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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

A pressa também se aprende?

Já sei que entrei na enorme equipa dos idosos, mas em termos sociais, e não só, estou ainda nos antípodas da velhice. Mas ter consciência dos anos vividos e das condicionantes que a idade nos brinda é sinal de maturidade e não de fraqueza.

Custa-me por isso ver idosos a atravessar as estradas sem ligar aos sinais luminosos, olvidando a sua idade e as suas próprias limitações. Também me custa a obsessão que muitos velhotes têm... pela pressa. Pressa na fila do pão, pressa na caixa para pagar, pressa para (quase) tudo.

Alguns de vós poderão pensar que estas pessoas com muita idade, provavelmente, terão pressa porque tem alguém em casa enfermo e a necessitar de ajuda. Também gostaria de pensar assim se depois não visse muitos deles fora dos estabelecimentos em plena cavaqueira com outros rapazes ou raparigas dos seus tempos. Aí perderam toda a pressa e os doentes, a existirem ficarão a aguardar o regresso, nem que seja tardio, de quem os ajude.

Por fim quando acusam a juventude de viver demasiado apressada também sou levado a concordar, mas digam o que disserem os jovens aprenderam com alguém.

A gente lê-se por aí!

Natal: lugar à família!

Hoje andei a rever a lista das pessoas a quem dei o meu último livro. E é curioso que retirando os cá de casa e os meus pais apenas cinco familiares receberam também os meus livros.

Sempre fui uma pessoa ligada à família mesmo aquela mais afastada pois toda merece o mesmo cuidado e tratamento. De tal maneira sou apegado à família e à sua história que uma das melhores prendas que recebi em toda a minha vida (creio que foi no meu aniversãrio) teve a ver com a investigação feita aos meus antepassados, nomeadamente nomes, nascimentos, mortes, profissões e locais de vida. Um tesouro que guardo para sempre!

Mesmo sem nunca ter conhecido a maioria daqueles meus antepassados (a mais velha que me lembro foi a bisavó Maria da Conceição, mais conhecida na aldeia por Maria Couvicas!!!) tenho por eles uma estima e um enorme respeito porque, obviamente, sem eles eu também não estaria por cá!

Talvez por ser assim tão ligado aos laços familiares é que estranho a tendência, por esta altura do Natal, dos filhos atirarem os pais idosos, doentes, dementes para as camas de um qualquer hospital, fugindo à responsabilidade de tomarem conta de quem os criou (mal ou bem, não interessa!).

Por aqui e se tudo correr bem irei no dia 25 buscar os meus pais, almoçarão comigo para no fim do repasto ir entregá-los à aldeia onde eu próprio ficarei até ao dia seguinte.

Posto isto e em jeito de recado: olhemos pelos nossos, cuidemos dos nossos, sejam eles muito novos, novos, idosos ou muito idosos. Porque quase sem percebermos seremos nós (eu já lá estou... quase) amanhá a necessitar dos cuidados e das atenções daqueles que, há muito tempo, nem nos deixavam dormir!

A gente lê-se por aí!

O (não) peso da idade!

Estando eu já na terceira idade e tendo ainda acima de mim pais já bem velhinhos, sinto sempre alguma angústia quando encontro gente idosa sozinha, especialmente nos hospitais.

Sei por experiência própria com o meu vetusto pai que muitos dos mais velhos consideram-se ainda mui capazes de resolver a sua própria vida sem ajuda de ninguém, olvidando a idade que têm e acima de tudo a evolução do Mundo.

Outros, ao invés, estão entregues a si mesmos sem muitas vezes terem condições para tal. Ainda assim tentam amiúde e com enorme esforço físico e inteclectual fazer a sua vida. Os resultados por vezes não são os melhores... infelizmente!

Entretanto hoje fui a um hospital privado acompanhar uma pessoa para fazer uma colonoscopia. A primeira questão que lhe fizeram é se vinha acompanhada. Resposta afirmativa e toca a ir lá para dentro, donde saiu horas depois semi sedada. Todavia vinha impressionada com a quantidade de macas ocupadas com idosos que aguardavam que os viessem buscar. Uns esperavam há horas pela ambulância, outros por um familiar e alguns tinham chegado sozinhos e não tinham ninguém que os acompanhassem.

