Uma das árvores de fruto mais bonitas ou eu gosto mais é a laranjeira. Há outrossim a oliveira, mas é verdadeiramente diferente
São várias as razões desta minha preferência. A primeira prende-se obviamente com o seu saboroso fruto. Adoro laranjas. Então se forem daquelas grandes, mesmo que cascudas, não importa... marcham na mesma!
Todavia desde a floração até ao fruto colhido há um longo caminho a percorrer e que eu gosto de assistir.
A segunda razão prende-se com o perfume que exala das flores das laranjeiras. O aroma doce, cativante que se espalha em redor! De tal forma que é costume aproveitar-se as flores para se secar e com eles se fazerem umas belas infusões. Há quem diga que têm diversas propriedades medicinais, mas neste campo reconheço a minha total ignorancia.
Há ainda na floração o contraste perfeito entre o verde perene da árvore e o branco da flor.
Uma das minhas laranjeiras está carregadinha de flor... Alguma já caiu deixando à mostra nano laranjas. Muitas!
De tal forma são tantas as prometentes laranjas que me pergunto se elas se mantiveram na árvore será esta aguenta tanto fruto?
A época anterior foi fértil não obstante o tempo não ter corrido de feição. Agora tudo depende de alguma chuva que possa cair com violência e que deite ao chão parte destes frutos ou de vento sempre tão fértil neste país.
Diz o povo na sua costumada sabedoria que "não há fome que não dê em fartura". É o que tem acontecido nos últimos dias em Portugal devido à chuva.
No Verão passado as notícias para além da Guerra na Ucrânia falavam quase sempre do mesmo: barragens vazias, rios secos, escassez de água. Obviamente que era muito importante alertar as pessoas para o desperdício de água.
Passado esse tempo de fome vivemos tempos de fartura de água. Mas outrossim fartura de tragédias, de inundações, de vidas viradas do avesso.
É por demais conhecido que este rectângulo desabituou-se da chuva e vai daí toca a construir "sem rei nem roque" por tudo quanto é um espaço vazio. Depois... é o que se sabe!
O dia de hoje foi terrível. A chuva caiu com intensidade e de forma persistente condicionando a vida a muita gente.
Mas o dia haveria de mudar um pouco. De tal forma que ao fim da tarde tirei esta foto de um quase pôr-do-sol.
A foto tirada com telemóvel não ficou nada de jeito, mas apenas serve para perceber que Portugal é quase açoriano: tem as quatros estações num só dia!
Estou no sopé da serra da Gardunha numa aldeia que dizem que tem o melhor tempero. Não sei se corresponde à verdade mas é certo que aqui a comida tem outro gosto. Mas adiante...
Cheguei ontem e andei às voltas com uma quantidade de afazeres relacionados com umas obras que se preparam para iniciar. Todo o dia choveu e também durante toda a noite.
Quando me levantei ainda de madrugada caía uma água insistente e chata. Entretanto e após umas voltas necessárias fora da aldeia regresso ao povoado para novas actividades.
A chuva dos últimos tempos tem sido constante e por vezes forte. De tal maneira que as terras já não aguentam tanta água e começam a aparecer extensas lagoas que tapam os terrenos verdejantes.
As ribeiras despejam agora grandes caudais como é o exemplo desta pequena ribeira
que já fora do povo irá desaguar na ribeira principal da aldeia que a meio da tarde levava este caudal,
Para tudo terminar muitos quilómetros depois no rio Tejo.
Este tempo chuvoso e persistente a fazer lembrar aos mais velhos tempos antigos em que durante três meses pouco se fazia, também apresenta bonitos efeitos como são estes penedos cobertos de musgo,
A tarde trouxe alguma melhoria metereológica o que fez com conseguissemos avançar com algumas coisas já previamente planeadas.
O dia começava a dar lugar à noite mas ainda assim a proporcional uma bela luz vespertina,
Amanhá é dia de regresso à cidade, mas por aqui mesmo com chuva sabe sempre bem viver!
Levantei-me ainda antes das seis da manhã e às seis e meia estava a sair para às sete ter pequeno almoço tomado.
Parti de seguida para a Beira Baixa, até à aldeia beirã de onde é natural a minha mulher e a irmã. Após uma semana de intempérie para aqueles lados achou-se que seria oportuno perceber se alguma coisa havia sido comprometida.
Felizmente estava tudo bem. Não obstante ter chuvido bastante ainda assim não foi suficiente para estragar. Principalmente a azeitona que ainda se encontrava bem verde e segura.
O rio mais importante da aldeia manteve o seu caudal de fim de Verão e a maioria das ribeiras nem corriam.
Portanto quem está longe das coisas tem sempre uma permanente preocupação em perceber se tudo está bem!
Finalmente constatei que este Outono, se tudo correr como deve ser, haverá muita azeitona.
Haja coragem para a apanhar. E braços. Muuuuuuuuitos!