Todos temos em casa armas. Um exemplo simples e muito comum será uma simples faca de cozinha. Basta esta ter uma lâmina com tamanho superior a uma mão travessa para passar a ser considerada uma arma branca. Mas não é por ela existir que andamos por aí a matar gente, não é?
Da mesma linha de pensamento as redes sociais tornaram-se por, demasiadas vezes, horríveis armas. Perigosas pela agressividade e acima de tudo pela impunidade.
No entanto esta ideia de se estar escudado de qualquer responsabilidade não deixa de ser... quase criminosa. As pessoas que já viram o seu caracter assassinado por "hatters" são mais que muitas e em algumas com consequências devastadoras. Mas ninguém foi responsabilizado...
Há uns anos escutei alguém afirmar que certo líder político só era primeiro ministro porque a blogosfera o teria levado ao colo. O que na altura me custou imenso acreditar. Todavia com as actuais e trucidantes redes sociais já acredito piamente que um qualquer político possa chegar onde quer, apenas valendo-se de uma forma de comunicar (quase) imbecil.
Há um ditado popular que diz: o que nasceu torto jamais se endireita. Porém as redes sociais não creio terem nascido tortas... foram "apenas os patetas que as entortaram! Em proveito próprio.
Entram na política pela pior porta, mas vá lá saber-se porquê acabam no topo dos seus países tomando o poder de assalto, através de umas teorias demagógicas.
Fomentam a guerra, a desordem e culpam sempre os outros.
Vendem a "alma ao Diabo" para conquistarem o Céu que nunca viram.
Matam, ferem e magoam sob a capa de uma justiça que ninguém lhes pediu.
Alimentam-se de estúpidas guerrilhas e recuperam velhas teorias que os antepassados se negaram a seguir.
Esta gente, infelizmente, cresce a olhos vistos e sem que ninguém os consiga parar.
São os novos ditadores deste século que ainda só viveu um quarto do seu tempo.
Hoje fui a um supermercado comprar diversas coisas quando de repente deparo-me com este pedaço de erro! Ou má publicidade!
Compreendo que o "marketing" seja uma (quase) ciência no sentido de se vender produtos sem qualidade ou ideias sem interesse a qualquer um. Mas isto não é "marketing". Diria que é publicidade enganosa.
Digo-o porque sei quanto custa um litro de azeite, sei quanto custa a apanhá-lo e mais que tudo sei que a qualidade deste jamais se comparará àquele que sai do próprio lagar. Nem falo do meu... pois seria ser juiz em causa própria!
Mas sete euros e meio por sete decilitros e meio de azeite feito com azeitona tratada e depois de passar por todos os filtros e mais alguns não me parece nada uma pechincha.
Deixem-me contar-vos uma estória que aconteceu comigo recentemente. O ano passado apareceu na aldeia um jovem em busca de azeite para comer. Acabou por ir até à casa dos meus pais e teve a oportunidade de escolher entre azeite novo e velho. Levou um garrafão de cada.
Semanas mais tarde confessava-me que a sogra não gostara do nosso azeite porque não sabia... a azeite! Dito de outra maneira provavelmente a senhora estaria habituada a comer azeite com muita acidez (sim sabe mais ao dito!!!) e quando provou um que tinha menos de meio grau de acidez (o extra virgem)... considerou que não prestava.
Não obrigo ninguém a apreciar o meu azeite, era o que mais faltava. Todavia gosto pouco de ser enganado e ainda menos de ver as pessoas serem enganadas debaixo de um rótulo de oportunidade única!
Bem vistas as coisas nem imagino quanto teriam de pagar por um litro do meu ótimo azeite, feito de azeitonas colhidas sob calor, frio, chuva e muuuuuuuitas canseiras!
Já por aqui referi o meu imenso gosto pelo tempo de praia. O Sol e o mar são as principais forças que me levam até um areal para desfrutar desta relação. Gosto de longas caminhadas à beira mar, de sentir o astro-rei a aquecer-me, de ler um livro e acima de tudo de dormitar estendido numa toalha.
Só que, como tudo na vida, há na praia situações que não aprecio, diria mesmo que detesto. Se algumas ninguém consegue controlar, outras há que não posso fazer nada mas que me irritam na mesma.
Eis ora a lista:
- Vento. Esta é daqueles fenómenos naturais que ninguém manda, mas chateia-me estar a ser sovado selvaticamente pela areia;
- Os fumadores. Sei que há a tal de liberdade. Mas se há liberdade para os fumadores conspurcarem tudo em seu redor eu também deveria ter a liberdade de não ser fumador passivo;
- Os jogadores de bola. Esta maltinha são daqueles que jogam em qualquer metro quadrado. E nem se preocupam na possibilidade de magoar alguém;
- O chapéu de Sol com vida. Este ano foram diversos os casos de chapéus que sairam do seu lugar e alguns até foram parar dentro de água. Um desses acertou-me, por sorte, no pé... E se fosse num olho? Pois;
- O luso-francês. Aquele emigrante que há um par de anos partiu para terras gaulesas e agora chega cá de "vacances" e só sabe falar a língua de Victor Hugo, olvidando a sua lusa origem.