Por causa desta situação recordo um caso que aconteceu comigo há muito mais de vinte anos e que reza assim: naquele Sábado de manhã tinha decidido ir a qualquer lado (não tenho agora presente onde) com a minha mulher, mas antes teria de comprar pão para casa. Decidiu-se por uma padaria perto e enquanto a minha mulher entrava na loja eu parei no espaço da paragem de autocarros. Saí do carro e uma passageira idosa que aguardava o transporte perguntou-me se via alguma autocarro a vir. À negação notei-lhe um ar preocupado para no fim me confessar:

- Tenho de ir aos Bombeiros levar esta injeção. Mas o meu marido está acamado e não queria demorar-me...

Entretanto a minha mulher havia chegado e acto contínuo peguei na senhora e levei-a aos Bombeiros, não sem antes ter de voltar atrás porque a velhota havia-se esquecido da dita injeção. O regresso definitivo, segundo ela, seria fácil porque geralmente os bombeiros levavam-na a casa.

Nem sequer imagino quantas pessoas viverão estes problemas de constante necessidade e apoio. E fico com a sensação que nas cidades o problema parece ser muito mais grave que nas aldeias, onde já há equipas preparadas para dar apoio domiciliário e outro.

Os nossos velhotes não são descartáveis. E muito menos pesos. São seres humanos que devem ser olhados com carinho, ternura e acima de tudo respeito!

A minha idade sanduiche!

Há alguns anos alguém me dizia que muitos de nós vivemos em modo sanduiche, já que por cima estão os pais com os seus problemas e por baixo os filhos com situações obviamente diferentes dos antecessores, mas ainda assim com problemas que acabam também por nos afectar!

Dito isto declaro que nesta altura gostaria de ter uma vida mais tranquila do que aquela que tenho, especialmente porque estou sempre preocupado com os meus velhotes. O meu pai de 91 anos ainda se considera um homem valente, já que gosta muito pouco ou nada de ser limitado na sua vida ainda autónoma. Porém os seus rins já não trabalham como deveriam e está por isso entregue aos cuidados da hemodiálise três vezes por semana. Uma situação que o coloca preso e dependente de tratamentos hospitalares e isso aborrece-o olimpicamente. 

A minha mãe de 85 começa a dar sinais evidentes de uma arterioesclerose preocupante. Esquece-se onde deixa as coisas e das conversas tidas, principalmente comigo. Mas ainda consegue tomar conta de si de forma razoável!

Ora sendo eu filho único e estando eles na aldeia a 120 quilómetros da minha residência, estou sempre com o coração nas mãos temendo que algo de mal lhes aconteça. A verdade é que ambos sentem que conseguem viver a vida sozinhos e sem ajuda, mas é a mim que me bate o coração mais apressado sempre que a minha mãe me telefona. Nunca sei o que virá daquela conversa. Até agora as coisas, não obstante não serem perfeitas, ainda se vão resolvendo.

Mas não sei até quando!

A estranha pressa dos idosos

Já por diversas vezes falei aqui da minha má relação, para não dizer péssima, com as passadeiras de peões e mais ainda com os próprios peões.

Por via das dúvidas consultei há tempos um advogado amigo que me esclareceu que as passadeiras são sítios próprios onde os condutores de veículos, motorizados ou não, deverão dar prioridade de passagem aos peões que se encontrarem na berma da estrada com o desejo evidente de a atravessar.

Até aqui, goste ou não se goste, é a lei e portanto "dura lex sed lex".

Todavia a prioridade é dada nas faixas listadas quase sempre a branco na estrada, não deve ser em qualquer lugar duma rua.

Falo disto porque o meu pai, um destes dias atravessou a estrada sem ser na passadeira. Por acaso não vinha qualquer viatura e não teve problema. Como o meu velho pai todos os dias sou testemunha de muitos idosos a atravessarem as ruas sem se preocuparem em fazê-lo nos lugares devidos e forçando a paragem do condutor no meio da via, arriscando o peão a levar com uma qualquer motoreta, dessas de entregas de comida que se esgueiram por todo o lado.

Sinceramente... ainda não consigo entender qual a pressa do idoso que o leva a colocar em risco a sua própria vida e quiçá estragar a vida de um condutor.

Para piorar a coisa noto que quanto mais limitado em andar a pessoa idosa está, mais se afoita na estrada!

Vamos lá compreender esta gente!!!

Educação: decisões difíceis!

A maneira como cada um de nós educa ou educou os filhos varia muito da nossa própria educação ou da forma como assumimos a vida que vai escorrendo por entre as nossas mãos.

