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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A Volta: genuíno serviço público

Não sei se é o luso complexo de inferioridade, mas temos sempre uma estranha tendência para valorizar o que é feito fora das nossas fronteiras em contraponto ao que organizamos em Portugal.

No entanto vamos dando cartas aos outros países e conseguimos mostrar e demonstrar que, quando queremos, somos tão bons ou melhores que os demais. Já nem falo de atletas, mas tão-somente de eventos.

Expo98, Europeu de 2004, Rock in Rio, WebSummit e mais recentemente as Jornadas Mundiais da Juventude todos acontecimentos que tiveram chancela lusa e que correram de forma fantástica.

Faço ora a ponte para um desporto que muuuuuuuuuuito aprecio e que dá pelo nome de ciclismo. Detesto dizer isto, mas ainda sou do tempo de escutar num velho transistor as reportagens em directo, da nossa volta a Portugal em Bicicleta. E que era mesmo ao país todo.

Hoje tudo mudou e o ciclismo não fugiu à mudança. As equipas estão bem organizadas valendo milhões. Pudera com tanta publicidade gratuita... 

No ciclismo europeu há três provas de grande estatuto: o Giro de Itália, o Tour de França e La Vuelta aqui mesmo ao lado. Por cá temos, por esta altura, a nossa pequena Volta a Portugal (como já referi acima já foi muito maior), mas que eu gosto tanto de seguir.

Hoje foi dia da etapa rainha da Volta: a subida à Torre na Serra da Estrela. Uma etapa sempre muito dura com aqueles derradeiros 20 quilómetros desde a Covilhã a fazerem estragos no pelotão e na classificação geral individual.

A transmissão deste evento desportivo recai, desde que me lembro, na RTP que com a sua habitual dupla de comentadores torna este exercício televisivo um momento de grande espectáculo. Assim é Marco Chagas o campeoníssimo atleta desta modalidade e o grande jornalista desportivo João Pedro Mendonça.

Com eles a Volta a Portugal tem outro gosto, outro sabor e não se inferioriza às outras provas! E depois com a ajuda dos homens das câmaras na estrada e no ar tudo se resume a um verdadeiro serviço público. Daquele que o povo merece e necessita!

Parabéns a toda a equipa!

Finalmente é a única razão que me faz ligar a televisão.

Não havia "nexexidade"!

A polémica estalou na semana passada (provavelmente até terá sido antes, eu é que só li recentemente).

Como não percebia o que estava a enfurecer tanta gente fui investigar (leia-se googlar!!!). Depois percebi que um jornalista qualquer fez umas referências pouco elogiosas a alguém que trabalha em televisão.

Não investiguei mais... não me interessou!

Primeiro porque não leio o pasquim onde o jornalista escreve... Nunca! Depois como não vejo televisão não conhecia a senhora em questão nem os programas que faz!

Independentemente do que escrevi acima concluo: há gente que adora meter o bedelho em "contas que não são do seu Rosário". Depois acontece isto... cai-lhe o "Carmo e a Trindade" em cima.

Relembro a célebre frase que Herman José imortalizou no Diácono Remédios: não havia nexexidade!

Ainda a entrevista de Cavaco Silva

Só a vi hoje. Mas desde sábado até agora li muita coisa sobre a dita e como não gosto de julgar sem ver arrisquei assistir a tal entrevista na CNN/TVI.

Sei que seria fácil criticar o antigo Presidente da República e ex-Primeiro-Ministro tendo em conta algumas das suas intervenções na vida política.

Ainda assim admirei-me com os diversos ataques que Cavaco Silva sofreu desde Sábado. Ao ponto de dizerem que ele pretende regressar à vida política.

Só imbecilidades, já que o próprio afirmou por mais de uma vez que se encontra afastado da vida política. No entanto e como cidadão o Professor Cavaco Silva tem direito à sua opinião que só a ele responsabiliza. Ainda por cima deve ter sido o canal televisivo a pedir a entrevista e não o inverso!

Percebo que quando este homem fala muitos dos que estão agora no governo se sintam incomodados. Faz parte do jogo político. Mas… se sentem algum receio é porque entendem que haverá alguma razão do outro lado…

Observando à luz dos derradeiros acontecimentos laranjas culminados na vitória de Luís Montenegro nas directas, Cavaco Silva apenas validou a próxima etapa do principal partido da oposição, que sejamos sinceros nos últimos anos esteve quase sempre entregue a outras organizações políticas.

Por fim o artigo publicado pelo Observador só viu a luz do dia após a aprovação do OE. Prova de que Cavaco tem, ainda hoje, mais sentido de Estado que muitos políticos que ora saltitam por aí!

Teorias (parvas) de conspiração!

