A dupla Iúri Leitão e Rui Oliveira ganharam esta tarde a primeira medalha de ouro para as cores nacionais na prova de ciclismo em pista coberta na versão Madison.
Imagino que seja hoje e amanhã notícia em tudo o que seja jornais e telejornais.
Todavia o que conta perceber e por isso aqui venho, o ciclismo parece ser a modalidade que paulatinamente vai conseguindo ganhar prestígio e medalhas. Após a medalha de Prata conquistada pelo minhoto Iúri, hoje mais uma vez, a mostrar que Portugal poderá ser uma verdadeira potência deste desporto.
Notem que nem sequer estou a falar do ciclismo de estrada onde têm pautado grandes nomes como são João Almeida, Nelson Oliveira, Ruben Guerreiro ou Rui Costa.
Parabéns sinceros aos atletas lusos. Nem imagino o desafio que será fazer uma prova destas.
Não tenho visto os Jogos Olímpicos que se estão a realizar, maioritariamente em Paris. Não interessa o porquê desta minha ausência da visualização dos jogos, mas ainda assim não estou "a leste" do que se tem passado na cidade Luz.
Todos ou quase todos os dias aparece mais uma notícia de atletas ou das equipas de apoio insatisfeitos com a sofrível organização destes jogos.
Atletas a dormir na rua, alimentação insuficiente, graves problemas com a água, já para não falar da poluíção do Sena onde se deveriam realizar algumas provas, nomeadamentre de triatlo.
"Uma sucessão de insucessos que sucedem incessantemente sem cessar!"
A abertura dos Jogos, ao que li, principiou mal porque a Igreja católica mostrou-se desagradada com algumas partes da sessão inaugural. Cada um tem a liberdade que deseja, mas é bom que se perceba onde esta pode chocar outros. Provavelmente por muito menos em 2015 a revista Charles Hebdo foi atacada por um grupo de terroristas com a triste morte de 12 pessoas. Depois ainda há quem se admire com o crescimento de certas ideias...
Para além da questão logística que, repito, quase toda os atletas se queixam, já surgiram problemas de género que deixou o COI em maus lençóis. Parece que o bom-senso em algumas situações não impera. Não me cabe julgar ninguém, mas há situações que não deveriam acontecer pois podem colocar em causa a autenticidade do evento
Por fim lanço um repto: se fosse uma cidade lusa a organizar este evento com tantos e tão estranhos casos como responderia a comunidade internacional?
Contra quem? A França? Oh... está eliminado na mesma.
Ora portanto o que conta para mim agora é o meu Sporting. Já entrou ao serviço se bem com algumas ausências, certo é que os motores futebolísticos em Portugal dão os primeiros sinais de vida.
E sinceramente para um adepto de bom futebol reconheço que já tenho algumas saudades (para não dizer muitas) de ver bons jogos.
Pelo que tenho lido o Euro 2024 baixou de nível e já não há jogos cativantes. Não posso opinar mais porque não vi qualquer jogo, mas a ideia que fico depois de ler alguns comentários é que as selecções estarão a anos luz de outros Europeus.
Vale finalmente o Tour onde na etapa de hoje, já em terras gaulesas, o super atleta esloveno
Tajed Pogacar levou de vencida todos os adversários, ganhando a etapa e recuperando a camisola amarela oerdida na etapa de ontem. Entretanto o atleta das Caldas e colega de equipa de Pogacar, João Almeida, subiu (só) doze lugares estando já em oitavo lugar da geral.
Daqui a uns dias haverá um Contra-relógio que poderá já definir muita coisa, logo na primeira semana da Volta à França!
E não tarda nada temos aí os Jogos Olímpicos. Este ano na cidade Luz!
O fim de semana mostrou-nos as lágrimas das atletas portuguesas que competiram nos Jogos Olimpicos de Tóquio e que terminaram com resultados diferentes.
Patrícia aos 32 anos tornou-se vice-campeã olímpica no triplo salto com record nacional com um salto de 15,01 metros.
Do outro lado Auriol Dongmo ficou a 5 centímetros de uma medalha. Que seria merecidíssima.
Ambas as atletas choraram. Patrícia, de alegria pelo feito conseguido, Auriol de tristeza por faltar aquele bocadinho que lhe atribuísse uma medalha.
Para ambas, sem excepção, os meus sinceros parabéns por terem representado Portugal de forma tão grandiosa.