Tenho um velho amigo que nunca soube educar convenientemente os filhos. Mas não o fez por descuido, mas porque, no fundo, também fora educado da mesma maneira. Ele sabe perfeitamente o que penso, pois disse-lhe ene vezes que estava a educar mal os seus infantes. Na altura ele concordava comigo, mas não nunca teve força psicológica e moral para inverter o rumo dos acontecimentos, com os custos financeiros e pessoais inerentes a essa incapacidade de se impor.

É sem dúvida uma das melhores pessoas que conheci em toda a minha vida e continuo a pensar que não merece, de todo, o calvário que passa.

Faço com isto a ponte para dois casos que irei relatar: um que assisti e outro que me foi relatado por um amigo.

O primeiro aconteceu hoje. Estava no corredor da piscina onde a minha neta vai tomando umas lições de natação quando chegou uma menina de seis/sete anos de idade à porta, vinda da piscina em fato de banho e enrolada num roupão. Procurava a mãe que teria a roupa para se vestir. Só que esta não estava presente. E ali ficou minutos ao frio a aguardar. Finalmente apareceu a mãe e quando disse que estava à espera há algum tempo escutei:

- A mãe estava a trabalhar!

Fiquei triste com aquela desculpa e no meu pensamento nasceu logo a verdadeira questão: quando é que um trabalho vale mais que um filho?

Perante este mau exemplo nem imagino como será lá em casa... Creio que deverá viver em roda livre, sem regras nem limites.

O segundo caso foi contado por um amigo que uma destas noites teve em casa a jantar com ele e com os três filhos duas colegas da filha mais nova de treze anos. Este pai tem por hábito impor a regra de jantarem todos juntos (pais e filhos), mas só quando o último acaba de comer é que têm todos autorização para levantar da mesa. Outro pormenor é a ausência de equipamento electrónicos à mesa! Muito bem acrescento eu!

As meninas convidadas estranharam aquelas regras e ambas confessaram que em suas casas cada um come à hora que lhe apetecer e o que quiser. Mais... têm de ser elas a preparar a refeição se quiserem jantar alguma coisa. Portanto imagine-se o que terá sido a educação daquelas jovens... porque agora dificilmente mudarão de postura.

Não sou sociólogo, psicólogo e psiquiatra para tentar traduzir estes dois casos. Todavia tenho a certeza que estes pais, ora distantes dos filhos receberam igual educação dos seus antecessores.

Aproxima-se o Natal a passos largos. Uma altura que deveria de ser de junção de família temos muito filhos em vésperas da festa a entregar os seus antecessores nos hospitais para que possam viver o Natal descansados esquecendo que amanhã poderão ser eles a serem escorraçados de casa!

A Maribel publicou hoje um belo texto sobre educação! Que todos deveriam ler e seguir!

Dezembro... o mês das emoções!

Hoje é o primeiro dos últimos! O primeiro dia do derradeiro mês do ano de 2023.

Mas é outrossim o mês do Natal, que deveria, repito deveria, ser uma época de alegria, de partilha e acima de tudo de... Paz!

- Paz num Mundo que não pára de se guerrear;

- Paz nos corações dos soldados da vida;

- Paz nos espíritos permanentemente rebeldes;

- Paz nos dias que vamos desfolhando em cada folha de calendário.

O Dezembro é para os católicos o mês do Advento. Um mês de um novo ano litúrgico e que nos remete para a nossa vida resumida nos passos que demos, nas palavras que (mal ou bem) proferimos, nos gestos que assumimos.

Um mês de alegria infantil com a luz, embrulhos, enfeites e mais uma panóplia de artefactos que enchem os nossos olhos.

Dezembro... o mês da consciência de que vivemos num planeta recheado de contradições e perante as quais somos totalmente impotentes para as reverter.

Finalmente não esqueçamos os desvalidos sejam eles sem-abrigo, idosos ou simplesmente gente que vive a vida no limite da incerteza.

O último mês do ano... Dezembro! Um mês de emoções... Todavia nem sempre pelos melhores motivos!

A gente lê-se por aí!

Na cidade...

São dez e meia da manhã de uma quarta-feira de um final de Julho. Obriguei-me a resolver uns assuntos que eram anormalmente adiados. Ou por evidente falta de tempo ou porque estava noutro local.

