. Custe o que custar, doa a quem doer.
Felizmente que opinião pública não tem voto nem influência nesta matéria.
Então vamos lá a ver se eu entendo… Durão Barroso deixou de ser Primeiro Ministro em Portugal para poder ajudar a “Comissão Europeia”. Aqui esteve dois mandatos e Portugal gostou muito disso… Não era “porreiro pá”?
Passado o tempo devido Durão Barroso sai de Presidente da CE e envereda por dar umas aulas aqui e ali, pois que a vida continua e há que fazer por ela.
Surge então a notícia do convite feito pela Instituição Goldman Sachs para integrar esta instituição como CEO não-executivo.
Pronto foi a bomba… Toda a gente se virou contra o homem e até a própria CE lhe retirou o estatuto de ex-Presidente só porque acharam que há ou houve conflitos de interesses entre o tal Banco e a dita Comissão.
Sinceramente a mim nada disso me interessa:
1º - porque não sou eu que lhe pago o vencimento como CEO do tal banco multinacional;
2º - o trabalho que ele realizou na CE foi muitas vezes elogiado (li eu…) por diversos sectores;
3º - porque me cheira a “dor-de-corno” por parte dos seus opositores, que agora surgem como cogumelos.
Naturalmente que o Doutor Durão Barroso não necessita que eu o defenda publicamente mas como detesto “linchamentos políticos” cheira-me que esta campanha entronca numa espécie de vingança de alguma esquerda ressabiada tendo em conta os casos do ex-PM José Sócrates. Com esta campanha bem orquestrada, numa hipotética candidatura a Belém, ficarão ambos em pé de igualdade.
Nestas coisas da política profissional nada é deixado ao acaso, de tal forma que o futuro é pensado a dez anos.
Ou como é que acham que Marcelo Rebelo de Sousa ganhou as eleições Presidenciais?
Ontem não vi a restante entrevista de JS a um canal televisivo. Primeiro porque aquilo que me foi dado ver no dia anterior mostrou-me muito do que viria a seguir; segundo porque tenho mais coisas que fazer do que ouvir alguém a vitimizar-se.
Os anos ensinaram-me que em política nada acontece por acaso. E obviamente, seguindo este mesmo raciocínio, afirmo que o "timing" desta conversa não foi uma mera coincidência.
A longa entrevista do antigo PM foi curiosamente (?) apresentada a semanas das eleições presidênciais, onde o PS voltará a perder em toda a linha, ao mesmo tempo que o actual governo tenta sofregamente acertar algumas agulhas orçamentais.
Tudo isto para dizer o quê? Que Sócrates começou esta semana a sua campanha política a umas futuras eleições. Há quem fale já em presidenciais daqui a cinco anos. Porém, com aquilo que pode vir a acontecer ao PS neste seu encosto à esquerda, não me admiraria que JS tentasse voltar à ribalta para ser uma vez mais líder do PS.
Creio mesmo que há muitos socialistas desejosos disso! Ou não?
Não vi toda a entrevista que o antigo PM, José Sócrates, deu à TVI. Mas do que vi e ouvi transpareceu a ideia de que ele é (mais) uma vítima.
Até pode ser... mas creio que a forma e a altura para aparecer na TV tornou-se numa tentativa desesperada de convencer o pópulo luso de que está inocente.
Diz a Constituição que se deve presumir a inocência de um arguido até o processo transitar em julgado. O que JS veio fazer à televisão suscita-me assim muitas dúvidas quanto à sua presunção e criou, uma vez mais, novos embaraços a António Costa e consequentemente ao PS.
A hora de regresso definitivo à política activa por parte de JS aproxima-se!
Em meados da década de 2000 surgiu um caso que apaixonou e dividiu a sociedade portuguesa: uma menina de meses fora indevidamente (pelo menos não foram seguidos todos os pressupostos legais) adoptada por um casal sem filhos. Após uma longuíssima batalha judicial a criança acabou por ser entregue ao pai biológico. Falo deste caso porque a determinada altura o casal de adopção pensou que o julgamento da opinião pública seria suficiente para lhes dar razão. Um erro que lhes poderá ter custado a vitória no dito processo.
Plasmando estes acontecimentos já quase perdidos no passado semi recente, temos que José Sócrates pretende também que a opinião pública influencie as decisões judiciais. Um erro, que já se vê, lhe pode sair muito caro.
Desde o início deste processo que tenho a sensação que o ex-primeiro Ministro sente que deve estar acima da lei. Porém não creio que um juiz envie alguém para a prisão sem estar plenamente convicto da culpabilidade do arguido.
E a romagem ao Estabelecimento Prisional de Évora, qual santuário político, por parte de algumas figuras públicas relevantes, mais tem cimentado a ideia a Sócrates de que deveria estar em liberdade.
