Todos já percebemos ao que vem (ou não vem) o actual presidente dos Estados Unidos. Chamar-lhe burro seria obviamente ofender o gado asinino. Imbecil... seria ofender Averell dos irmãos Dalton imortilizado por Morris.
Portanto não lhe chamemos nada por que ele não merece um segundo da nossa atenção.
Mas imaginemos que para sorte do Mundo o Donald (que não é pato) morria com uma qualquer sincope cardíaca. Algo a que qualquer ser vivente estará sempre sujeito.
Uma coisa seria certa: o planeta Terra ficaria muuuuuuuuuuuuuito menos poluído. Pelo menos no aspecto sonoro já que o actual Presidente Americano fala mais do que devia. Muito mais.
Trump é a antítese de um ser humano. Este energúmeno não pensa, não raciocina e muito menos escuta alguém.
E já deu para perceber que o menino bonito de Trump também não será tão bonito como o Presidente americano gostaria. E a procissão ainda agora começou. Quando o desemprego aumentar nos Estados Unidos vou provavelmente imaginar mais coisas...
Uma das "vítimas" do meu último livro é um velho amigo que depois de o ter lido me perguntou:
- Como consegues inventar todas estas estórias?
- Basta imaginação...
- Mas muita...
É verdade que já por diversas vezes me perguntei onde vou buscar estas ideias, como consigo decalcar a minha imaginação num simples texto?
A resposta estará algures na minha infância. Naquele tempo as crianças eram educadas sob um regime autoritário sem direito a serem defendidos por APAV's e associações congéneres.
Em casa com um pai sempre a navegar por mares quase sempre alterosos e sem irmãos nem primos próximos, passava o dia sozinho com meia dúzia de brinquedos, maioritariamente "carrinhos" da marca Matchbox com os quais me entretinha o dia inteiro. Foi com estes que, durante anos, brinquei. Sem companhia ia inventando estórias e mais estórias para com elas dar vida às minhas brincadeiras.
Recordo sem saudade esse tempo triste e sem graça, mas provavelmente foi aí que estimulei a minha imaginação e que hoje uso amiúde. Também é certo que sempre absorvi tudo o que me rodeava... fossem factos, palavras ou singelos momentos que depois transferi para alguns dos meus contos.
Finalmente e em jeito de rodapé, gostaria de aproveitar esta imaginação que ainda me sobra e saltar para um patamar de escrita bem superior. Diria que esta fórmula quase "cor-de-rosa" que tenho usado nos meus livros estará quase esgotada. Portanto das duas uma: ou dou agora o salto ou dificilmente sairei deste nível.
(Adoraria ler o livro de contos com que Mia Couto ganhou o prémio Branquinho da Fonseca).
A foto infra foi tirada na aldeia onde vou amiúde e que fica no sopé da serra da Gardunha. Tanta vez que passei neste local e só agora me lembrei de fotografar este espécie de portal... para qualquer lado.
Não imagino se neste sítio houve alguma vez uma casa ao redor desta entrada, mas a verdade é que a estrutura, para quem como eu adora imaginar... coisas, dá para tudo ou quase tudo.
Provavelmente fizeram neste local apenas uma entrada para a propriedade ou para um qualquer barracão... Todavia gostaria de imaginar construir algo a partir deste portal granítico. Da mesma maneira que de um pequeno desejo pode sair algo imenso.