Trágico contraste
As duas notícias foram obviamente relevantes.
Em Inglaterra um lunático atacou e assassinou uma deputada do Partido Trabalhista em plena rua. Um acto bárbaro e cobarde perpetrado por alguém que não percebe o que é a democracia e o viver em liberdade.
Ao invés deste trágico acontecimento o nosso Presidente da República vai à praia sozinho, toma banho, conversa com as pessoas, distribui beijos e deixa-se fotografar em “selfies”.
Tudo isto sem um segurança a acompanhá-lo.
Poderão os mais cépticos apontar diversas razões para esta postura do mais alto Magistrado da Nação e que entroncam na ideia, há muito veiculada e quase por todos assumida, que o PR é unicamente uma figura de estilo.
Pessoalmente não sou enormemente apologista desta postura popular e quiçá populista, de MRS. Mas tenho de lhe reconhecer mérito pela forma como trouxe a Presidência para a rua. Ou dito de outra forma: durante dez anos tivemos um PR que o era 24 horas por dia. E jamais se desviava desse seu registo. Hoje tudo parece ser muito diferente!
Voltando à segurança das figuras públicas, especialmente os políticos, é evidente que nenhum está livre de ser atacado, mas o medo será sempre a grande vitória daqueles para quem a democracia e liberdade serão sempre incompatíveis com as suas pobres vidas.