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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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25 de Abril!

Hoje 25 de Abril do ano da Graça de 2025 andam nove homens a trabalhar para mim (cinco a cortar mato na aldeia e quatro a pintar a casa e os gradeamentos).

Ainda os avisei deste dia de comemoração da Liberdade, mas a resposta que recebi foi de que, para eles, seria um dia normal de trabalho.

Passaram 51 anos desde essa quinta-feira de 1974.  Hoje a maioria das pessoas vêem este dia apenas com mais um feriado, ainda por cima este ano à sexta-feira...

Da mesma forma que olho para o 5 de Outubro sem ponta de euforia, muitos portugueses olham para o 25 de Abril sem qualquer reacção.

Será o peso da história sobre os anos ou o povo está cada vez mais distante dos verdadeiros factos?

O meu número 17!

Tinha 17 anos quando, pela primeira vez, um texto meu apareceu publicado no extinto Jornal de Almada. Estávamos em Novembro de 1977 e ainda não passara um ano sequer sobre o 25 de Novembro e pouco mais de três sobre o 25 de Abril.

Portugal era então um país completa e politicamente à deriva com algumas forças partidárias a tentarem que o rumo político fosse um tanto diferente do que seguiu. Tudo era mal organizado e rodava em quase roda livre. Porém e em relação â escrita tudo era válido e não tinhamos medo de escrever o quer que fosse. Ao invés de hoje que temos de ter muito cuidado com o que vamos debitando não nos vá cair um processo em cima!

Perguntam o porquê deste entróito quase histórico? Na verdade tudo isto para fazer a ponte aos 17 anos deste blogue. Mais um número primo na minha vida...

Dezassete anos será na vida de um ser humano uma pequena parte daquilo que alguém poderá viver! O meu pai já soma 92 anos e ainda quer viver muitos mais! Portanto 17 é coisa pequena.

Noto com alguma tristeza que a blogosfera tem vindo a decair de actividade muito por culpa de umas quaisquer redes sociais que raramente ensinam alguma coisa de útil aos seus utilizadores, bem pelo contrário.

Não obstante esta triste constatação continuo a ser, quiçá, um resistente e mantenho aquela disciplina de todos os dias publicar um postal. Reconheço que por vezes não é fácil, mas até agora tenho conseguido escrever diariamente qualquer coisa. Nem que seja uma mera parvoíce.

Posto isto Muito Obrigado a quem me lê, a quem me comenta ou simplesmente a quem vem aqui para se divertir à minha custa.

Escrever num blogue assemelha-se ao pescador que lança a linha ao mar em busca de algum distraído peixe. Umas vezes pode aparecer um robalo daqueles que os mentirosos adoram gabar-se de ter apanhado, mas a maioria não apanham nada. Todavia aquele tempo ali gasto vale por muito nas suas vidas.

É assim que também penso sobre a minha escrita.

A gente lê-se por aí!

Onde estarias sem o 25 de Novembro?

Falta um ano para que o 25 de Novembro entre definitivamente para o eterno rol dos eventos históricos. Entretanto e até lá vamos ter algumas polémicas ao redor de uma referência ao dia, na Assembleia da República, onde o PCP não estará presente. Uma vez mais o partido encabeçado por Paulo Raimundo a dar um tiro no pé.

Se me lembro bem do 25 de Abril, tenho com o dia de hoje, em 1975, uma memória diferente e talvez mais dissipada. Naquela altura, em casa, costumava-se escutar com frequência uma rádio que emitia da Alemanha em português e que se chamava, se a memória não me atraiçoa, “Deutsche Welle”. Curioso é que através deste canal de rádio conseguia-se saber o que estava realmente a acontecer no nosso país muito antes do que a nossa televisão o fazer.

Foi através deste canal que percebemos que o país estava muito próximo de uma eventual guerra civil. Ao que parece gente do Norte desceu até Lisboa, parando entretanto em Rio Maior, para de alguma forma conterem o descalabro político, social e financeiro, criado por 17 meses de PREC.

