Das minhas limitadas capacidades há uma que se destaca e que se prende com a minha orientação geográfica.
Tirando um caso em Barcelona, sempre soube onde estava e qual o caminho de destino. Fosse em Lisboa, Porto, Viena de Áustria ou Londres nunca me perdia.
Se regressar a um local ainda se torna mais fácil, como me aconteceu quando fui a segunda vez a Paris depois de lá ter estado 20 anos antes.
Não imagino se esta minha faculdade é inata ou se foi por ter andado nos escuteiros que aquela se tornou mais sensível. O que eu sei é que não tenho quaisquer dificuldades em saber onde estou.
Ontem tive de levar uma pessoa a uma consulta a um hospital em Lisboa. Saímos cedo, mas o trânsito que apanhei para Lisboa, nomeadamente para chegar à A5, a autoestrada que vem de Cascais, foi tanto que temi não chegar a tempo.
Como conheço bem a capital consegui fugir do movimento. Entretanto no meio deste desvio achei algumas ruas cortadas devido a obras. Setas e mais setas: vira à direita, vira à esquerda, segue em frente, vira novamente à esquerda… uma confusão. Até que cheguei a um local onde nunca tinha passado, ou se tinha já não me recordava. Perdido? Nahhhhh!
Parei o carro, olhei em redor e consegui vislumbrar o rio Tejo por entre uma nesga de dois prédios e decidi descer a rua… Até chegar bem perto do rio.
Ontem Sábado foi dia de "pegar de caras" a tarefa de limpar e arrumar o meu escritório. Comecei cedo pois não imaginava quanto tempo iria perder nesta azáfama. Na verdade e desde que me reformara jamais aquele local fora sujeito a limpeza a fundo e acima de tudo a uma reciclagem do muito papel que fui acumulando devido ao trabalho e que agora valia... zero!
Comecei por tirar os livros mais pesados, essencialmente enciclopédias que durante anos a fio consultei, mas que actualmente são verdadeiros monos. Fui espalhando pelo corredor e pela cozinha e forma a desempedir o espaço que necessitaria para retirar móveis, principalmente prateleiras, que fazia alguns anos não saíam do lugar.
Ao fim de umas horas olhei o escritório e tinha este (mau) aspecto.
As torres gémeas feitas de livros empilhados espalharam-se por diversos lugares.
Demorou tempo a tudo regressar ao seu lugar. Porém, e tendo em conta novos livros, tive de fazer alguma ginástica para que todos voltassem às prateleiras. Alguns foram mesmo retirados e estão em trânsito para outro escritório.
Tive que optar por diversas alterações de forma a haver alguma lógica na arrumação. De outra forma ando sempre em busca daquele livro que nunca acabo por encontrar, mas que sei que está lá.
Todavia como diz o vestuto ditado "após a tempestade vem a bonança" e era já quase noite quando este espaço ficou apresentável!
Não sei é quanto tempo vai durar assim! Mas isso é outra conversa!!!!
Hoje é o solstício de Verão, significando isto que hoje será o dia com mais luz solar. A partir de amanhã diminuirá até ao solstício de inverno o tempo solar.
Mas este dia, ao invés do normal tem sido caracterizado por frio, vento e de vez em quando umas gravanadas de se lhe tirar o chapéu.
Quando o sol aparece envergonhado por entre as nuvens pumbleas sabe bem e até aquece. Todavia este dealbar de Verão tem pouco de si mesmo e muito mais de uma Primavera austera de calor.
Definitivamente o tempo metereológico já viveu tempos fantásticos com as chuvas a surgirem sempre na altura devida. Hoje temos uma atmosfera muitíssimo desconfigurada, fazendo sol quando deveria chover e chovendo quando deveria estar Sol e calor.
Ainda assim bem vindo Verão mesmo que te envergonhes do teu (mau) estado actual. Entretanto pode ser que melhores.
Passou-se mais um fim de semana. Desta vez sem praia (no Sábado ainda por aqui choveu), mas com muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito trabalho.
A casa necessitava de uma limpeza a sério já que se aproximam feriados e bom tempo que somados poderá originar movimentação dos meus filhos para esta casa perto da praia.
