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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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O nosso (mal tratado) símbolo

Portugal será uma das nações mais antigas da Europa, se retirarmos a este dado as antigas províncias ultramarinas (que surgiram 300 anos após o tratado de Alcanizes)!

Desde sempre aprendi a respeitar a nossa bandeira que é o maior símbolo da nossa história. Estudei na escola primária que cada cor, cada figura que ali se encontra corresponde a algo ligado ao passado luso.

Será sem qualquer dúvida uma bandeira complicada: o verde representando os campos de batalha onde se lutou pela independência (referência óbvia e lógica às batalhas de S. Mamede e mais tarde à de Aljubarrota), o vermelho referia-se ao sangue de todos aqueles que morreram ao serviço de Portugal. A esfera armilar recorda-nos a nossa expansão Ultramarina e no fundo a branco o escudo de Portugal com os setes castelos conquistados aos Mouros.

Imagino que nada disto se ensine hoje às crianças! Também considero um certo exagero na minha altura sabermos todos estes detalhes (mais tarde na vida viria a perceber o porquê desta informação!!!). No entanto ~, quer queiram quer não ela faz paret de todos nós.

Recentemente percebi que o símbolo luso fora um tanto alterado. Das cores fortes e pujantes passou.se para um desenho policromático sem gracinha nenhuma!

bandeira.jpg

Fica assim a ideia de tentar-se olvidar a riquíssima história de Portugal substituindo-a por simples figuras geométricas nada apelativas.

Recordo àqueles que detestam o passado glorioso de Portugal que quem não honra a sua história jamais observará um futuro promissor!

São nestes pormenores que tudo começa a ruir!

Museu do Tesouro Real

Hoje sem neta para me preencher o dia e o espírito fui visitar o Museu do Tesouro Real / Jóias da Coroa, que se encontra em exposição no Palácio Nacional da Ajuda.

Uma mostra que vale o tempo gasto que nunca é perdido. Diamantes em bruto, pepitas de ouro, jóias, um conjunto de baixela em Prata da casa Germain que é única no Mundo.

Depois há as ordens honoríficas as prendas recebidas pela Monarquia, paramentos religiosos, medalhas... Um manancial de peças fabulosas!

Toda esta pequena riqueza que me foi possível ver, levou-me a pensar como é que depois de tantos anos a carregar tanta fartura para este país, conseguimos ao fim de centenas de anos de história ficar devedores a tanta gente?

Depois... bom depois a história que eu aprendi na escola nada tem a ver com aquilo que realmente aconteceu em Portugal durante 800 anos.

A nossa História (diria que a verdadeira!) foi longa, fantástica, heróica. Mas houve também momentos menos bons (e não foi só Alcácer-Quibir!!!). Relatar tudo o que aconteceu aos mais novos é dar a perceber como podemos evitar novas demandas.

Portugal deve honrar a sua longuíssima história como país, mas deve também assumir os erros próprios! Sem receios nem inverdades!

Uma mulher desconhecida... e não devia!

Hoje a Google faz referência a Adelaide Cabete que nasceu neste dia 25 de Janeiro, no Alentejo.

Portuguesa, médica e militante feroz na defesa dos direitos das mulheres, reconheço o meu total  desconhecimento desta figura que parece ter tido forte influência na luta pelos direitos femininos em Portugal.

Bem vistas as coisas esta médica foi uma espécie de Isabel do Carmo do início do século XX. Será portanto mais uma figura feminina a juntar a tantas outras que fazem parte da história de Portugal. Como foram Maria da Fonte, a Padeira de Aljubarrota, a Rainha Maria Pia, referidos como meros exemplos.

Não imagino o que terá sido a luta desta médica numa época em que os homens olhavam para as mulheres como simples objectos.

Eis um exemplo de uma heroína de carne e osso, claramente desconhecida da maioria do povo luso, e que mereceria, no mínimo, fortes referências nos compêndios escolares.

O nosso passado… inesquecível!

Se há algo que me custa entender é a vergonha que alguns iluminados que por aí andam, têm da história portuguesa. Para eles este país nasceu somente em 1974.

As histórias dos países e obviamente do Mundo não podem ser vistas à luz da matriz da actualidade. Se alguém o fizer está a cometer um enormíssimo erro.

Um país que não honra e preserva o seu passado, seja ele qual tenha sido, não será um país com futuro, já que somos o que herdamos dos nossos antepassados. Não há volta a dar à coisa.

Sinto por isso alguma antipatia quando leio historiadores a transformarem o nosso passado num conjunto de eventos… a esquecer, quiçá mesmo a apagar dos livros, já para não falar da memória colectiva e até dos monumentos. Obviamente que nunca o conseguirão porque os factos existiram e não há senão, que… assumi-los.

Tenho consciência de que se fizeram coisas abomináveis no nosso passado e quase sempre à luz de espalhar a palavra de Deus, o que parece desde já um contrassenso. Porém as coisas aconteceram e não se pode nem deve olvidar, mais que não seja para jamais se repetirem.

Acho até estranho que se fale, por exemplo, da preservação dos campos de concentração nazis, para que se perceba o que foi aquela monstruosidade, para depois se tentar apagar o passado da história lusa.

Enfim… quando o faciosismo político fala mais alto, há sempre quem diga demasiados disparates!

Estranha coincidência!

Durante esta semana tivemos a visita de Sua Alteza Real de Espanha, o Rei D. Filipe VI e da sua esposa Letícia.

Visitas, jantares e discursos, cortes de estradas e de estacionamento as cidades de Lisboa e Porto tiveram nos últimos dias de se "subjugarem" ao Rei.

Mas coincidência ou não, certo é que o monarca espanhol partiu ainda ontem de Portugal.

Será que a aproximação do dia 1 de Dezembro lhe fez lembrar alguma coisa?

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