Este ano, mesmo estando de férias, tenho ligado pouco aos Jogos Olímpicos. Primeiro porque que o lema de Pierre de Coubertin já desapareceu há muito das Olimpíadas, segundo porque pairou sempre sobre muitos atletas o fantasma do dopping e terceiro os (maus) acontecimentos que envolveram a organização deste evento, com assaltos e tentativas de violação à mistura.
Depois… a participação portuguesa, ainda que tenha conseguido alguns bons resultados, parece ter ficado aquém daquilo que era esperado.
Sinceramente estes Jogos Olímpicos da era Moderna, têm vindo a subir a nível desportivo, é verdade, mas a baixar o nível, da essência que os originou. O que é claramente lamentável.
Lembro-me bem de outros eventos deste género e que me entusiasmaram olimpicamente. Estranhamente, estes não!
Será que já estou a ficar velho ou a ser demasiado exigente?
Temos todos consciência que a ideia original da criação dos Jogos Olímpicos da era moderna já foi há muito ultrapassada. Hoje mais do que nunca os bons atletas não são meros amadores – tirando algumas muito raras excepções. Fazem do desporto uma forma de vida. E nem podia ser de outra maneira, tomando em consideração que para se alcançar óptimos resultados o atleta tem de se dedicar cada vez mais à modalidade, de alma e coração.
Lembro-me, a título de exemplo, dos atletas da antiga RDA, todos eles profissionais de qualquer coisa, mas que jamais haviam trabalhado em tal. Passavam dias, semanas, meses, anos inteiros entregues aos treinos, até à exaustão. Obviamente que este empenhamento era contraditório ao trabalho. Assim durante anos a fio, os países de Leste apresentaram soberbos atletas, com performances incríveis e resultados assombrosos.
Foi partindo deste pressuposto que se começou a investir mais no desporto, tanto em dinheiro como em recursos. Mesmo em Portugal o campeoníssimo Carlos Lopes, o Fernando Mamede ou até o António Livramento, durante muitos anos tinham emprego, mas do qual estavam naturalmente dispensados enquanto atletas internacionais.
Reconheço, no entanto, que aceder aos Jogos Olímpicos deve ser uma grande emoção para qualquer atleta. E a sua participação devia conferir à intenção genuína do Barão Pierre de Coubertin um valor ainda maior.
É com base neste último parágrafo que me custou ver um atleta, surgir em palco em representação do seu país durante… 15 segundos. Um quarto de minuto foi a sua presença efectiva nestes Jogos Olímpicos.
Senti que algo está mal! Fiquei com a certeza que os Jogos Olímpicos jamais serão um palco em que cada um dos competidores apresenta as suas qualidades, mesmo que menos capazes, mas um lugar onde cada atleta pretende uma medalha para poder manter o seu estatuto durante mais tempo.
E um destes dias veremos em vez de países, patrocinadores a divulgarem quantas medalhas ganharam os atletas por si apoiados.
Nas últimas semanas, durante a vigência de Portugal no Euro, o português andou quase sempre com os olhares presos na televisão. Se não era para ver Portugal era para observar os outros. Claramente abstraindo-se da crise, do desemprego que grassa por todo o país, dos cortes nos subsídios.
O desporto é ainda uma imensa fonte de notícias (talvez a maior?), a par da política. Não há jornal, revista, rádio ou televisão que não dedique um espaço ao desporto, sendo o futebol profissional o mais focado. Será por estas razões, que quem pode, chega-se à frente para dirigente desportivo. Seja de uma colectividade, associação distrital ou federação o que conta é estar lá.
No nosso país, o futebol quase por magia, ruge mais alto que os outros desportos. E o poder que dele advém é algo que deve ser tomado em (muita!) consideração. Portugal nestes últimos dias “quase” que parou. E nas horas em que a selecção jogava havia pouca gente na rua. O trânsito ínfimo!
Mas decorre neste momento e até Domingo o Europeu de atletismo. Morta ou quase a época futebolística (falta apenas uma meia-final e a final do Euro!) vai o povo finalmente virar-se para o atletismo, que tantas alegrias tem dado a este país? Bom, sinceramente creio que não.
Infelizmente, os portugueses só conhecem as modalidades ditas amadoras, quando resultam em medalhas. Após os Euros (que não a moeda!!!) temos os Jogos Olímpicos em Londres, durante duas semanas que se prevêem bem recheadas.
Mas por eles (os Jogos!!!) o nosso trânsito não vai parar, nem as ruas vão estar desertas…