Bom, mas hoje lá fui dar as minhas voltas e já a caminho de casa passei por uma avenida que ladeia a linha do comboio. A rua é larga, mas ainda assim o estacionamento em ambos os lados estreita-a. Porém os passeios estão livres de viaturas para que os peões os usem sem perigo.

Estou eu a passar a rua de carro quando à minha frente deparo com uma idosa que com evidentes dificuldades em se deslocar, ainda assim o fazia ocupando parte da faixa da estrada. Pior... a bengala que suportaria parte do seu peso estava tão inclinada que qualquer viatura a poderia atingir.

Aproximo-me devagar, mas tenho algum receio em me aproximar da anciã. Então reparo que não nenhuma viatura atrás de mim e paro o carro no meio da estrada, saio e vou ao encontro da idosa:

- Bom dia minha senhora.

- Bom dia - respondeu-me de voz trémula por detrás da sua máscara azul.

. Não seria melhor a senhora caminhar no passeio? É que na estrada arrisca-se a ser colhida por algum carro... - tento eu.

- Tem razão, mas os passeios são estreitos e depois as pessoas querem passar depressa...

- Então porque não escolhe o lado de lá... sempre há menos peões.

A senhora olha para mim e temi o pior. Mas após um suspiro cavo a velhota respondeu-me:

- Assim seja... ajuda-me a chegar ao outro lado?

- Claro... obviamente!

Esclareço que naquela altura alguns condutores perdiam já a paciência por esperarem atrás do meu carro e buzinavam.

- "Temos pena... " - pensei.

Ajudei a atravessar a rua e despedi-me desejando-lhe um bom dia. Quando entrei no carro agradeci a quem estava atrás à espera e segui finalmente caminho.

Deste meu episódio matutino guardo duas conclusões... A primeira é que os passeios são roubados aos peões para originar estacionamento pago, a segunda é que mesmo com pandemia as pessoas continuam exasperadamente apressadas e frenéticas.

Continua-se sem aprender!

Ainda as vacinas...

Se há algo nesta pandemia que não me deixa descansado é esta estória da vacinação. Por aquilo que vou lendo e ouvindo na rádio ou por vezes nalguma televisão que esteja ligada cá em casa, é que ninguém tem a certeza de que a vacina será o melhor antídoto.

Conheço até um médico que foi vacinado e que me disse que, exceptuando ele, todos os colegas que foram vacinados com ele tiveram grandes reacções.

Sendo assim, será mesmo necessário vacinar, por exemplo, idosos que não saem de casa?. Passo a dar um exemplo: o meu pai tem 88 anos e foi chamado pelo Centro de Saúde para fazer a primeira vacina. O mesmo se irá passar com a minha mãe que tem 82 anos, já que irá no mesmo dia mas uma hora mais tarde.

É que bem vistas as coisas o meu pai raramente sai de casa. Isto é... sai para ir à horta e regressa. Depois nos supermercados é sempre o primeiro cliente a entrar e até hoje, que eu saiba, escapou à infecção.

Neste sentido sinto que os lares mereceriam uma maior intervenção e cuidado na vacinação.

Velhice – ajudar a desaprender!

A vida humana é assim como os filmes: simétrica.

- Uma criança nasce totalmente dependente dos outros, sejam mães, pais, avós ou amas;

- Um idoso é profundamente dependente dos outros, sejam filhos, netos ou cuidadores;

- Uma criança aprende tudo o que se lhe ensina;

- Um ancião desaprende o que demorou tantos anos a aprender;

- Uma criança não se preocupa com o futuro;

- Um velho não se rala com o passado;

É com enorme mágoa que diariamente vou assistindo ao definhar de alguém próximo, que durante muuuuuuuuitos anos, teve nas suas mãos as rédeas da vida de muita gente.

Hoje tem de ser vigiada permanentemente, já que não tem consciência do que faz. Por exemplo já foi apanhada a tentar deitar detergente no seu próprio leite ou na ração da cadela. E foi complicado dizer para o não fazer...

Não se lembra dos nomes dos netos e quando raramente se recorda confunde-os todos. Espalha objectos por todos os armários sem ter consciência real de onde são as coisas.

Dia a dia nota-se que perde mais discernimento e é aqui que temos de ajudar. Já não vale a pena obrigar a pensar pois nunca conseguirá… A senilidade venceu!

Agora resta-nos ajudá-la a desaprender.

Com carinho e coragem.

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