Posto isto… ainda estarei para perceber se haveria uma tentativa de golpe de estado para virar este país mais à esquerda do que estava ou se tudo não passou de alguma justificação para retirar ao PCP e outras forças progressistas o ensejo de fazerem de Portugal uma “Cuba” europeia.

Hoje com a idade que tenho e com aquilo que já vi e vivi neste Mundo, sinto que o 25 de Novembro foi o momento chave da nossa democracia, por muito que os meus antigos amigos do PCP tentassem, durante muito tempo, convencer-me do contrário.

O que fica para a história é que houve um grupo de militares que tomou as rédeas políticas deste país não deixando cair Portugal no escuríssimo poço de uma guerra civil.

Se do 25 de Abril sobressaiu Salgueiro Maia, deste dia foi Ramalho Eanes que seria mais tarde Presidente da República. O beirão mostrou coragem e assertividade nas suas acções e decisões tendo o nosso país como fundo.

Termino com a certeza de que sem este dia a nossa democracia não existiria como está hoje. E, provavelmente, alguns dos partidos de esquerda com actual assento na AR, nem nasceriam.

Carta ao meu amigo João-Afonso

Meu prezado amigo,

 

Cabe-me comunicar que as mais de cem páginas do seu livro “Camilo e os de Pindela” já fazem parte do passado.

Lido e relido entre a pacatez deste astro abrasador que quase nos tisna e o som sempre maravilhoso das ondas do mar e espalharem-se no areal, tenho que foi uma leitura fantástica.

Diria que “Camillo” (ou será Visconde de Correia Botelho?) relacionou-se afectuosamente com os seus antepassados. A Casa Pindella parece ter sido de enorme suporte ao grande escritor. Ainda bem!

Esta sua busca genealógica e a sua divulgação faz todo o sentido já que com ela temos uma maior consciência da vida atribulada de Camilo Castelo Branco plasmada muitas vezes na sua rebuscada escrita tantas vezes controversa (aquela resposta de Eça a uma missiva do escritor é simplesmente sublime!). De tal forma, creia-me, que jamais me passaria pela minha tonta cabeça que o Queirós soubesse da actividade asinina a sul de Lisboa.

Meu bom amigo João-Afonso, este é um daqueles livros que deveremos guardar com o cuidado devido, não só pela estima que me invade quando me refiro a si, mas outrossim pela importância histórica e humana que nos transmite.

O Sul também teve e terá os seus bons escritores, mas está para lá do indomável rio Douro a essência real do que foi (ou ainda será?) Portugal como foram exemplo Camilo, Eça, Torga, Sofia ou Agustina. Ou ainda é hoje Mário Cláudio e obviamente o autor deste fantástico livro.

Finalmente sinto-me profundamente honrado por fazer parte do seu rol de amizade!

Seu amº

m.to e m.to obrgº e grº

Aroeira, 31 de Julº

José

Pindela_Camilo.jpg

Sempre focado!

Este é um daqueles postais que deveria ter escrito há mais ou menos um mês. Não o fiz na altura faço-o agora como adenda.

Repito a ideia de que quando principiei a escrever na blogosfera estava longe de perceber onde me tinha metido. Fui escrevendo normalmente e publicando sem qualquer assiduidade e interacção com eventuais leitores.

Quando transferi para a SAPO o meu blogue rapidamente percebi que as coisas haviam mudado e que principiava a exibir de uma maior troca de comentários com outras pessoas.

Foi nessa altura que entendi que deveria juntar toda a informação sobre a minha escrita num ficheiro, qual base de dados. Se bem o pensei, melhor o fiz e hoje posso dizer que tenho a informação (quase) completa sobre aquilo que escrevo. E também sobre as reacções que fui tendo ao que publiquei e ainda publico (leia-se comentários).