Portanto sem esta mão cheia de eventos a praia seria um local perfeito.
Este ano automobilisticamente falando principiou mal já que no dealbar de Janeiro bati noutro veículo. Óbvia parvoíce minha! Como tenho seguro contra todos os riscos acabei "apenas " por pagar a franquia de 250 euros. E mais tarde o aumento do preço da apólice.
O ano avançou e em Maio fiz um contrato de assistência com a marca de forma que em futuras revisões apenas pagasse peças com desgaste (pastilhas de travão, escovas dos pára-brisas, pneus p.e.) já que óleos, filtros e outras coisas estariam incluídas.
Ora bem entreguei o carro na oficina da marca para a costumada revisão e esperei o telefonema ao fim do dia para o ir buscar. Na verdade o telefone tocou e era o costumado C. a ligar-me. Porém não tinha boas notícias para me dar. O motor perdia óleo, coisa muuuuuuito pouca, mas convinha mudar a tampa.
Não fiquei feliz com a notícia, mas mandei reparar. Entretanto mais um problema... Como não havia peças em stock entregaram-me um carro de substituição, enquanto aguardava a nova peça. Foi quase um mês com um "chasso" que mal aguentava uma subida. Enfim...
Finalmente a tal chamada com a notícia: o seu carro está pronto! Lá fui eu, num ápice, buscar o meu companheiro. Mas faltava outra má notícia: quase dois mil euros de reparação!
"Vão-se os anéis ficam os dedos" pensei para comigo.
Um par de dias mais tarde alguém me avisou: o carro faz um barulho estranho! Não quis acreditar e andei com ele assim mais uns tempos. Até que percebi nitidamente o ruído e lá vou eu para a oficina.
No dia seguinte lá chegou o veredicto: um problema nos injectores, vai ser necessário mudá-los mais a distribuição.
Já sei que uma distribuição é aquela despesa que ninguém quer ter porque é sempre uma pipa de massa e vai daí perguntei se dariam orçamento para o arranjo. Com certeza mas só daqui a uns dias porque não temos peças e nem sabemos os preços.
"Outra vez? Já é galo" - pensei!
Entretanto no dia seguinte chegou aquela "óptima" notícia em que percebemos que o reembolso do IRS e mais 759 subsídios irão todos para o carro.
Aceitei o arranjo e aguardei com outro chasso ainda pior que o anterior. Decorreu mais de um mês e 2 mil quilómetros, para finalmente poder entregar o caracol.
Carro nas unhas não fiz grandes viagens até porque só para a semana é que irei de férias (espero eu!). Hoje fui a Lisboa tratar de umas coisas e no regresso noto uma sinalética no mostrador. Fui ao computador de bordo mas aquele não dava qualquer sinal. Temi o pior!
Chegado a casa telefonei para a assistência da marca e rapidamente apareceram. Parece que um sensor qualquer deu sinal errado e daí mostrar o tal sinal.
Resumindo estou agora tão confiante neste meu carro como num ladrão numa joalharia!
Quando em casa oiço a palavra "supermercado" todos os meus alertas internos se acendem naquela luz vermelha, quase sempre assinalando perigo.
São diversas as razões que me levam a detestar uma ida... "às compras".
Mas antes de esplanar as minhas razões assumo que se for sozinho até nem será mau de todo, pois se me pedem para trazer três coisas, por exemplo, pão, leite e cenouras é óbvio que é isso que trago e não 3333 coisas.
Bom... a primeira razão tem a ver com a hora do acto, geralmente acontece numa altura em que a fome se aproxima. O resultado parece óbvio e acaba sempre por se comprar coisas a mais, não necessariamente desnecessárias (passe o pleonasmo!).
A segunda prende-se com os produtos e a sua duvidosa qualidade. A quase obrigação de comprar produtos da marca da casa, porque não há de outras marcas irrita-me olimpicamente.
A terceira razão advém daquela subtileza das pessoas das caixas em tentarem vender... solidariedade. Calculo que os "caixas" a isso sejam obrigados, mas a carteira é minha. Pois... mas há quem vá sempre nesta conversa dos... coitadinhos!
Finalmente o povoléu que adora passear-se no estabelecimento, acompanhado da família até ao 35 grau. Nada gastam, mas enpatam...
Como automobilista prefiro andar mais um ou mais quilómetros para fugir aos centros urbanos que atravessar uma cidade em pleno dia. Tudo por causa das passadeiras de peões que, como todos sabem, são para mim horríveis.
É verdade que este meu despeito advém de um acontecimento (leia-se atropelamento) que eu causei numa passadeira vai para mais de uma dezena de anos. Um momento que marcou a minha vida para sempre, não obstante o peão ter ficado bem (esteve uns dias em observação no hospital de Santa Maria, mas saiu sem mazelas).
