Herdar... sarilhos!
Uma das muitas coisas que aprendi da vida é que nem sempre o que se vê é o que parece, tal como aquilo que se tem nem sempre vale o que gostaríamos que realmente valesse.
Esta situação realça-se, por exemplo, quando morre alguém e há uma série de herdeiros. No momento triste e sempre confuso das partilhas há sempre quem considere que determinada coisa, seja ela grande ou pequena, vale muito mais do que estão a valorizar. Especialmente se o dito não estiver interessado na tal coisa.
Por causa destas bravatas é que se desfazem famílias inteiras.
Ora como tenho a desdita sorte ou azar de ser filho único não terei, em princípio, destes problemas quando os meus antecessores partirem. A menos que parta eu primeiro que eles e o problema de heranças passe directamente para os meus filhos...
Hoje fui a um velório de uma prima afastada e que morreu de velhice. A determinada altura a filha dizia-me que ia ter imensos problemas com a herança por causa do irmão. Ainda o corpo estava na capela e já todos se preparavam para uma batalha imbecil e inglória.
Nada comentei até porque não poderia nem deveria tomar uma posição. Era só o que faltava... arranjar sarilhos para cima deste pobre!
Talvez por este triste exemplo já ande a pensar onde e a quem deixar as minhas coisas... Assim quando eu morrer pouca coisa haverá para partilhar!
Eu sei que há testamentos... mas sem bens não há demandas!
A gente lê-se por aí!