O jornalismo é uma profissão tramada. Anda um jornalista dias e dias a trabalhar tendo como pano de fundo determinado assunto, por exemplo a pandemia com Covid19, para de um momento para o outro nada disse ter importãncia e ser transferido para o outro lado da Europa todo o interesse e atenção.

Obviamente o que escrevi é uma mera brancadeira, todavia com a invasão da Ucrânia pelas tropas Russas todos os outros assuntos passaram para segundo ou terceiro plano.

Desde o Coronavirus à inevitável subida das taxas de juro com a consequente subida da inflação ou a crescente subida dos combustíveis, nada agora interessa. Não é que os problemas tenha desaparecido, apenas as atenções desviadas.

Provavelmente alguns teóricos da conspiração dirão que tudo isto fará parte de um acordo prévio com contornos mais ou menos recambolescos.

No entanto os mortos em terras ucranianas continua a crescer. Infelizmente aqueles não fazem parte de nenhuma conspiração.

Do jornalismo à (triste) realidade!

Gosto da capa de hoje do Jornal desportivo espanhol "Marca"

ao referir que os médicos são já os vencedores do torneio europeu. Tudo devido à forma célere e competente como lidaram com a síncope cardíaca que atingiu a estrela dinamarquesa Christian Eriksen.

As imagens chocantes correram mundo e ao que sabe o jogador recuperou, mas continua internado para novas baterias de exames.

Como sempre olho para estas situações e fico a pensar como é que elas acontecem, especialmente em atletas altamente treinados e preparados. É que se puxarmos pela memória, e não é preciso muito, lembramo-nos do malogrado Alfredo Quintana, guarda redes de Andebol do FC Porto e da selecção nacional ou de Alex Apolinário malogrado jogador do Alverca.

Com todos estes acidentes a acontecer e cada vez com mais frequência, pergunto-me até que ponto os médicos dos clubes e das federações validam com assertividade os atletas da sua real condição física? Ou provavelmente exige-se demasiado esforço e empenhamento aos atletas, olvidando que estes são simples seres humanos e não puras máquinas.

Quando não há mais nada para noticiar...

A minha vida jornalística iniciou-se na imprensa regional. Talvez daqui entenda que a função de dar notícias, por mais ínfimas que sejam, sobre determinadas lugares é deveras importante, especialmente para os imigrantes que gostam de saber novas da sua terra.

O mundo está mudado. Muito mudado... O que ontem poderia ser novidade e uma notícia boa, hoje... não existe!

Também sei o que são "encher chouriços" para tapar um buraco no jornal. Mas este exemplo parece-me um tanto exagerado...

Enfim são os novos tempos...

notícia.jpg

(Imagem chegada até mim via WhatsApp!)

Não sabem, não escrevam!

Custa-me ver plataformas de informação entregues a redactores que cometem erros de ortografia do mais básico que há. Não aceito...

Tenho perfeita consciência que o português de hoje, escrito e falado, está a anos-luz do tempo em que eu aprendi a ler e essencialmente a escrever. Tudo por culpa de programas escolares facilitistas, de acordos ortográficos horríveis e, principalmente, pelas novas tecnologias que criaram um léxico muito próprio.

No entanto nada disto invalida que um redactor, jornalista ou seja lá o que lhe queiram chamar, não consiga distinguir entre as formas verbais  "desenvolve-se" e "desenvolvesse".

Como podemos constatar no exemplo infra.

erro_portugues.jpg

Pior... Não haverá na plataforma um chefe de redacção ou um revisor que leia o texto antes de este ser publicado? Ou será que o próprio responsável não sabe ver a diferença?

Finalizo com o sentimento de que se não sabem escrever... não escrevam.

O(s) dono(s) da verdade

Ficou prometido à Sarin escrever um texto, em forma de resposta, às questões formuladas por esta bloguer. As perguntas são pertinentes, mas reconheço que as respostas podem ser diversas. E provavelmente todas elas a roçar a verdade.

Este postal é meramente uma opinião, claramente assente na minha visão de e para que serve o jornalismo nas suas diversas e actuais formas.

No actual momento ser director de um jornal, de programas de televisão ou até de uma rádio não é de todo fácil. O escrutínio é muito grande e demasiado assertivo. Tudo é colocado em causa e todas as palavras escritas ou ditas devem ser medidas sob determinadas matrizes.

Nunca gostei de jornalismo sensacionalista. Vender desgraça alheia parece-me do mais vil jornalismo (ou será jornalixo???). No entanto há jornais (sê-lo-ão???) que primam por noticiar “… o horror, a tragédia, a ignomínia”, como diria um antigo repórter televisivo. O pior é que continuam a vender…

Depois as televisões que entram pelas nossas casas, que retiram às nossas refeições de família o direito ao diálogo, têm outrossim uma força que ninguém consegue combater… Talvez a internet consiga desviar as atenções das desgraças televisivas.