Todavia há algumas que não posso evitar, como por exemplo ao fim da minha rua onde há uma passadeira sempre com muita gente a passar.
Ora um destes dias parei nessa zebra rodoviária para permitir que uma mãe a atravessasse em segurança, levando uma criança pela mão. Enquanto percorriam os três a quatro metros da rodovia, o menino olhou para mim e fez-me adeus sorrindo, num agradecimento que me envergonhou, já que não o costumo fazer quando sou peão.
Fiquei a matutar naquele gesto tão genuíno e tão puro e concluí que mesmo com esta idade ainda tenho muito para aprender! Mesmo que seja cidadania!
Quase a comemorar meio século de democracia, fico com a ideia de que esta é um conceito em vias de extinção. Hoje como o Mundo e a nossa sociedade estão a ser formatados, a ideia genuína do bem comum quase desapareceu. E uma das razões prende-se com a dificuldade dos lideres partidários falaram, a sério, dos problemas das sociedades. A sério e a fundo...
Isto percebe-se muito bem nos debates televisivos, pois o tempo para falar realmente dos problemas da nossa sociedade é tão escasso que quase nem merece a pena ver um debate. Também os representantes dos partidos são culpados porque, em vez de exporem as suas propostas para o futuro, passam o pouco tempo que têm a atacar políticas antigas ou outros partidos. A conclusão primeira que se tira disto é: não votes em mim pelo que apresento, vota por aquilo que sou contra!
Tenho vindo a dar alguma atenção aos encontros televisivos. A primeira irritação é aquele cronómetro indicando o tempo gasto por cada responsável político, a falar! Depois vem aquele discurso contra a tróica, ou a Europa, o Euro em vez de se esclarecer verdadeiramente o que se pretende para o futuro.
Li que até as sapatilhas da Mariana Mortágua foram mais faladas que as soluções que apresentou. Isto mostra que as pessoas já não querem ouvir estes políticos e que preferem saber mais da vida dos famosos ( oque comem, bebem, vestem, etc.).
É usual escutar-se referindo os políticos: são todos iguais, são farinha do mesmo saco! Diria que é quase verdade!
Mas... e muitos de nós não seremos outrossim iguais a tantos outros?
Finalmente estes debates só demonstram que a estamos muito longe de sermos um país evoluído e competente. Daí estes debates a roçar o sofrível!
Portugal será uma das nações mais antigas da Europa, se retirarmos a este dado as antigas províncias ultramarinas (que surgiram 300 anos após o tratado de Alcanizes)!
Desde sempre aprendi a respeitar a nossa bandeira que é o maior símbolo da nossa história. Estudei na escola primária que cada cor, cada figura que ali se encontra corresponde a algo ligado ao passado luso.
Será sem qualquer dúvida uma bandeira complicada: o verde representando os campos de batalha onde se lutou pela independência (referência óbvia e lógica às batalhas de S. Mamede e mais tarde à de Aljubarrota), o vermelho referia-se ao sangue de todos aqueles que morreram ao serviço de Portugal. A esfera armilar recorda-nos a nossa expansão Ultramarina e no fundo a branco o escudo de Portugal com os setes castelos conquistados aos Mouros.
Imagino que nada disto se ensine hoje às crianças! Também considero um certo exagero na minha altura sabermos todos estes detalhes (mais tarde na vida viria a perceber o porquê desta informação!!!). No entanto ~, quer queiram quer não ela faz paret de todos nós.
Recentemente percebi que o símbolo luso fora um tanto alterado. Das cores fortes e pujantes passou.se para um desenho policromático sem gracinha nenhuma!
Fica assim a ideia de tentar-se olvidar a riquíssima história de Portugal substituindo-a por simples figuras geométricas nada apelativas.
Recordo àqueles que detestam o passado glorioso de Portugal que quem não honra a sua história jamais observará um futuro promissor!
Parece que o nosso país volta a estar em euforia pois foi um dos escolhidos para organizar o Mundial de Futebol em 2030.
Por este lado a minha alegria equivale a... zero!
Com tantas vidas estragadas por causa dos aumentos das taxas de juro (notem a quantidade de casas que há agora à venda!), com a questão da contagem de tempo dos professores que originaria um maior gasto do orçamento e a consequente abertura de um precedente para que outras classes viessem também reclamar, com Serviços de Urgência a fechar por falta de médicos que não querem fazer horas extraordinárias, repito com tantos problemas e vamos gastar mais uns milhões com a Organização de um Mundial.
Gostaria de saber quanto é que a FPF pensa despender com o futuro evento. Mais... quanto irá sair dos cofres do Estado e consequentemente de todos nós?
O mesmo Estado que para uns é um "mãos-largas" e para outros são só cativações!
Contudo enquanto existirem portugueses a alinhar nestes "futebóis" está-se bem! Mas depois quem se trama são sempre os mesmos!