Dito isto afirmo com uma anormal segurança que já publiquei neste espaço mais de 5 mil postais. Que receberam perto de 30 mil comentários e mais de 3500 reacções.

Muita gente me pergunta porque tenho isto assim organizado? Respondendo com sinceridade reconheço que também não sei, até porque não sou um especialista em estatísticas. Todavia estou a pensar em revisitar cada texto que publiquei e tipificá-lo, de forma a ser mais fácil consultar.

Sei que será um trabalho árduo. Da mesma forma que tenho consciência que um dia tudo isto será atirado para o lixo pelos meus descendentes. Não importa... Enquanto eu tiver algo onde me focar não andarei por aí a gastar dinheiro em raspadinhas ou ver aquelas estúpidas reportagens sobre a morte, em condições muito estranhas, de um melro num quintal, em Alguidares de Cima.

Seria bom que todos, mas todos mesmo, tivessem na vida um foco sobre o qual se debruçarem e empenharem (e não estou a falar apenas de trabalho). Provavelmente existiriam muito menos doenças mentais, já que o ócio e a preguiça parecem ser terrenos propícios para o desenvolvimento daquele género de doenças.

Eis-me então sempre focado! Pelo menos enquanto tiver tino!

Nunca estaremos a salvo!

Cada dia que passa neste conturbado Mundo, mais nos aproximamos de um final catastrófico.

Creio que tudo pode ser resolvido se algyuns dirigentes dos países ora em conflito pretederem a paz. O problema é que as fábricas de armamaneto espalhadas por esse Mundo fora precisam trabalhar e is seus proprietários mais ainda de ganhar dinheiro.

A guerra nunca será uma boa maneira de vivermos neste Mundo. Mas a verdade é qiue muitos de nós não vivemos em paz connosco mesmo!

É na política, é no futebol, é nas famílias, é no trabalho... as bravatas sucedem-se e nós sem capacidade de inverter a marcha dos acontecimentos.

Portugal é tão pequeno e tão ínfimo neste canto do Mundo que dificilmente alguém viria aqui atacar-nos... só porque sim! A nossa vizinha Espanha historicamente nossa arquirival durante centenas de anos nem pensa invadir-nos pois só arranjaria mais problemas para cima de si. Já basta Barcelona, País Basco e outras províncias.

Portanto quando a guerra começar a sério (diria que agora são apenas exercícios militares) irá demorara algum tempo até aqui chegar.

Todavia estou plenamente convicto que não estaremos a salvo. Seja na cidade. seja no campo.

A guerra das rosas!

1foto1texto

Resposta a este desafio!

O título deste postal remete-nos para 1455, em Inglaterra, onde se iniciaram umas bravatas naquelas terras de sua Majestade. Mas obviamente não é de batalhas que venho aqui falar, mas apenas de uma luta entre as rosas do meu jardim que principiaram com este Sol a arrebitar.

Esta é uma vulgar rosa... cor-de-rosa. Mas é tão bonita que deduzi que ficaria bem neste desafio. Depois desta que já teve, por aqui, os seus momentos de fama e glória, venho com esta pujante e bonita... rosa.

Espero que gostem!

Rosa_rosa.jpg

Quanto valerá?

Faz por esta altura meio século desde que comecei a trabalhar. Tinha 14 anos, andava na escola e acabara de chumbar, o que hoje será o oitavo ano de escolaridade.

Durante o ano lectivo e perante as más notas que iam aparecendo o meu pai foi-me ameaçando de na eventualidade de perder o ano, teria de ir em busca de trabalho. No final do terceiro período  estava reprovado e fui logo no dia seguinte em busca de algo para fazer.

Acabei por ir parar a um café que abrira recentemente no centro do jardim da Cova da Piedade e onde fiquei dois longuíssimos dias simplesmente... a lavar loiça. Depois o meu pai acabou por me retirar de lá já que os horários eram demasiado longos. Num dos dias entrei às sete da manhã e saí já passava da uma da madrugada.