As eleições legislativas aproximam-se a passos largos. Da prisão, sempre que falar ou escrever, todos o vão ouvir e ler! Em prisão domiciliária JS perderia muito do fulgor de intervenção que tem vindo a ter. Detido, Sócrates apresentar-se-á sempre como uma vítima de um erro judicial ou de forma mais radical vítima de uma cabala assumindo-se como um preso (quase) político.
Daqui a vontade expressa do ex-PM de não querer ficar em prisão domiciliária. O problema é que todos nós estamos a pagar o sustento de um tipo que, segundo a dados da acusação, é suspeito, entre outras coisas, de branqueamento de capitais, que não me parece ser perigoso para a sociedade civil.
Mas isto sou eu que não percebo nada de Direito, contudo gostaria de ver melhor justiça!
Segundo o que li ontem num jornal diário, o ex-primeiro ministro José Sócrates, vai participar na próxima campanha às eleições europeias.
O que equivale dizer que o antigo líder do PS vai dar uma mão (e que mão!!) a Francisco Assis. A meu ver este regresso de JS não é de todo inocente nem altruísta. Creio sim que Sócrates vem uma vez mais para a rua, para uma avaliação à sociedade (leia-se eleitorado), afim de perceber se tem lastro para uma eventual corrida a Belém.
O seu espaço como comentador da RTP começou com enorme audiência mas depressa perdeu espectadores. Ainda assim mantém aquela rubrica de opinião na RTP1.
António José Seguro como é já habitual, vai pautando a sua actuação ao sabor das indicações do actual governo. Foi preciso que Paulo Rangel lançasse, em pleno congresso do PSD, a questão sobre o candidato do PS às europeias para Seguro horas seguidas apresentar Assis. Quando deveria ser a oposição a marcar o tempo de intervenção política.
José Sócrates sabe que o povo não esquece! Nem o que ele fez enquanto primeiro ministro, deixando o país a um passo da bancarrota, nem o que este governo vai-se obrigando a fazer. E a actuação deste último poderá ser um capital que JS pode acumular a seu favor.
Dentro do Partido Socialista o regresso de Sócrates à politica de intervenção será sempre vista como uma ameaça à actual (má) liderança de Seguro. E basta que o PS não ganhe as próximas eleições europeias de forma categórica, como é provável, para o actual lider socialista sentir atrás de si o bafo de António Costa, claramente apoiado por José Sócrates, ou quiçá de um outro militante de peso.
Por causa do texto anterior um amigo de longa data enviou-me um video com as declarações do antigo primeiro-ministro José Sócrates, sobre o falecimento do Rei Eusébio. E... apenas acrescentarei que daquela personagem já nada me espanta.
Não bastava ter tirado um curso de Engenharia ao Domingo, vem agora provar que na infância o seu tempo de férias era dedicado aos estudos. Provavelmente detinha algum atraso em relação aos seus colegas de escola.
Talvez agora se perceba muitas das suas decisões!
E o Eusébio não merecia que gente desta viesse falar dele, publicamente. O Pantera Negra foi sempre muito mais importante para Portugal, que qualquer PM que tenha passado por São Bento!
Ainda não entendi muito bem este regresso de José Sócrates à ribalta.
Se for para dizer mal do governo, todos dizemos.
Se for para dizer mal da economia, todos sabemos.
Se for para falar contra o Vítor Gaspar, todos falamos.
Então para que servirá? E esmiuçando a pergunta, a quem servirá este retorno?
Demasiadas questões para um homem. Alguém que durante seis anos governou este país como quis, deixando-o em tal caos financeiro que durante décadas iremos arcar com as consequências.
Cheira-me que há aqui uma tentativa de colocar Seguro em alerta permanente. Por outras palavras… acredito que Sócrates vai querer liderar uma oposição a este governo (que na realidade ainda não houve), deixando António José muito inSeguro.
Numa tentativa de teoria da conspiração, avançaria com a ideia de que o ex-PM está a fazer a cama para António Costa se deitar nela, assumindo a liderança do partido. O reverso da medalha seria o actual presidente da edilidade ulissiponense tudo fazer para levar Sócrates para Belém. Ou alguém tem dúvidas que é, neste momento o grande desafio do PS?
O Partido Socialista não pretende ser governo para já, isso é sabido! Não quer, mais do que já esteve, estar envolvido nestas más políticas perpetradas pelo governo de Passos Coelho. Assim longe dos centros de decisão, no Largo do Rato, vão-se entretanto contando algumas espingardas de forma a perceber quem dentro do PS terá um futuro luminoso.
E claro José Sócrates vai ter uma palavra muito importante a dizer.