Nunca percebi muito bem a relação que os homens têm com as suas viaturas. Para a maioria daqueles um carro é uma extensão de si mesmo, como se fosse mais um braço, uma perna, um orgão.
Serei provavelmente a excepção já que a minha viatura é um simples objecto para meu uso tal como é este portátil onde escrevo estas pobres palavras ou o telemóvel através do qual me ligo a tanta gente.
Mas esta estranha relação entre carros e respectivos condutores quase sempre culminam em acidentes, por vezes graves. Essencialmente porque os condutores consideram-se os melhores do mundo e consequentemente perfilam da ideia de que as suas viaturas como... imbatíveis.
Talvez seja por tudo isto que quando conduzo, principalmente nas vias mais rápidas, noto que há cada vez mais gente a andar (demasiado) depressa, como se fugissem de alguma coisa. E nem vale a pena as sucessivas campanhas das autoridades contra o excesso de velocidade, pois nenhum desses automobilistas apressados sente que a campanha é para eles e somente para os outros, quando no fundo é para todos os que andam na estrada!
As senhoras são na sua maioria muito mais arrumadas que os homens. Então em casa... é assim uma espécie de normalidade com a qual nós maridos, companheiros, namorados ou outros temos de viver diariamente.
Estão a imaginar então uma casa repleta de homens, filhos incluídos? É roupa, livros, mochilas por todo o lado, já para não falar de computadores e outros periféricos.
Foi assim na minha casa durante anos. Agora vive-se uma estranha ausência. É a vida!
Mas as damas não são totlmente perfeitas e também têm as suas desarrumações, olá se têm...
Chamam-se malas, carteiras, pochetes ou quejandos. Naqueles buracos (há quem lhes chame escritórios ambulantes) consegue-se encontrar um pouco de tudo. E vou escusar-me a entrar em detalhes porque seria altamente fastidioso.
Ao invés das malas das senhoras, as caixas de ferramentas dos homens estão anormalmente muito arrumadas. Curioso não é?
Quase sempre separadas por função, num instante se consegue descobrir a ferramenta necessária para uma qualquer eventualidade.
No meu caso assumo que a minha caixa é, quiça, demasiado pesada para uma senhora. Mas no seu interior há um mundo... que não sendo um escritório, assemelha-se por vezes a uma boa oficina.
Ao fim de muitos anos de conviver com as mulheres (mãe, esposa, sobrinha, primas, amigas e colegas de trabalho) jamais saberei como pensa o (in)terno feminino. E não tem a ver com qualquer machismo bacoco… mas somente a constatação de um facto. Puro e duro!
Sempre ouvi dizer que uma mulher quando diz “não” quer dizer “talvez” e quando diz “talvez” quer dizer “sim”. Todavia esta teoria carece de provas para a aceitar como verdadeira. No entanto percebo a génese da… “coisa”.
Os homens, por muito que custe ao sexo feminino assumir, são geralmente mais práticos. Obviamente que também conheço alguns cavalheiros em que, complicação é… o “apelido” do meio!!!
Quando falamos com uma mulher é necessário ter sempre o cuidado de ler nas… entrelinhas! Pois nem tudo é claro como a água. Os homens ao contrário, são geralmente mais genuínos mesmo assumindo as evidentes diferenças. Expõem-nas, discutem-nas acaloradamente mas dificilmente se zangam! O tema clubismo futebolístico é disto um bom e conhecido exemplo.
Na generalidade, a uma pergunta de resposta sim ou não, as mulheres não o conseguem responder com total discernimento. Ficam sempre a pensar se a questão colocada assim tão directa terá algum segundo, terceiro sentido, quando, na maioria das vezes, é só para obter mesmo uma simples resposta.
Finalmente há aquele léxico tão próprio das mulheres que nós homens, por muito que tentemos, jamais entenderemos.