A agricultura que (já) não temos direito!
No início desta semana tive de ir à aldeia num tiro pois fui convocado pelo IFAP para uma visita às propriedades sobre as quais incidia um pedido de ajuda.
Este processo iniciou-se há uma meia dúzia de anos para após uma recusa por falta de verbas, ter sido aceite com direito a uns euros.
A verdade é que desde que comecei a fazer intervenções nas fazendas que ainda são do meu pai já gastei uns bons milhares de euros nuns pedaços de terra que se fossem vendidos não me dariam nem um quarto do que lá gastei.
Porém como também não tenho vícios e acima de tudo gosto de ver as terras arranjadas, fui investindo o que deveriam ser poupanças.
Segundo percebi irei receber uma fortuna que rondará 2500 euros, quando já lá gastei 20 vezes mais.
Mas o pior não está nesta minha situação, mas tão-somente saber que há cerca de 300 mil hectares de terras sobre as quais não incide nenhum subsídio, ao mesmo tempo que há “supostos” agricultores a receberam valores quase pornográficos, sem terem quaisquer terras. Como o conseguiram não imagino, mas foi o técnico que visitou as fazendas que denunciou a situação.
Entretanto parece que em 2023 as coisas tenderão a mudar, mas até lá…
Obviamente que não quero viver da agricultura, mas apenas gostaria de uma ajuda para tratar das terras que durante anos foram desprezadas.
A verdade é que a agricultura continua a ser o parente pobre da sociedade portuguesa. E dos consecutivos governos!