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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

As heranças futuras!

O que irei dizer a seguir não será novidade para ninguém e prende-se com a minha ideia de que a razão principal para muitas famílias se desfazerem terá a ver com partilhas dos bens de alguém que faleceu.

Diria que raros são os casos em que tudo corre bem e todos os herdeiros assinam as respectivas documentações. Arriscaria dizer que mesmo nestes casos já muitos anos depois há quem venha dizer de sua justiça mostrando o seu desagrado pelas partilhas feitas anos antes.

Entretanto por este lado estou completamente descansado até porque sou filho único. Mas também os meus pais não são ricos... o que também facilita a concepção da coisa.

Neste fim de semana na aldeia encontrei uns primos que me comunicaram o desejo de venderem todos os bens de herança da falecida mãe. Uma casa e uns pedaços de terra mal amanhados. Pelo que percebi um dos filhos quer apenas dinheiro e nada de terras e trabalhos futuros. Resultado: têm de vender tudo.

Tal como este vou assistindo diariamente a muitos outros casos, seja na família ou em estranhos, ao delapidarem um património vasto por troca de  um naco de dinheiro que desaparece num ápice. E depois nem dinheiro nem bens.

Por tudo isto muita gente me questiona porque ainda mantenho a ideia de adquirir terras agrícolas se quando eu partir provavelmente tudo será vendido ou abandonado? Que seja, respondo já eu! Após a minha morte façam o que quiserem... 

Mas se, por um simples acaso, não venderem e seguirem os meus passos? Ficarão mais pobres ou mais ricos?

A resposta não é fácil pois depende somente do que cada um considera verdadeira riqueza.

A gente lê-se por aí!

Herdar... sarilhos!

Uma das muitas coisas que aprendi da vida é que nem sempre o que se vê é o que parece, tal como aquilo que se tem nem sempre vale o que gostaríamos que realmente valesse.

Esta situação realça-se, por exemplo, quando morre alguém e há uma série de herdeiros. No momento triste e sempre confuso das partilhas há sempre quem considere que determinada coisa, seja ela grande ou pequena, vale muito mais do que estão a valorizar. Especialmente se o dito não estiver interessado na tal coisa.

Por causa destas bravatas é que se desfazem famílias inteiras.

Ora como tenho a desdita sorte ou azar de ser filho único não terei, em princípio, destes problemas quando os meus antecessores partirem. A menos que parta eu primeiro que eles e o problema de heranças passe directamente para os meus filhos...

Hoje fui a um velório de uma prima afastada e que morreu de velhice. A determinada altura a filha dizia-me que ia ter imensos problemas com a herança por causa do irmão. Ainda o corpo estava na capela e já todos se preparavam para uma batalha imbecil e inglória.

Nada comentei até porque não poderia nem deveria tomar uma posição. Era só o que faltava... arranjar sarilhos para cima deste pobre!

Talvez por este triste exemplo já ande a pensar onde e a quem deixar as minhas coisas... Assim quando eu morrer pouca coisa haverá para partilhar!

Eu sei que há testamentos... mas sem bens não há demandas!

A gente lê-se por aí!

Casas abandonadas!

Ultimamente tenho vindo a notar em algumas zonas habitacionais preenchidas essencialmente com moradias, que muitas destas habitações se encontram devolutas ou mesmo totalmente abandonadas.

Não imagino se terá sido da pandemia ou apenas litígios de herança, mas é uma "dor de alma" ver casas fantásticas entregues ao tempo e à intempérie.

Na minha rua que terá aproximadamente meia centena de vivendas há pelo menos 4 sem ninguém e já há alguns anos. Apenas uma delas surgiu recentemente à venda, mas o valor pedido é tão alto que provavelmente ficará sem se vender. Ou então o vendedor terá de baixar muito o preço já que necessita de enormíssimas obras.

Também aqui na Aroeira onde estou pir estes dias constato um número elevado de casas abandonadas ou pelo aspecto exterior sem ninguém a habitá-las (estores das janelas partidos, mato que cresce sem limite de espaço, portões de ferro muito enferrujados).

Resumindo... no percurso entre a construção e uso da casa houve algures uma falha de lucidez para indicar a quem deveria pertencer a casa.

Falo deste tema porque daqui a uns tempos tenho de ser eu a esclarecer com os meus herdeiros a quem calhará as diversas habitações que terei na altura. Porque não gostaria de ver as casas onde vivi simplesmente abandonadas, só porque ninguém na família se entendeu.

Reconheço que não será um tema fácil, mas a vida não se compadece com... subtilezas!

 

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