Portanto mãos à obra e dois dias longos e muito cansativos. Náo consigo perceber como uma casa quase sempre fechada ganha tanto lixo! E pó... ai tanto pó!
Entretanto nesta actividade tão proveitosa a parte que mais me agrada é aquela em que interajo com os meus livros. Gosto e lhes sentir o peso e de os abrir, especialmente os mais velhos, no intuito de neles encontrar alguma memória. Mas tal não aconteceu!
Resumindo há fins de semana assim... duros!
Amanhã irei receber o prémio destes ultimos dias nas minhas mãos: dores!
As comunicaçõers móveis são hoje uma indústria ainda em crescendo. Para além de todos os dias surgiram novos modelos de equipamentos há cada vez mais fornecedores de serviços de telefone, internet e "streaming". Para todos os gostos e provavelmente preços.
Pois é... o telemóvel é hoje um elemento essencial nas nossas vidas. Por vezes ainda fico a pensar como é que o Mundo conseguiu evoluir durante tantos séculos sem aqueles pequenos aparelhos.
No entanto a razão porque trago aqui este tema, prende-se somente com o acaso de hoje, dia 4 de Junho de 2022 não ter recebido nem feito qualquer chamada telefónica. Nem sequer acedi à internet através dele. Isto é o aparelho esteve todo o dia ligado, mas nunca se ouviu.
O que prova que podemos perfeitamente viver sem o telemóvel. Ainda não morri e estou a chegar às 22 horas deste dia.
E querem saber mais uma coisa: agora que penso nisto sinto-me bem!
Parece ontem, mas já foi em 2017 que fui multado por excesso de velocidade de dois quilómetros. Como na altura escrevi aqui.
Agora com os novos radares nomeadamente aqui na zona de Lisboa tenho a certeza que o Estado irá arrecadar mais alguns euros à conta das multas passadas aos condutores mais... apressados.
Mas entretanto vendo aqui colocar uma questão que surgiu esta tarde quando me deparei com um aviso de radar.
Então é assim: se numa estrada onde possa andar a 80 quilómetros hora eu for a 60, ganhando uma diferença de 20 quilámetros por hora, será que posso gastar esses 20 quilómetros numa estrada marcada para 80 e eu pretenda ir a 100?
Obviamente que isto é uma mera brincadeira, mas a verdade é que continuei a ver aceleras nas estradas onde os radares estão já activos. Das duas uma: ou serão extremamente ricos ou uma outra entidade pagar-lhes-ão as futuras multas!
A parvoíce é daquelas doenças (quase) silenciosas e invisíveis que tendem a surgir amiúde nas nossas vidas, qual vírus COVID, e sem que notemos a dita.
Eu, então, tenho sido tão atacado pela parvoíce que esta começa a manifestar-se perante os outros de forma tão evidente que chegam a dizer-me em forma de pergunta:
- Tu estás parvo?
Ao que eu respondo:
- Um bocadinho!
Porém, a parvoíce não ataca somente a mim, mas a muita boa gente, nomeadamente políticos. Estes estão tão infectados de tal maleita que dizem hoje uma coisa, amanhã o seu inverso para no dia seguinte assumirem uma completamente diferente das anteriores.
Obviamente encontram-se tão assintomáticos à doença da parvoíce, nem acreditam que ela exista.
Mas que continuam parvos, isso é demasiado evidente!
Tema: qual o conselho que preciso de dar a mim mesmo
Que questão chata, hem!
Então sendo eu já velho ainda tenho de receber conselhos, quando deveria dá-los? Mesmo que seja de mim mesmo!
Passando a brincadeira e pegando na pergunta de forma séria, diria que quando olho para o meu dia a dia e com quem me relaciono encontro uma ideia (chamem-lhe conselho!) que devo alimentar diariamente: paciência.
Ter paciência para os outros não é coisa de somenos, mas falta-me paciência para me aturar a mim!
O problema é que a tal de paciência não se vende numa qualquer drogaria de bairro, daquelas que cheiram a creolina logo que se entra e muito menos numa farmácia!
Paciência constrói-se, alimenta-se, treina-se.
Portanto a este que hoje se assina não haverá melhor conselho a dar a não ser: tem paciência!