Com esta panóplia de opções um Director de informação televisiva terá de lutar a cada segundo, minuto, hora para que a sua opção de notícia seja mais relevante que a do canal da concorrência. Da mesma forma os jornais (especialmente os diários) vivem o mesmíssimo dilema.

Paralelamente os jornalistas, que cada vez ganham menos, concorrem uns contra os outros, não para fazerem bom jornalismo para unicamente para mostrarem o tal “… o horror, a tragédia, a ignomínia” de que falei acima. E quanto mais sangue houver para mostrar… melhor. Quantas vezes leio títulos de primeira página em letras garrafais que enganosamente corresponde a uma brevíssima notícia de meia dúzia de linhas? Entretanto alguém comprou o jornal… O culpado, sinceramente, nem é o jornalista que é quase sempre um prestador de serviços a ganhar menos que o ordenado mínimo. Mas os gestores que continuam a gerir um jornal como se fosse uma simples fábrica de conservas.

Entremos agora num Admirável Novo Mundo, que não sendo o de Aldous Huxley, é já considerado um novo poder. Falo justamente deste universo da blogosfera.

Aqui cada um pode ser o que quiser. Falar do que bem lhe convier, analisar, criticar e acima de tudo comentar o que se lê. Constato todavia a quantidade de comentários que se escrevem sob a capa de anónimos, como se quem comenta tivesse receio das suas próprias palavras os das consequências delas. Muitos não terão contas nas plataformas, mas poderiam, se assim o entendessem assinar no final do escrito com um mero nome.

Esta estranha troca de galhardetes entre bloguers e comentadores anónimos parece-me muito pouco salutar já que jamais imaginamos se diversos comentadores anónimos não serão apenas o mesmo, numa bizarra tentativa de fazer “jogo duplo”. Já acredito em tudo…

Criticar o que está mal, opinar sobre um tema, denunciar algo menos bom será sempre salutar e necessário. Mas no fundo, no fundo o problema não está no que se escreve, mas como ele é entendido.

Ou como diz o ditado: “sou responsável pelo que digo não sou pelo que tu pensas”.

Controvérsia poética!

Foi notícia de primeira página num jornal diário a errada atribuição da autoria de um poema a Sophia de Mello Breyner Andresen.

Segundo o autor do texto, a filha da poetisa tenta desassociar o escrito da suposta autora. Todavia parece um trabalho árduo já que numa pesquisa rápida na Internet este poema está (quase) sempre atribuído à primeira mulher vencedora do Prémio Camões.

Voltando ainda ao texto do jornalista, este refere que o poema é “…fraquinho…” entre outros epitetos desvalorizando obviamente os versos. Não sou um especialista na escrita da poetisa nascida no Porto e portanto não posso avaliar se o poema teve ou não o cunho de Sophia.

Mas nestas coisas de direitos de autor e apócrifos fico sempre de pé atrás, porque não percebo porque alguém que escreve um texto deixe que a autoria do escrito seja atribuído a outrém sem que isso o melindre. Só se houver segundas (más) intenções, o que não parece ser o caso.

Há, no entanto, nesta história algo estranho, aspectos que não consigo compreender. Primeiro a forma como este poema aparece ligado à Sophia, depois a sua imensa proliferação.

Fica somente uma questão: não poderia a poetisa ter somente escrito um poema menos bom aos olhos dos especialistas?

Quem anda pela escrita nem sempre é feliz nos seus textos. Faz parte da vida!

Com NAO não há leitor!

Não costumo comprar jornais para ler. Sejam eles generalistas ou temáticos. Nem sequer revistas.

Todavia nos últimos dias e por causa do internamento hospitalar do meu pai tenho diariamente comprado um jornal do grupo Cofina mais propriamente o CM, para lhe oferecer.

Passei os olhos pelas gordas sem grande interesse até que a determinada altura deparei com a notícia da decisão de que todas as publicações do grupo adoptariam o NAO, a partir de 1 de Janeiro próximo.

Obriguei-me a ler a notícia e percebi que o Acordo está implementado há 10 anos e segundo declarações de um responsável do grupo editorial “… é inegável que a sua aceitação está estabilizada e é irreversível”.

Se já não gostava de algumas destas publicações pela dificuldade em perceber o interesse nas notícias que transmitem, desta vez ficarão definitivamente rasgadas das minhas opções por terem optado por esta via do AO.

No mínimo considero que deveriam dar aos autores o direito de escolheram sob qual o Acordo é que desejam escrever e não impor uma vontade com a qual os autores provavelmente nem concordam.

Mas têm de aceitar!

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