Todavia, por aqueles dois dias de trabalho recebi... 80 escudos ou 40 cêntimos no dinheiro actual!

Quando por vezes me recordo desse dinheiro ganho, como aconteceu hoje,  pergunto-me: a quanto poderá corresponder hoje aqueles 80 escudos?

Pela boca... morrerei eu!

Em conversa com uma senhora amiga, acabei por lhe formular uma questão que no fundo estava a fazer a mim mesmo: Porque será que tudo aquilo que gosto me faz mal? E acrescento agora: ou me engorda?

Terei de recuar muitos anos... Dezenas deles para aterrar nos anos 80 onde durante cinco anos nunca me cuidei.

Comia alarvemente e bebia ainda mais. Já para não falar do tabaco que fumava. Dormia pouco e trabalhava sempre sob stress como era um caixa de um banco, ainda por cima aquele em que o volume de dinheiro era sempre muito superior aos dos outros bancos!

Entretanto fui tomando consciência que deveria evitar algumas coisas, começando obviamente pelo tabaco. Mas aqueles pratos fantásticos... não conseguia evitar. E sempre bem acompanhado, não só por pessoas, mas outrossim por umas botelhas vinícolas.

As noites eram sempre carregadas de cerveja... Muita!

Quando decidi casar (diz o povo que quem casa não pensa!!!) já havia deixado de fumar, mas continuei a comer sem cuidado.

Bom era inevitável... e hoje estou a pagar "com língua de palmo" as asneiras feitas naquela remota época.

Isto está de tal forma nos limites que neste fim de semana que passou abri uma garrafa de vinho branco para acompanhar uma galinha à goeza feita por mim, bebi simplesmente um copo pequeno de vinho para desde ontem os meus pés darem sinal de... gota. Tudo por causa da pinga... mesmo que ínfima!

Também não posso comer carnes vermelhas (porco, vaca e enchidos), mas aqui tem a ver com uma coisa chamada ferritina e que eu tenho a mais!

Portanto irá ser pela boca que irei desta para melhor. Se não for com a gota, será de coração por alguma comida com mais colesterol.

É só mais um 25 de Abril!

Hoje comemora-se mais um 25 de Abril. Vermelho, mas sem corantes nem conservantes (como brincavam naquela altura os anarquistas!)

Li há muitos anos que a história dos acontecimentos só se começa a fazer ao fim dos primeiros 50 anos. Portanto estamos a um disso acontecer.

Independentemente de mais 12 ou menos 12 meses a história daquela quinta-feira não se muda, por muito que tentem.

Hoje e com o actual panorama político pergunto-me muitas vezes se foi para isto que se fez aquele golpe de Estado, celeremente aproveitado pelo PCP para lhe chamar uma revolução. Diria que naquela altura nada percebia de política e muito menos imaginaria aquilo que iria acontecer muitos anos mais tarde.

A 11 de Março de 1975 o governo da época aproveitou umas escaramuças para fazer valer a sua ideia progressista e estatizante com a nacionalização de grandes empresas, bancos e seguradoras. Com os custos que mais tarde haveríamos de pagar!

O 25 de Abril poderia ser um marco MAIS positivo se tivéssemos uma classe política competente, com visão de futuro e focada no país! Porque o que temos são jotinhas (os senadores ou são demasiado velhos ou então já morreram!) fabricados nas concelhias partidárias, muitos deles sem sequer penetrarem a fundo no mercado de trabalho e que num ápice surgem no topo dos partidos. Conheço diversos e dos vários quadrantes políticos.

Se Salgueiro Maia e outros camaradas de armas que já partiram estivessem vivos agora, com toda a certeza que se sentiam desiludidos com o caminho que este país levou! Não me falem que prevalece a democracia pois esta também já tem os dias contados.

Basta que continuem a dar à direita azo para que tal aconteça!

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